Confira alguns deslizes que são frequentes e podem comprometer os resultados de toda a equipe, segundo dois especialistas
Camila Pati, de
São Paulo – A ascensão profissional passa necessariamente pelo sucesso em liderar uma equipe. Afinal, esta é uma exigência básica para assumir um cargo de chefe. Mas, nem sempre quem recebe o comando de grupo ou um departamento está preparado ou tem os recursos necessários para isso.
São Paulo – A ascensão profissional passa necessariamente pelo sucesso em liderar uma equipe. Afinal, esta é uma exigência básica para assumir um cargo de chefe. Mas, nem sempre quem recebe o comando de grupo ou um departamento está preparado ou tem os recursos necessários para isso.
Um dos motivos que explicam, muitas vezes, o despreparo de alguns chefes na hora de lidar com a equipe é a escassez de talentos que tem forçado organizações a acelerarem a carreira dos jovens, promovendo-os a chefe antes mesmo de completarem 30 anos.
Mas não são só os jovens que tropeçam, profissionais mais experientes também perdem a mão com frequência, segundo os especialistas consultados. Confira então quais são os erros mais comuns que colocam a perder o trabalho de toda a equipe:
1 Incorporar um papel
Bonzinho ou carrasco? “Muitos líderes sofrem na hora de saber qual o papel que deve adotar na hora de tomar decisões, decidir quem fica ou quem sai da equipe, de cobrar resultados ou resolver conflitos”, diz a especialista em coaching corporativo, Caroline Calaça, diretora da Development.
Segundo ela, achar que é preciso vestir uma máscara e agir de acordo com ela é um dos equívocos mais comuns. “As pessoas devem entender que não é preciso incorporar nenhum papel, porque o que vale mesmo é tentar ser o mais justo possível”, diz.
2 Enxergar membros da equipe como apenas subordinados
A maneira de encarar os membros da equipe é que vai definir a atitude do líder. “Se eu enxergo cada um apenas como um subordinado, que está ali para me atender, não saio da visão tradicional de chefe e subordinado”, diz Paulo Oliveira, professor da BSP Business School São Paulo. A visão da equipe, na opinião de Oliveira, deve ser de um conjunto, em que você e todos os outros estão ali para somar.
3 Ser incongruente
Dizer que valoriza o comprometimento e usar apenas a afinidade pessoal na hora de promover algum funcionário é um exemplo do deslize comum a muitos líderes: a incongruência. “É falar o que deve ser feito, determinar uma norma, mas ser complacente quando alguém de quem ele gosta quebra essa regra, isso é um grande erro”, explica Caroline.
4 Achar que um estilo de gestão funciona para todos
Cada pessoa é única e enxergá-las apenas como peças de uma engrenagem sem notar as especificidades de cada um não é a melhor maneira de obter o máximo da equipe. “É preciso saber dosar os estímulos porque em excesso pode gerar medo e quando é abaixo do espero resulta em desânimo”, lembra Caroline.
5 Não dedicar tempo às pessoas da equipe
Todo profissional gosta de ser orientado e reconhecido no trabalho, mas poucos chefes encontram tempo para se dedicarem ao desenvolvimento da equipe. “ A própria avaliação de desempenho, muitas vezes é feita em intervalos entre outras atividade e com pouca dedicação”, Oliveira.
De acordo com ele, ouvir é a palavra chave. “É preciso dedicar tempo para escutar as pessoas e ajuda-las a pensar no seu desenvolvimento de carreira”, explica.
6 Assumir as tarefas que delegou
Não ter tempo para ouvir a equipe pode ser consequência deste equívoco que também é comum, na opinião dos especialistas. “Quando ele assume as tarefas que delegou aos membros da equipe, o líder fica sobrecarregado e impede as pessoas de crescerem”, diz Caroline.
“Existe a dificuldade dos líderes porque, muitas vezes, eles querem continuar executando tarefas e isso provoca um congestionamento da agenda”, diz o professor Oliveira.
Dizer que valoriza o comprometimento e usar apenas a afinidade pessoal na hora de promover algum funcionário é um exemplo do deslize comum a muitos líderes: a incongruência. “É falar o que deve ser feito, determinar uma norma, mas ser complacente quando alguém de quem ele gosta quebra essa regra, isso é um grande erro”, explica Caroline.
4 Achar que um estilo de gestão funciona para todos
Cada pessoa é única e enxergá-las apenas como peças de uma engrenagem sem notar as especificidades de cada um não é a melhor maneira de obter o máximo da equipe. “É preciso saber dosar os estímulos porque em excesso pode gerar medo e quando é abaixo do espero resulta em desânimo”, lembra Caroline.
5 Não dedicar tempo às pessoas da equipe
Todo profissional gosta de ser orientado e reconhecido no trabalho, mas poucos chefes encontram tempo para se dedicarem ao desenvolvimento da equipe. “ A própria avaliação de desempenho, muitas vezes é feita em intervalos entre outras atividade e com pouca dedicação”, Oliveira.
De acordo com ele, ouvir é a palavra chave. “É preciso dedicar tempo para escutar as pessoas e ajuda-las a pensar no seu desenvolvimento de carreira”, explica.
6 Assumir as tarefas que delegou
Não ter tempo para ouvir a equipe pode ser consequência deste equívoco que também é comum, na opinião dos especialistas. “Quando ele assume as tarefas que delegou aos membros da equipe, o líder fica sobrecarregado e impede as pessoas de crescerem”, diz Caroline.
“Existe a dificuldade dos líderes porque, muitas vezes, eles querem continuar executando tarefas e isso provoca um congestionamento da agenda”, diz o professor Oliveira.
7 Rotular a equipe
Competente, incompetente, preguiçoso, lento. Rótulos limitam os membros da equipe, mas ainda muitos chefes recorrem neste erro. “ Gera comodismo, porque a pessoa pensa, se sou incompetente por que razão vou dar o meu melhor?”, diz Caroline.
As pessoas devem ser desenvolvidas pelo líder da equipe e ele não pode confundir comportamentos com um comportamento que eventualmente ela pode ter tido. “ Se a pessoa faz algo incorreto, não significa que é incompetente, mas ao rotular o líder limita as possibilidades de essas pessoas crescerem”, diz Caroline.
8 Tentar se impor pelo poder
Usar o cargo de chefia para se impor e fazer com que a equipe chegue ao resultado por bem ou por mal é um erro grave. “Isso não funciona, o que funciona é influenciar, estimular e envolver as pessoas a ponto de elas terem o interesse em se engajar”, explica Caroline.
“A situação vai determinar o estilo da liderança, mas autocracia cem por cento do tempo é um vício, uma armadilha porque desestimula a iniciativa”, diz Oliveira.
Um chefe autoritário faz com que os membros da equipe percam a vontade de criar, de inovar, “Se o líder pune a cada erro, a pessoas não vão inovar porque para criar é preciso encarar o erro como elemento de aprendizagem”, diz Oliveira.
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