Biblioteca da Faculdade CDL

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

No varejo, o desafio é a competir com a informalidade


COMÉRCIO 22/09/2013

Os importados, a preços baixos, aumentam as vendas do varejo. No comércio, o desafio é outro: a informalidade














Márcia Ferreira, de 26 anos, decidiu seguir carreira no mundo da moda. Para competir em um mercado exigente, ela participa de eventos que garantem visibilidade

Se para a indústria do vestuário a competição com os importados dificulta o crescimento da produção no Estado, para o varejo a possibilidade de importar produtos acabados com preços baixos contribui para o aumento das vendas. Para os varejistas, o desafio é a concorrência com o comércio informal.

“O mercado de vestuário no varejo vem crescido nos últimos anos. E há uma perspectiva de crescimento nesse ano”, diz Adriano Costa Lima, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas). “Mas, enquanto o varejo cresce a indústria nacional e a cearense caem por causa dos importados”.

De acordo com levantamento do Indi, 79,6% das importações cearenses no setor de vestuário em 2012 tiveram origem na China, o que correspondeu a US$ 14 milhões. Em seguida aparecem outros países asiáticos como Bangladesh (10,4%) e Vietnã (7,1%), cujos volumes de venda fecharam o ano passado em US$1,8 milhão e US$ 1,2 milhão, respectivamente.

Segundo Marcus Venicius Rocha Silva, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras no Estado do Ceará (SindConfecções), muitos produtores locais que antes vendiam para grandes magazines, estão lançando suas próprias marcas, pois as margens de lucro foram diminuindo ao longo dos anos. “Foi a dificuldade de crescimento de vendas para os magazines que favoreceu as marcas próprias. A carga tributária prejudicava essa venda e o produtor ficava muito onerado. Então preferiram vender por si só. Mas, por outro lado, isso tem fortalecido o setor e dado maior visibilidade à confecção”.

Informalidade

Para Riamburgo Ximenes, proprietário do grupo Ponto da Moda e vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), as margens dos varejistas caem principalmente por causa da informalidade. “É um problema seríssimo. Nós estamos muito sacrificados em venda, na margem de lucro”. “Eles não têm custo com o ponto, ou com funcionários. Enquanto nós temos impostos, aluguéis e encargos sociais para pagar. O custo Brasil não é fácil e a austeridade fiscal do Governo é tremenda para os formais”.

Para Riamburgo não há dúvida de que o ramo de confecção é o que mais tem sofrido. Ele calcula que para cada emprego informal gerado a economia formal é desfalcada em dois. Ele diz que, principalmente nos últimos cinco anos, a informalidade vem tomando espaço dos formais. “Não sabemos até onde isso vai. Hoje você não vê mais grupo local se fortalecendo. E sim o enfraquecimento de grupos tradicionais do ramo de confecção”.

Saiba mais

IMPOSTO

Com relação ao impacto da carga tributária na produção industrial cearense, o presidente do Sindroupas, Adriano Costa Lima diz que, além dos países asiáticos, o Ceará perde espaço para outros estados brasileiros.

“A cada ano, cresce a participação (no mercado local) de produtos produzidos em outros estados como Pernambuco, Goiás e Paraná, que não tinham representatividade no setor de vestuário e tiveram crescimento nos últimos anos”, ele diz. “Mas, muitas vezes, é por questão de politica tributária. Eles têm uma carga menor do que a nossa”, diz ele.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CDL faz propostas para reordenar centro


FEIRA DA JOSÉ AVELINO 12/08/2013
Bancas numeradas e identificação dos profissionais são algumas das propostas da Ação Novo Centro, da CDLFor

José Avelino, um dos três polos de comércio de confecções do Nordeste, chega a 7 mil compradores em um dia


Bancas numeradas, identificação do profissional e limite de um ponto de venda por proprietário. São essas algumas das propostas da Ação Novo Centro, ligado à Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, para organizar o comércio ambulante na José Avelino e demais áreas do bairro. Conforme O POVO publicou na edição de ontem, o comércio chega a movimentar R$ 20 milhões em um dia de feira, com até 7 mil comerciantes, muitos informais.

Segundo Assis Cavalcante, presidente da Ação, os ambulantes têm papel importante no Centro da Cidade, mas da forma como a região é ocupada todos saem perdendo. “Os ambulantes são importantes para o comércio. Eles são trabalhadores, e quando crescem eles constroem o seu próprio comércio nos seus bairros, gerando imposto e emprego”.

Ele destaca que o comércio da rua José Avelino contribuiu para tirar muitas pessoas da linha de pobreza, ao passo em que elas foram incluídas socialmente. No entanto, o diretor da CDL Fortaleza diz ser fundamental que esses comerciantes se submetam às mesmas regras dos formais. “A SRT (Superintendência Regional do Trabalho) poderia vistoriar como faz no comércio formal”.

Outro aspecto diz respeito à segurança de ambulantes e consumidores. Da maneira como as barracas ocupam a rua, é difícil a circulação. “O maior problema é a dificuldade para as pessoas passarem. Se acontecer alguma coisa, não vai dar para passar uma ambulância, um carro da polícia ou dos bombeiros”, diz o comerciante Franklin Freitas, que trabalha em um galpão na José Avelino.

Cavalcante ressalta, ainda, que para se precaver em caso de acidentes, é fundamental que os comerciantes assinem a carteira dos empregados, que assim estariam cobertos pela Previdência, além de terem direito à aposentadoria.

Regional do Centro

Desde o início do ano, novas regras foram postas para o funcionamento da feira, uma delas foi determinar que as atividades acontecessem duas vezes por semana e com horário para começar e acabar. “Aquilo era uma desorganização. Funcionava todos dias, o dia todo. Mas desde 3 de janeiro, iniciamos processo de diálogo com todas aquelas pessoas: ambulantes, comerciantes e donos de galpão. Agora, procuramos iluminar e colocar banheiros”, explica o titular da Secretaria Executiva Regional do Centro de Fortaleza (Sercefor), Régis Dias. 

Para retirar a grande quantidade de barracas e ambulantes das ruas e calçadas da José Avelino e do entorno, Régis diz que a Prefeitura pretende estimular a construção camelódromos e de empreendimentos privados, como os que já funcionam no local.

Se por um lado, Dias é pressionado para retirar os ambulantes da rua, do outro o secretário diz que a cidade de Fortaleza não pode abrir mão dos milhares de compradores que chegam de vários estados do país, do Interior do Estado, e até do exterior para a feira.


SERVIÇO

Denuncie a ocupação irregular das ruas
Fala Fortaleza: 0800.285.0880

Saiba mais

O tamanho

A feira da José Avelino é um dos três principais polos de comércio de confecções do Nordeste. Os outros ficam nos municípios de Caruaru e Santa Cruz, ambos em Pernambuco.

O comércio funciona às quartas e sábados, começando as 19h e indo até a manhã do dia seguinte. 

O volume negociado por dia na José Avelino varia de R$ 5 milhões a R$ 20 , segundo estimativa da Sercefor.

O número de comerciantes varia de 2 mil a 7 mil. O pico está nas proximidades de dias festivos, como Natal e Dia das Mães, quando chegam cerca de 120 ônibus de compradores de outros estados.Os estados que mais enviam compradores para a feira são: maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Bruno Cabral
brunocabral@opovo.com.br

Fonte: O POVO



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