Biblioteca da Faculdade CDL

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Branding no PDV





23 de maio de 2017 - 13:40

Por Zeh Henrique Rodrigues*


*Zeh Henrique Rodrigues é CEO da Brainbox Branding 360, designer, especialista em marketing pela FGV, com extensão em design na School of Visual Arts (NY) e em Consumer Marketing Strategy pela Kellogg School of Management de Chicago

O tema do branding parece já estar bastante difundido e até mesmo desgastado. O que antes era restrito a um seleto grupo de empresas e consultores, hoje ganha capilaridade em todos os setores produtivos. E não importa o tamanho, localização ou atividade, o branding já é um ativo tangível para os empresários que buscam aprimorar sua visão sobre o mercado e sobre eles mesmos. No varejo brasileiro, apesar de cada vez mais empresas buscarem a gestão de marca, existe ainda um bom caminho a ser percorrido.

A base de um projeto de branding é a identificação de um propósito claro para a empresa, ou seja, o porquê da existência dela. E atualmente, os consumidores se interessam pelas causas, pela razão de alguém fazer isso ou aquilo. A definição de um propósito responde diretamente às necessidades das pessoas e necessidades atendidas significam fidelidade. Porém, no dia a dia dos negócios, não consigo perceber as empresas preocupadas em identificar qual o seu papel na cadeia produtiva. A essência, na minha visão, para que um negócio se sustente é a clareza com que se propõem a resolver problemas das pessoas.

Na verdade, percebo dois graves problemas sobre a maneira como as marcas varejistas atuam: falta de um propósito claro e/ou falta de clareza na comunicação do propósito.

Em outros países, vemos diversos exemplos de varejistas que conseguem trazer para perto dos consumidores a razão pela qual se tornaram empresas. E por que isso? Pelo simples raciocínio que citei anteriormente de estabelecer uma conexão entre duas partes antes de pensar em realizar vendas. Aliás, a venda deve sempre ser encarada como uma consequência de um relacionamento e nunca como o objetivo primário.

Ano passado, 67% dos consumidores brasileiros manifestaram estar dispostos a pagar até 15% a mais por produtos de empresas com as quais compartilham valores e crenças. Mas como saber dos valores e crenças se a marca não faz questão de mostrá-las de maneira clara? Não basta ter uma aba no site, escondida num link sob um título “Sobre nós”, acreditando que seus clientes realmente estarão interessados em descobrir informações sobre sua empresa.

O ponto de venda precisa trazer à tona, deixar explicito, tangível, próximo e atraente o propósito da marca para que, com o tempo, a relação de confiança se estabeleça. Porém, o varejo peca ao não explorar sua essência no local onde a conversão das vendas acontece. Lá, no “chão”de loja, vemos apenas prateleiras abarrotadas de produtos, vendedores sem emoção, peças de comunicação falando essencialmente de promoção e nada mais. Não existe história, não existe conexão com a marca. O objetivo é vender, não engajar.

Marcas como Muji, Pirch, Sonos e T2Tea são apenas alguns exemplos de varejos que manifestam claramente os seus porquês, as suas razões de terem aberto as portas e estarem ali oferecendo algo a alguém. A percepção sobre a marca ganha em relevância e admiração. Eu, como consumidor, entendo o meu papel e o papel daquela marca na minha vida. Posso ou não me conectar, mas a construção do relacionamento teve um início sincero e transparente, baseado em um diálogo e não em um tom monocórdico da venda promocional.

Loja Sonos no SoHo, em NY. Clareza do posicionamento da marca logo na entrada da loja

Pirch, SoHo, em NY. Visual merchandising explorando o propósito da marca

Detalhe do propósito da Muji no ambiente da loja


terça-feira, 10 de julho de 2012


BRANDING 10/07/2012

A alma do negócio é a marca

Alguns especialistas defendem que, mais forte que um produto é a marca que ele carrega. Através do branding, organizações desenvolvem estratégias de criação de vínculos emocionais entre marcas e consumidores

                                                                                                           DIVULGAÇÃO

Marcas importantes consolidadas no mercado


 
Tão fundamental quanto vender um produto é reconhecer a importância do fortalecimento de sua marca. Esse é o princípio do conceito de branding, cuja missão é elaborar estratégias de conexão com o público e criar laços emocionais entre marca e consumidor.

Porque pagar mais caro em um produto de padrões similares aos que são oferecidos na praça? A razão é a marca. O valor de um Ipode, por exemplo, pode ser mais elevado no mercado, em função do valor agregado, representado pela marca Apple. Nessa seletiva, aspectos como confiança e qualidade de produtos podem ser mais importantes do que o preço baixo.

Para a consultora de marketing, Gal Kury, o branding surge no plano estratégico de uma empresa quando ela “entende que a marca está muito além do produto”. Hoje, as marcas representam as principais riquezas das organizações, com papel decisivo no desempenho dos negócios. Além de serem as “fortalezas” das empresas em momentos de crise.

A pesquisa “As Marcas Mais Valiosas do Brasil em 2012”, realizada em parceria pela BrandAnalytics/ Milward Brown, identificou as principais marcas do Brasil. A Petrobras foi identificada como a mais valiosa, avaliada em mais de 10 milhões de dólares, em 2011. Dentre as mais fortes, ou seja, que têm a lealdade do consumidor, está o sabão Omo, da Unilev.

O branding começa com um trabalho de pesquisas e diagnósticos, quanto à representação da marca no mercado. Pode exigir o envolvimento de equipes multidisciplinares, como marketing, administração, semiótica, design gráfico e arquitetura.

Os estudos devem gerar um posicionamento de comunicação da marca. Cada empresa costuma criar sua metodologia específica de branding, “considerando a essência da marca, sua razão de ser”, diz Gal.

Esse processo é conhecido como “arquitetura de marca”, pelo qual se avalia seu histórico de relacionamento, desempenho mercadológico e projeta os resultados diante das ações escolhidas.

No processo de fortalecimento, é importante atribuir personalidade e identidade à marca. “É como se ela fosse uma pessoa. Se é jovem, moderna, casual. Já a identidade são as cores, formas, cheiros que a identificam” complementa Gal.

Consumidor
As ações do branding visam propiciar interações com o consumidor. Desde um atendimento diferenciado, até personalização de itens a campanhas. A prioridade é estabelecer vínculos afetivos.

Para a sócia-diretora da G Marketing, Renata Regueira, isso demonstra que “a troca de serviços passou a ser algo muito maior do que a mera venda dos produtos. A empresa precisa da saúde dos seus clientes para permanecer saudável”.

Variáveis

Composição da marca

Lealdade da marca – Potencial de confiança da marca. Se a concorrência vier com um produto semelhante, a empresa pode ter tempo de melhorar seu produto, antes de ser desbancado.

Conhecimento da marca – Vale tudo para a divulgação: campanhas publicitárias, comerciais, redes sociais, eventos, entre outros.

Qualidade percebida – É a razão pelo que se compra um produto. Preço mais caro, mas a qualidade compensa.

Associações da marca - São valores que vem à mente quando se pensa na marca. É o que leva os consumidores a preferirem uma marca, com um senti- mento de admiração e respeito, diferenciando-se das demais.

Outros ativos – Fatores que diferenciam a marca, tornando-a mais competitiva, como distribuição geográfica, filosofia empresarial, preocupação ambiental, e outros.

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