Biblioteca da Faculdade CDL

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O Blog da Biblioteca da Faculdade CDL é um espaço destinado à comunicação da Biblioteca com os alunos e professores, onde é possível fazer postagens e comentários relativos a assuntos que envolvam, de alguma forma, a Biblioteca e o ambiente acadêmico em geral. O objetivo do blog é informar, registrar momentos e incentivar o gosto pela leitura e pela escrita.

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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Como os especialistas imaginam a loja do futuro?

GESTÃO
Sexta-feira, 03 de novembro de 2017 

"A Internet tornou-se extremamente boa ao fazer o que as lojas tradicionalmente fizeram: merchandising de seus produtos, transmissão de informações sobre produtos e o processo de compra", afirma Doug Stephens, futurista no setor de varejo e fundador do Retail Prophet.

Realmente, a fatia da participação do e-commerce nas compras está crescendo. De 2000 a 2015, o comércio eletrônico saltou de 2% para 10% de todas as vendas no varejo dos EUA. No setor de luxo, o comércio eletrônico é o único canal atualmente em crescimento de dois dígitos e espera-se que se eleve de 7% para 20% do consumo global de luxo até 2025, de acordo com a Bain & Company.

Mas, ao contrário de música, filmes ou comida, a moda é um produto que muitos clientes querem tocar e testar antes de comprar. A loja física, para esse segmento, não está acabando – mas está mudando, à medida que os varejistas sofrem pressão para fornecer aos consumidores serviços e experiências personalizados, orientados a dados e experiências – e não apenas produtos – em todas as plataformas.

Varejo experiencial

Os consumidores não precisam mais ir a uma loja para comprar um item. Resultado: o propósito estratégico das unidades físicas mudou. Comprar em lojas deve ser tão barato e conveniente quanto comprar da Amazon, ou entretenimento – oferecendo experiências memoráveis que não podem ser replicadas online.

“Você precisa criar uma experiência em que as pessoas vão para aproveitar e só depois para fazer compras”, explicou Norman Roberts, vice-presidente da FRCH Design, que criou lojas para Under Armour, Macy’s e Tiffany & Co..

A loja do futuro deve competir com experiências de lazer, como viagens ao cinema ou jogos esportivos, para compartilhar um dos valorosos tempo livre do consumidor.

Isso exigirá dos varejistas a criação de espaços físicos dinâmicos e em constante mudança, que “deem às pessoas uma razão para ir às lojas e dizer ‘o que há de novo? O que você tem?'”, cravou Armand Hadida, fundador da moda parisiense e varejista do conceito de estilo de vida L’Éclaireur, falando no evento VOF da BOF na Sydney Opera House em junho de 2016.

“Muitos de nossos clientes podem comprar qualquer coisa, mas nada tem mais valor do que uma experiência incrível”, opinou Daniella Vitale, diretora de operações e vice-presidente sênior da Barneys New York, apontando para eventos exclusivos nas lojas, como meet-and-greets com designers.

“As pessoas estão entrando [nas unidades físicas] para descobrir coisas novas, enriquecer suas vidas e ficar entusiasmadas”, concordou Kim Bui Kollar, diretor de projetos especiais do Grupo Pedder, que faz parte do grupo asiático de varejo e gerenciamento de marca The Lane Crawford Joyce Group.

No ano passado, a Lane Crawford engatou uma parceria com a organização ambiental Friends of the Earth para fazer eventos na loja, incluindo ações como plantar árvores e conversar sobre economia de energia, posicionando-se como um “membro da comunidade”, explicou Kollar.

De acordo com Doug Stephens, do Retail Prophet, a mudança do produtos para experiências irá reverter os atuais modelos comerciais de varejo. “A loja está evoluindo de ser um canal de distribuição para se tornar um canal de mídia”, diz ele. No futuro, os melhores varejistas “cobrarão às marcas uma taxa de mídia inicial para ser incorporada na experiência da loja”, previu.

Omnichannel

Para a maioria dos compradores, omnichannel já é a norma. Os consumidores não percebem mais barreiras entre diferentes canais de compras – seja na loja, no desktop, dispositivos móveis, Instagram ou e-mail marketing. Nos próximos cinco anos, a “conexão” do consumidor aumentará, por meio de elementos como a Internet das Coisas e do comércio social, desafiando os varejistas a capturarem as jornadas não lineares dos consumidores em todos os canais.

“Estamos nesta rede de jornadas de clientes distintas, mas muitos de nossos negócios ainda são construídos em diferentes silos e funções diferentes que são responsáveis pelas diferentes áreas, e isso simplesmente não vai funcionar mais pra frente”, premonizou Michael O ‘ Keeffe, chefe executivo da marca de cuidados com a pele Aesop.
Na verdade, alguns varejistas – particularmente na categoria “luxo”, onde os associados de vendas costumam trabalhar com comissão – ainda vêem o e-commerce como um concorrente. Alterar essa mentalidade exigirá novos modelos de remuneração e contratação de pessoal.

Enquanto isso, algumas empresas de moda digitalmente nativas são pioneiras em novos modelos de varejo físico na era do comércio eletrônico. Warby Parker, Bonobos, Sézane e Nasty Gal lançaram jogadas exclusivamente online e desde então abriram “showrooms de comércio eletrônico” – espaços físicos onde os consumidores podem experimentar produtos e, em seguida, fazer o pedido on-line, em vez de sair da loja com o produto.

Este modelo remove a complexidade e os custos de manipulação do estoque da loja envolvidos no varejo e atacado tradicionais. “Em vez de se concentrar no aspecto operacional de obter inventário nas prateleiras e nas lojas, e lidar com a sobrecarga de ter muitos inventários disponíveis que podem ou não ser produtivos, podemos investir nosso tempo e energia no serviço elemento, [ou seja] em como nossas lojas se parecem “, disse Brad Andrews, diretor de merchandising da Bonobos, que foi lançada on-line em 2007. Os consumidores na loja “gastam mais em média do que nossos clientes on-line, eles repetem mais rápido e devolvem menos produtos”, acrescentou.

Outro omnichannel líder é a Farfetch, varejista on-line multimarcas que serve como uma loja digital para mais de 300 boutiques físicas. No ano passado, a Farfetch adquiriu a boutique Browns de Londres, que planeja usar como campo de testes para novas tecnologias de varejo omnichannel. “A visão que eu tenho para o varejo no futuro é que você pode sair da loja com a sua compra, você não precisa ficar na fila, cobrará de você como se você fizesse online – um clique e você está fora da porta”, compartilhou Norman Roberts.

O poder dos dados

O pilar final da loja do futuro serão os dados. Enquanto as pessoas voluntariamente transferem dados pessoais para o Facebook e o Google, ou compartilham detalhes do cartão de crédito com o e-commerce, o desenvolvimento da confiança para os consumidores compartilharem seus dados em lojas físicas continua sendo um desafio.

“Tradicionalmente, os consumidores têm desconfiado de compartilhar informações com varejistas porque muitas vezes não são levados a nada além de spam e ofertas irrelevantes”, explicou Stephens. “A privacidade é uma moeda e os consumidores estão dispostos a gastá-la onde percebem que há valor relevante.”

Por exemplo, se um comprador estiver logado em sua conta com um varejista, quando ela entra na loja, a tecnologia de beacon pode fornecer parceiros de vendas com seu histórico de compras e marcas preferidas, ou enviar descontos e promoções personalizados para o seu smartphone.

Beacons também podem rastrear onde os compradores se movem rapidamente e onde se demoram, permitindo aos comerciantes tomar decisões sobre o layout da loja – e, potencialmente, transformando essas informações em um fluxo de receita.

Alguns varejistas já estão experimentando modelos de varejo experienciais, omnichannel e dados. De acordo com O’Keeffe, da Aesop, os varejistas de hoje devem se perguntar: “O quanto que os clientes realmente se lembram, com algum tipo de orgulho, da sua última experiência na nossa loja?.”

Fonte: Business of Fashion (tradução de Fung Hui)

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sumário da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios



Confira abaixo o sumário da última edição da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (Setembro 2017), que já se encontra disponível na Biblioteca para leitura. Escolha a matéria de seu interesse. Aguardamos sua visita!


SUMÁRIO


8 CARTA DO EDITOR

15 GRANDES IDEIAS

  15 A ERA DOS ROBÔS COLABORATIVOS

  16 ROBÔS, SENSORES  E MÁQUINAS CONECTADAS

  17 NASCE UM NOVO MERCADO

  20 O FIM DA DITADURA DAS MEIAS SEM GRAÇA

  22 AS MELHORES PRÁTICAS DA GASTRONOMIA COM QUEM SABE FAZER

  26 O AVANÇO DAS FINTECHS

  28 LIÇÕES DOS DESAJUSTADOS

  30 HABILIDADES DO SÉCULO 21 PARA APRENDER AGORA

  34 O SEGREDO É TER FOCO

  36 CARROS EM XEQUE

38 ENTREVISTA
ROBERTO MARTINI

44 ESPECIAL
GUIA DE VIAGEM PARA EMPREENDEDORES

52 INOVAÇÃO
CONHEÇA O CHILE DAS STARTUPS

60 TECNOLOGIA
ELES FATURAM MILHÕES CONSERTANDO IPHONES

66 CAPA
OS CRAQUES DO E-COMMERCE

85 COMO FAZER
86 GESTÃO

92 COMO EU FIZ
SUPLEMENTOS EM REDE

98 VIDA DIGITAL
CAIO BONATTO


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

E-commerce: a importância das políticas de troca nas vendas online

Edição do dia 10/09/2017
10/09/2017 07h53 - Atualizado em 10/09/2017 07h53

Troca e devolução de produtos são problemas de logística nos e-commerce.
Conheça formas de prestar esses serviços de forma eficiente.

Juliana Munaro

Quando a gente fala em logística do e-commerce, pensa logo na entrega dos produtos e nos preços dos fretes. A gente já falou sobre esse assunto no programa Pequenas Empresas e Grandes Negócios e, essa semana, mostramos a brecha que o fim do E-Sedex, serviço dos Correios voltado para lojas virtuais, abriu para o surgimento e fortalecimento de empresas de entregas voltadas para esse setor.

Agora, vamos dar outro foco. Afinal, o problema da logística das lojas virtuais vai muito além disso: a troca ou a devolução de produto é outra dor de cabeça. Isso é a logística reversa. Quem tem um site de vendas deve ficar atento a isso, quem quer investir pode ter aí uma oportunidade de negócio.

As políticas de troca
Uma pesquisa divulgada essa semana pela Ebit, empresa especializada em comércio eletrônico, mostra que existe consumidor que ainda deixa de comprar online porque não conhece as políticas de trocas.

Segundo a pesquisa, 44% deixaram de finalizar a compra em um e-commerce por achar que a devolução seria complicada e 40% não sabiam que poderiam trocar um produto, por qualquer motivo, no prazo de sete dias.

Esse é o primeiro ponto para deixar o cliente mais seguro para fechar a compra: vale deixar claro qual a política de troca.

O Procon define que qualquer produto comprado pela internet pode ser devolvido no prazo de até sete dias após o recebimento e o consumidor pode, inclusive, solicitar o seu dinheiro de volta. Quem paga pelo frete da troca ou devolução é a empresa.

De acordo com a Ebit, até 7% das compras realizadas pela internet são canceladas ou o produto é trocado, ou seja, 3,5 milhões de pedidos são devolvidos. Os e-commerces de vestuário sofrem ainda mais. Nesse caso, a porcentagem de devolução e troca sobe para 10%.

Esse é o segundo ponto. No primeiro semestre de 2017, o e-commerce faturou R$ 21 bilhões, segundo levantamento do Ebit, mais de R$ 1 bilhão é o custo do frete para entrega, e cerca de R$ 106 milhões, 7%, foram gastos com a logística reversa. 

Dá para ver que não contar com o custo da logística reversa na operação de uma loja online é um grande erro, né? Segundo André Dias, consultor da Ebit, não tem como fugir desse gasto e se o empresário não contar com ele terá problemas que afetarão a gestão do negócio.

Se esse processo afeta até grandes lojas, imagina os pequenos, que, muitas vezes, só têm os Correio como opção para fazer a logística reversa. Quem compra pela internet e precisou trocar, certamente já recebeu no email aquela etiqueta que autoriza o envio da mercadoria pelos Correios, certo? A oferta de empresas que oferecem esse tipo de serviço ainda é pequena aqui no Brasil e investir no setor pode ser uma boa alternativa. De acordo com André, esta é uma boa oportunidade para startups e empresas de pequeno porte.

Olha só as diferentes formas de prestar o serviço:

Coleta no local: é o tipo mais comum, porém, pode custar mais. Nesse caso, quem faz a coleta do produto vai até o endereço do cliente fazer a retirada.

Coleta no local com hora marcada: quando o cliente pode marcar um horário para atender a empresa que fará a coleta.

Logística reversa simultânea: vale para a troca de produtos. O produto indesejado é retirado ao mesmo tempo que o novo é entregue.

Pontos de entrega: essa alternativa é mais interessante para a empresa do que para o cliente que, para fazer a devolução, terá que levar o produto comprado até um posto onde será atendido e o processo será feito. Para facilitar a vida do consumidor, o interessante é oferecer vários postos de atendimento.

Fonte: PEGN

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Boletim informativo [4] - Leitura rápida da semana

Glossário de e-commerce: O mundo do comércio virtual de A- Z!
Empreender é uma atividade fascinante, mas exige estudo. Não basta pegar capital e sair comprando mercadoria, ou contratando funcionários, é necessário planejamento. Os principais termos que você precisa saber, organizados em ordem alfabética para que facilitar a sua consulta. Vamos lá?




Crescer na empresa: 5 práticas de um funcionário de sucesso
Em tempos de crise, manter-se na empresa tem sido uma missão a qual muitos profissionais têm se dedicado. Com as demissões em decorrência da necessidade de redução de custos, muitas empresas delegaram aos colaboradores atividades de mais de um profissional, o que pode ser negativo, considerando a possível sobrecarga desses colaborador, mas também pode ser bem aproveitado, já que são maiores as chances do funcionário se destacar, mostrar seu potencial, absorver novos aprendizados e crescer na empresa.



Já ouviu o termo Geração C? Talvez já tenha ouvido os termos Geração X, Y, Z, ou até mesmo millennials, que é apenas outra maneira para se referir ao grupo Y, nascido entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000. O “C” nessa nomenclatura se refere a connected e collective, conectado e coletivo, respectivamente. Essa é uma geração que transcende as barreiras cronológicas, porém para entendê-la é preciso falar um pouco sobre os millennials.

Imagine mochilas sendo produzidas com algodão cultivado em pequena escala, sem produtos químicos e o tingimento feito com materiais locais. Adicione ainda um tecido desenvolvido com folhas de abacaxi e trabalhado em teares tradicionais. Parece um sonho? Mas isso já existe em Bangladesh, uma das regiões do mundo que mais é palco de histórias sobre trabalho escravo.

no de bons negócios. Do ponto de vista da economia brasileira como um todo, há expectativa de estagnação. A boa notícia é que o país deve voltar a crescer em 2018, o que significa que os empresários não podem ficar parados.




Biblioteca

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Entrevista com o diretor geral da Transfolha, Alexandre Felix, sobre tecnologia e gestão para cargas expressas e e-commerce

Felix explica a estratégia de desenvolvimento da empresa e acentua a necessidade de se adequar ao mercado.

Excelência em transportes é uma meta almejada por todas as empresas do setor. No entanto, chegar a esse nível exige perspicácia e determinação, principalmente diante das condições da infraestrutura brasileira e dos cenários econômico e político do país.

As empresas iniciaram o ano com a responsabilidade de otimizar os trabalhos e aumentar a margem de lucro, arquitetando estratégias e investindo em tecnologia, inovação e gestão de pessoas. O foco é fazer 2017 acontecer.

A Transfolha, do grupo Folha de São Paulo, vê o desafio não só de crescer, mas de manter o legado construído desde 1988. A empresa iniciou as operações com a distribuição exclusiva do jornal e em 1990 começou a atuar no e-commerce. Atualmente, a Transfolha conta com estrutura de logística, armazenagem, distribuição e soluções web em 54 unidades estrategicamente localizadas nas principais cidades do país.

Para falar da empresa, descrever estratégias e anunciar planos para 2017, a Revista MundoLogística entrevistou o diretor geral da Transfolha, Alexandre Felix.

MUNDOLOGÍSTICA: Atualmente as palavras de ordem são eficiência e produtividade. Como a Transfolha vem trabalhando nesse sentido?
ALEXANDRE FELIX: Medimos nossa produtividade e eficiência nas diversas etapas do processo, iniciando na coleta de cargas, processamento check in, expedição, transportes e última milha last mile, acompanhando em tempo real, via tecnologia própria, a performance de toda a nossa rede de distribuição e por meio de indicadores atrelados ao nosso BSC (Balance Score Card). Com isso, conseguimos em um curto espaço de tempo revisar e otimizar os roteiros de entrega de encomendas expressas, jornais e a gestão/controle dos custos diretos ligados a cada etapa do processo.

Cada vez mais a tecnologia tem sido fundamental para a performance das empresas. Como vocês têm utilizado a tecnologia para melhorar as operações?
A nossa área de tecnologia possui um time de desenvolvimento dedicado ao atendimento de projetos e manutenção dos sistemas legados, assim como um PMO atuante junto à área de negócios, realizando trabalho semanal de priorização junto à diretoria. Nesse trabalho de priorização, leva-se em conta a expectativa de retorno ao negócio de acordo com as diretrizes estratégicas da empresa, assim como a capacidade de produção do time de desenvolvimento. O alinhamento dessas duas visões tem gerado excelentes resultados para a empresa.

Essa característica de uso intensivo de tecnologia é ainda mais necessária quando se fala em e-commerce?
Para obter uma operação de sucesso com comércio eletrônico, é fundamental construir e assegurar toda uma infraestrutura, o que abrange desde a integração com os inúmeros agentes, como: empresas de serviço, clientes, bases operacionais, distribuidores e outros intermediários envolvidos diretamente no dia a dia, até a utilização de novas formas de entrega de produtos e serviços. Esses, na maioria das vezes, personalizados por clientes. Além disso, a tecnologia deve estar preparada e construída para mudanças repentinas nas regras de negócios, tendências de mercado e novos serviços.

Certamente a gestão de todo o processo e das pessoas também é fundamental. Como vocês tratam isso na Transfolha?
Com relação a tecnologia, contamos com uma gerência de desenvolvimento que avalia voluntariamente as habilidades e competências do time técnico. A coordenação técnica tem uma atuação muito próxima aos profissionais, mantendo o time confortável para sugerir novas ideias e questionamentos. No processo atual, os recursos são alocados de acordo com os assuntos e processos em que estão habituados, gerando maior confiança do próprio profissional na frente desse desenvolvimento e produzindo agilidade e qualidade na entrega. Com as demais áreas adotamos um fluxo de comunicação contínuo, baseado em desenvolvimento e mensuração por indicadores. Temos alguns encontros ao longo do ano nos quais são apresentados os resultados obtidos em comparação ao planejado. Junto a nossa rede de distribuição, além do encontro de uma semana que ocorre todo início de ano, temos os encontros trimestrais por regional onde são discutidas e alinhadas as estratégias e desdobramentos do ano, do semestre e do trimestre no âmbito financeiro e operacional.

Quais os principais objetivos da Transfolha para 2017?
Implementar os projetos e soluções pensadas para manter a Transfolha como referência no segmento de e-commerce e cargas expressas.


Saiba mais sobre a Transfolha em http://transfolha.folha.com.br/

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

e-Commerce deve dobrar sua participação no varejo restrito até 2021

Média de crescimento será de 12,4% ao ano, segundo pesquisa encomendada pelo Google

Da Redação

Publicada em 17 de outubro de 2016 às 17h10



Online e offline parece uma discussão do passado, mas a verdade é que a integração desses canais segue como um grande desafio para os varejistas. Estudo da Forrester, encomendado pelo Google, demonstrou o quanto o digital já é fundamental na experiência de compra do brasileiro. De acordo com os resultados, 19% das vendas totais do varejo restrito (desconsiderando alimentos e bebidas) offline já sofrem influência do meio digital, totalizando 165 bilhões de reais até o final de 2016 e até 2021 essa influência deve crescer ainda mais, chegando a 32% das vendas. Quando combinamos esse número com as vendas totais do e-commerce esse percentual de influência é ainda maior, sendo 25% em 2016 e 42% até 2021.


Como consequência da ampliação do consumo e novos e-shoppers o e-commerce deve dobrar sua participação no faturamento do varejo restrito nos próximos 5 anos (5,4% para 9,5% sem alimentos e bebidas), crescendo em média 12,4% ao ano até 2021, um total de 85 bilhões de reais.

O amadurecimento dos e-shoppers fará com que ampliem seu consumo em uma variedade maior de categorias, incluindo alimentos. Itens como roupas, calçados, beleza e alimentos devem crescer acima da média do e-commerce ampliando sua participação no bolo total já em 2018. Um outro fator para o crescimento da receita do e-commerce virá de novos e-shoppers. Nos próximos 5 anos mais 27 milhões de pessoas irão fazer sua primeira compra online, totalizando 67,4 milhões de e-shoppers, o que irá representar 44% dos internautas em 2021.



Conforme esperado, o futuro do varejo dependerá cada vez mais da integração maior entre os canais online e offline, com grande destaque para a experiência nos dispositivos móveis afinal, a cada dia que passa, sua importância aumenta na jornada de compra do consumidor. Ainda segundo o estudo até o final de 2016, 19% das vendas do e-commerce deverão ocorrer em smartphones e tablets, sendo que em 2021 esse número irá saltar para 41%.



Em outros estudos o Google vem monitorando o comportamento de consumidores multicanal e concluiu que eles têm um gasto até 40% maior do que os consumidores que só compram em um canal.

Quando olhamos a influência do digital nas principais categorias do varejo vemos que atualmente eletrônicos, eletrodomésticos e livros são as mais influenciadas, com 6 em cada 10 vendas desses produtos sendo precedidas pela interação com a web, e até 2021 essa influência terá sido ampliada atingindo 8 em cada 10 vendas.

Entrando mais no detalhe das categorias temos smartphones como a categoria com a maior influência da web (69% das vendas totais), moda e calçados com uma influência média (30%) e alimentos e bebidas com menor influência (2%). Esta última, apesar da baixa influência tem um alto peso no faturamento total do varejo, fazendo com que o impacto total da web nas vendas de alimentos e bebidas seja de aproximadamente 16 bilhões de reais já em 2016.



sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O varejo no Brasil é sem fronteiras?

Léia Machado 06/10/2016


Na visão dos C-Levels que participaram do painel de debates no TI & Varejo 2016, os varejistas nacionais ainda estão desenhando suas estratégias para seguir na jornada do varejo sem fronteiras. E isso vai muito além de uma loja online e outra física, a cultura digital é o caminho para essa quebra de paradigma e a transformação deve vir de dentro para fora, da mesa da diretoria até o chão de fábrica.

“Poucas varejistas fazem omnichannel no Brasil, isso porque falta maturidade para aplicar esse conceito em sua plenitude”, aponta Fabio Pereira, diretor de E-commerce da Sephora. Segundo ele, a marca de cosméticos vem se empenhando para deixar a operação brasileira sem fronteiras entre o físico e o digital, com foco no mobile.

“Hoje, metade do meu tráfego online é feito por meio do smartphone e 20% das vendas são realizadas via celular. 10% de todos os meus clientes são multicanais e eles gastam 15% a mais se comparado aos que não aderiram ao omnichannel. Isso é um exemplo de que estamos no caminho certo”, completa o diretor.

Para Jesus Garcia, CIO da Livraria Cultura, o Brasil está engatinhando no conceito de vendas sem fronteiras, isso porque o consumidor não tem estímulo suficiente para usar diferentes canais de forma fluída. “Para mudar esse cenário, a estratégia do varejista tem que vir de cima engajando toda a companhia. Em segundo lugar, o foco tem que ser na experiência do cliente. Na Livraria, por exemplo, mudamos algumas coisas no online para que o atendimento seja parecido com a loja física, como um sistema de busca mais inteligente, inclusive, pela capa do livro”, conta o CIO.

Faz sentido para o negócio?

Outro ponto discutido pelos C-Levels é a importância de o varejista descobrir o que é mais aderente ao negócio. Em muitas organizações, o omnichannel não faz sentido, como é o caso do Walmart, que mantém a operação brasileira separada entre físico e online. Segundo Luiz Pimentel, diretor de Marketplace e Inovação do Walmart.com, o modelo de atuação no País não comporta o multicanal.

“Percebemos que os canais estão vivendo momentos diferentes de inovação e crescimento, por isso resolvemos separar. Enquanto as lojas físicas estão trabalhando na integração das aquisições feitas localmente, o online está focado no marketplace, uma das áreas que mais cresce no comércio eletrônico. Portanto, o omnichannel não tem força nessa estratégia”, explica Pimentel.

Para o CIO da Lojas Marisa, Marcos Caldas, mesmo o varejo brasileiro engatinhando para quebrar as barreiras dos canais, a multicanalidade tende a avançar em passos largos, uma vez que mais de 50% das vendas concretizadas nos espaços físicos vieram do online, seja com pesquisas de preços ou informações dos produtos. “Na Marisa, o tíquete médio dos consumidores multicanais é quase o dobro dos que consomem em apenas um canal”, acrescenta.

Lição de casa

Os painelistas acreditam que o melhor caminho para fazer um varejo sem fronteiras é começar com pequenas integrações, seja no atendimento ao cliente ou com programas de fidelidade. Para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail – boutique de varejo, não adianta o varejista dar várias opções de canais aos consumidores se ele não souber fazer um bom e-commerce ou ter o básico das infraestruturas operacionais funcionando bem.

“O mundo digital é mais do que o comércio eletrônico. Essa mudança cultural da empresa extrapola as fronteiras de vender ou não pela internet. Por isso enfatizo que o ideal é o varejista introduzir o digital como uma competência da organização, acelerar a curva de aprendizado nessa jornada e só após esse domínio, inicia-se a integração dos canais”, completa o especialista.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A inovação nos processos logísticos passa a ser enorme diferencial competitivo no cenário que temos no Brasil

Infracommerce


Insights  O super blog da Infra
O custo da logística tem um enorme peso na cesta que compõem todos os custos de entrega de um Ecommerce.
Os processos que constroem o custo da logística de um Ecommerce que opera do modo tradicional, são:
1) Abastecimento de estoque do Ecommerce – Normalmente fica sob responsabilidade do fornecedor, mas é um custo da cadeia;
2) “Fullfilment” – Este é o processo que engloba o recebimento dos produtos, armazenagem, separação e expedição dos produtos vendidos. É a etapa da cadeia em que a tecnologia pode ser a maior aliada na redução de custos;
3) Distribuição – Processo de entrega dos produtos ao consumidor. Este fica sob responsabilidade de um transportador, porém a gestão da entrega dos pedidos se mantém a cargo da logística do Ecommerce. Neste caso existem também algumas oportunidades tecnológicas, principalmente relacionadas à integração de sistemas com o transportador, que podem ajudar a reduzir custos diretos de logística ou custos em outras áreas, como atendimento.
Vou escrever um pouco mais sobre uma solução tecnológica que se aplica no “Fullfilment” e tem grande potencial para redução de custo pelo de aumento de produtividade.

“Picking by Voice”

cd
No método tradicional com lista de separação ou até mesmo com coletor wifi, o operador bipa a etiqueta do pedido que está sendo separado e na sequência sai para coletar os produtos listados em suas respectivas posições de armazenagem. Ele precisa ler na folha ou no coletor o local de armazenagem e depois ler as informações dos produtos (descrição do produto, cor, EAN, etc). Após isso, ele pega peça indicada, bipa o código de barras e o sistema valida a coleta dando uma baixa no WMS (“Warehouse Management System”).
No processo de separação utilizando a tecnologia de “picking by voice”, o sistema faz a leitura das informações e “sopra” no ouvido do operador as informações necessárias para que ele chegue na posição e colete o produto correto. O operador interage por voz com o sistema pedindo detalhes ou solicitando que o sistema repita alguma informação.
A soma de todo esse tempo em milhares de operações resulta numa significativa redução custo operacional.
Com esse sistema o operador economiza o tempo de leitura das informações e não precisa desviar o olhar. Consegue fazer o deslocamento para o local de coleta enquanto ele ouve o sistema informando o endereço de coleta. Além disso, o operador fica com as mãos desocupadas para vasculhar a posição e pegar o produto.
Aparentemente estamos falando do ganho de alguns segundos por operação, porém quando somamos todas as operações, item por item que é coletado e armazenado, a soma de todo esse tempo em milhares de operações resulta numa significativa redução custo operacional.
[...]

Fonte: Infracommerce

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Pinheiro quer menos burocracia e mais capacitação


COMÉRCIO BRASILEIRO

04.06.2014


Entre as áreas que mais carecem de qualificação profissional estão gestão comercial, informática e idiomas

Honório Pinheiro concorre à presidência da CNDL. Para ele, o Ceará e o Nordeste têm exemplos que podem se expandir para outras regiões
FOTO: FABIANE DE PAULA

A burocracia excessiva e a falta de qualificação da mão de obra são os principais entraves para o desenvolvimento do comércio no Ceará e no Brasil, segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Honório Pinheiro. Para Pinheiro, a criação de novas escolas profissionalizantes no Estado, nos últimos anos, representou um avanço significativo para a capacitação da mão de obra local, mas ainda é preciso incrementar a educação daqueles que trabalham - ou começarão a trabalhar - no setor.

Entre as áreas em que a necessidade de capacitação se faz mais urgente, aponta, estão gestão comercial, informática e idiomas. "Nós tivemos realmente alguns avanços, mas hoje a burocracia e a qualificação são os maiores fatores (a serem superados)", frisa.

Pinheiro ressalta que o e-commerce tem um papel importante no desenvolvimento do comércio, em setores como vestuário e calçados. "Um dos grandes desafios hoje do comércio, em todo o País, é discutir a importância das lojas físicas e virtuais. Acredito que as lojas virtuais têm avançado bastante, mas elas também podem ser complementares em muitos pontos", ilustra.

Ritmo de crescimento

O presidente da FCDL-CE destaca que, apesar dos entraves, o comércio cearense tem mantido o ritmo de crescimento registrado nos últimos anos. Conforme dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a expectativa, para este ano, é que o setor avance mais do que em 2013, devido a fatores como a realização da Copa do Mundo e ao incremento do volume de investimentos realizados pelo Governo do Estado.

O Instituto prevê a manutenção de taxas positivas de crescimento nos segmentos de combustíveis e lubrificantes, materiais de construção, tecidos, vestuário e calçados, além de recuperação nas vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, sobretudo por conta do aumento da renda da população e da expansão do nível de emprego.

Em contrapartida, destaca levantamento do Ipece, é esperada retração nas vendas de móveis e queda ainda maior nas vendas de Veículos, motocicletas e peças e acessórios.

Ainda conforme o Ipece, desde 2005 - à exceção de 2008 -, o varejo cearense registrou taxas de crescimento sempre acima do desempenho nacional.

Presidência

Neste ano, Honório Pinheiro irá concorrer à presidência da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Para ele, o Ceará e o Nordeste têm bons exemplos de iniciativas que podem ser expandidas para outras regiões, a exemplo das centrais de negócios. "Outro exemplo é a faculdade que a CDL de Fortaleza construiu. É uma experiência única no Brasil e é uma escola com nota máxima do MEC (Ministério da Educação), que ajudado a melhorado o comércio", acrescenta.

Segundo Pinheiro, atualmente apenas três estados não apoiam sua candidatura - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. As eleições para a presidência da CNDL acontecem em outubro próximo.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Tecnologia a serviço do consumidor



PRESIDENTE DA CDL DE FORTALEZA FREITAS CORDEIRO 

9 de Março de 2014 

Investir em tecnologia e em soluções inovadoras são alternativas para que os lojistas proporcionem aos compradores uma experiência inesquecível


Para Freitas Cordeiro, os lojistas precisam estar sempre atentos às exigências do consumidor, utilizando inovações tecnológicas e de criatividade para atendê-las 
FOTO: NATINHO RODRIGUES 

A DoisTempos.Com é um exemplo de pequena empresa que apostou na internet e, de forma inovadora, conquistou os clientes 
FOTO: FABIANE DE PAULA 


Com o e-commerce crescendo a mais de 20% por ano no Brasil, as empresas cearenses estão aderindo mais a esse setor? 

O Ceará é bem avançado nessas soluções. A gente vive antenado com essas tendências para não nos distanciarmos das demandas do consumidor. O consumidor cearense navega - e muito - pela internet e busca essas soluções. Os lojistas estão em constante busca de conhecimento para enfrentar o desafio de atualizar suas lojas. 

Há algum tempo, imaginava-se que a loja virtual ia desbancar a loja física. Isso não ocorreu. A loja física continua com muita força, mas precisa conjugar os avanços tecnológicos. Não é mais a loja física de antes. No mínimo, as lojas têm que ter wi-fi, que vai permitir ao consumidor navegar na internet e pesquisar os produtos que lhe interessam. O consumidor está na minha loja, vendo o meu produto, mas ele quer fazer essa consulta. Olhe em que ponto nós chegamos. Eu tenho que oferecer para o consumidor essa opção na minha loja. E hoje você encontra algumas lojas que não oferecem (wi-fi) só no seu ambiente, mas também em logradouros públicos. 

A internet costuma oferecer aos consumidores muitas ofertas e preços mais atrativos. Isso tem influenciado, de alguma forma, a adoção de uma nova postura por parte dos lojistas, de modo geral? 

Hoje, o consumidor vai primeiro à internet porque tem informações variadas, consegue ter um número enorme de informações sobre o produto. Eu, você, todos nós queremos conhecer aquilo que vamos comprar, e a internet nos propicia isso. Assim, quando o consumidor chega na loja física, ele já conhece o produto muito mais que o vendedor. O desafio é fazer com que o vendedor conheça muito mais o produto, sob pena de o consumidor não confiar nele. Se o consumidor traz uma informação que não bate com a do vendedor, ele vai ficar na dúvida e o vendedor pode perder a venda. 

Além do fator conhecimento, ela (a internet) agrega outro, que é o preço. Na internet, o consumidor faz uma pesquisa muito maior, ele abrange um raio maior, que se ele fosse andar não seria fácil. Ele abrange não só o Ceará, mas o País e o mundo. Assim, ele vai ter um referencial de valor que ele não tinha antes. A loja física tem que estar preparada para isso. 

Uma diferença que o consumidor ainda vê na loja física é que ele recebe o produto na própria loja. Hoje, o e-commerce enfrenta o desafio da logística, mas já existem lojas onde o consumidor consulta o produto na internet e o retira na loja física. Esse é o sonho do consumidor: consultar na internet, ir à loja e receber o produto, e o produto estar lá, à disposição dele. Pois outro fator é o estoque. O consumidor se decepciona quando ele faz a consulta e, no final, não tem o produto no estoque. Aí é cruel. 

Então o senhor acredita que é uma tendência a integração cada vez maior entre loja virtual e loja física? 

A loja física poderia agregar muito à virtual. O que o consumidor procura na virtual e não encontra, ele vai ter na loja física. O que ele procura na física e não encontra, ele tem na virtual. Além disso, a internet e a tecnologia podem ser utilizadas para propiciar uma melhor experiência de compra ao consumidor. 

Nos Estados Unidos, uma ex-executiva da Amazon desenvolveu um provador inteligente. Em lojas de confecção, o gargalo maior está no provador, principalmente para as mulheres. Com o provador inteligente, você utiliza um smartphone e já vai selecionando os produtos que quer provar. Ao terminar de escolher, no próprio smartphone o consumidor já sabe para qual provador deve se dirigir. Os produtos selecionados já vão estar lá. Se uma peça ficou pequena, por exemplo, você descarta essa peça e já te mandam outra em um tamanho maior. O consumidor não precisa mais de recompor, vestir toda a roupa para voltar ao salão e pegar a peça em outro tamanho. E o principal: depois que o consumidor escolhe as peças, mas tem dúvidas sobre a combinação das mesmas, vem um estilista para ajudar na composição das peças. 

Essa inovação é uma sinalização importante. Isso pode ser adaptado e adotado por outras lojas. O que custa eu ter esse trabalho desse cliente que escolheu as peças e meu funcionário já deixar à disposição, no provador, as mesmas peças selecionadas em tamanhos diferentes para que o consumidor não tenha que voltar ao salão? Fazendo isso, você estará ganhando uma venda, certamente. O que mais frustra o consumidor nessa hora (de provar roupas) é esse problema de tira e bota (roupa). 

Quais outras iniciativas podem ser adotadas pelas lojas para que o consumidor tenha maior comodidade na hora de ir às compras? 

Outro gargalo muito grande dentro de uma loja é a fila. Você passou duas horas escolhendo os produtos que quer comprar, mas, para ir embora, você quer ir logo. O gargalo é a fila. Uma solução para isso é o check-out ambulante, onde um funcionário da loja vai com um tablet até onde o consumidor está, já recebe o cartão dele, faz tudo ali. Recentemente, eu fui atendido dessa forma em Nova York. Eu escolhi o produto e um funcionário da loja veio até mim dizendo que queria me ajudar, eu disse que já tinha escolhido o produto, então ele disse que queria me ajudar a pagar. E fez tudo ali, sem precisar de filas. Essa é uma maneira de trazer a tecnologia para bem pertinho da comodidade, da satisfação do cliente, de ajudar o consumidor naquilo que mais o incomoda. 

O criativo já pensa em outras alternativas. Quando você está na fila para pagar, um engraxate vem e engraxa seu sapato. É uma maneira de amenizar esse incômodo (de esperar em filas). Para as mulheres, já tem até manicure. É uma maneira de minimizar aquela espera. É o mundo da criatividade. E o varejo é fantástico nisso. Como ele vive muito ligado às pessoas, ele precisa estar sempre antenado, precisa ter essa sensibilidade. O varejo tem que sentir o consumidor, a vontade dele, o que ele quer, o atendimento etc. O consumidor precisa se sentir bem. Ele volta na loja e muitas vezes não sabe nem por que. Às vezes, é um aroma - tem lojas que procuram um cheiro especial. O consumidor gosta de ir ali e não sabe por que. É porque o ambiente é muito agradável. Isso tudo faz parte das ações de tecnologia avançada, de desafios na conquista e fidelização do consumidor, a partir da iluminação, do som ambiente etc. 

Como os lojistas podem acompanhar essas tendências, conhecer novas formas de atender às necessidades do consumidor e fidelizá-lo? 

Eventos como o Cenários do Varejo, realizado pela CDL, são uma ótima oportunidade para isso. Na edição deste ano, os palestrantes chamaram a atenção dos lojistas para questões como inovação e tecnologia. É por isso que esse evento é importante. Não tenha dúvida que os lojistas vão desenvolvendo essas possibilidades, Estão buscando tendências, ficando sempre próximos ao consumidor. A criatividade tem que estar junto ao serviço. A criatividade tem que estar sintonizada com aquilo que eu me proponho a fazer, tem quer uma soma, agregar valor. A gente pensa que já fizeram tudo, mas todo dia surgem coisas novas. E a tecnologia, essa não para. O lojista precisa ficar bem atento. Na tecnologia, não sei onde vai chegar o limite humano. Mas a tecnologia tem que ser humanizada, estar a serviço do homem. Pensavam que a tecnologia ia eliminar o ser humano, mas ainda é o homem que faz a diferença, o homem é que ainda tem o valor. A tecnologia é um instrumento. As inovações tecnológicas devem sempre estar sintonizadas com os anseios do homem. 

A internet tem possibilitado que muitas pessoas montem suas próprias lojas, iniciem um novo negócio. Como o senhor vê essa possibilidade e a atuação dos pequenos empreendedores no e-commerce? 

Esses são cases. Esses é que são surpreendentes, pois conseguem montar uma loja e, com custos mínimos, disputar com gigantes. Na internet, muitas vezes o consumidor não sabe quem é grande e quem é pequeno. Temos casos e casos desse tipo. Até em calçados. Até pouco tempo, se achava que não era possível vender calçados pela internet e hoje se sabe que é sim possível. Temos muitos exemplos do pequeno trabalhando com a inteligência, apenas é preciso o componente do conhecimento, do saber. Os pequenos estão muito bem, fazendo uma grande diferença. As grandes cadeias hoje já estão disponibilizando seus estoques para os pequenos, pois perceberam que é melhor se aliar a eles do que brigar com eles. 

Na sua avaliação, para que os lojistas se mantenham competitivos no mercado, eles têm que investir mais em tecnologia? 

A tecnologia não tem retorno. Ou você vai com ela ou vai ser ultrapassado. A tecnologia chega, se implanta, porque o consumidor é que exige. É uma solução que ele (o consumidor) já quer e você (lojista) vai ter que se atualizar, dentro da sua realidade. Mas o lojista tem como já ir adicionando e ficando mais moderno. Em relação há pouco tempo atrás, nossas lojas hoje já estão mais modernas, já registraram grandes avanços em displays e exposições, por exemplo. Já melhoramos muito. 



Cearenses apostam na web para expandir público-alvo

Diante do alto crescimento do comércio virtual, grandes empresas varejista cearenses também estão investindo neste promissor mercado para atrair mais público. Com cerca de 10 mil itens disponíveis no site e sete milhões de visualizações por ano, a rede de farmácias Pague Menos acredita que inovação é a base de sustentação estratégica do crescimento da empresa.

De acordo com André Albuquerque, gerente de operações da rede farmácias, para se manter no mercado, a empresa precisa estar sempre adequada as novas canais de consumo. "A estratégia é ser sempre competitiva, com um mix de produtos diversificado, buscando sempre a melhor negociação com a indústria que possibilite descontos e ofertas atrativas, sem esquecer das diversas formas de pagamento", conta Albuquerque. Ele destaca também que o próximo desafio será tornar o atual aplicativo móvel da empresa em mais um canal de vendas. "Atualmente ele dispõe apenas de uma série de informações relacionadas a localização e serviços das lojas físicas, bem como contém algumas dicas de saúde e beleza". 

Potencial 

É também com este intuito, que a empresa cearense do setor de tecnologia Ibyte pretende investir no cenário virtual. Até 2015, o grupo pretende tornar o site sua maior loja tanto em faturamento como em capilaridade. "Montamos algumas estratégias bem robustas. Entre elas o investimento em ter uma ferramenta completa de e-commerce, o Magento, que é a maior do mundo, a parceria com uma grande empresa de gerenciamento da ferramenta e marketing digital, a Smart, a criação do chat online onde o consumidor interage com uma pessoa real em tempo real, frete grátis para o Ceará em compras a partir de R$ 99 e para todo o Nordeste em compras a partir de R$ 199", comenta o gerente de Marketing da Ibyte, Nelson Gurgel. 

Entrega diferenciada 

Os pequenos também inovam nas lojas virtuais. Há cerca de seis anos, quando comprar pela internet ainda era uma realidade distante para muitos brasileiros, sobretudo se essa compra fosse feita a partir de um dispositivo móvel, jovens cearenses vislumbraram a possibilidade de oferecer um serviço inovador ao consumidor e atender a uma demanda que, até então, não possuía soluções específicas. Foi assim que surgiu a DoisTempos.Com, empresa especializada na venda de material de escritório e com a proposta de realizar uma entrega rápida. 

"Nosso principal diferencial é trabalhar com entrega rápida para empresas, já que a maioria das fornecedoras de material de escritório têm entrega de 24 a 48 horas. Nosso objetivo é atender empresas e pessoas físicas em um prazo máximo de uma hora, no caso da Aldeota. Também entregamos em outros locais da cidade, mas não no mesmo prazo. Há uma carência grande das empresas que precisam de agilidade", diz o gerente e sócio da empresa, Anderson Lucas. 

A ideia agradou aos consumidores e, conforme o gerente, nos três primeiros anos de atividade, a empresa cresceu 300% ao ano. "Hoje, a gente vem mantendo um crescimento médio de 20% ao ano", afirma. "A aceitação é muito boa", reforça. (RH) 


Dháfine mazza 
Repórter

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

9 milhões de consumidores devem aderir ao e-commerce

EM 2013

Setor prevê expansão de 25% nas vendas deste ano em relação a 2012, por meio de 20 mil lojas virtuais do País

O e-commerce brasileiro terá um incremento de oito a nove milhões de novos consumidores até o fim deste ano, o que representa uma alta de 20% em relação ao número de clientes novos no ano passado. A previsão é do vice-presidente do Buscapé Company e diretor geral da E-bit, Pedro Guasti. O executivo esteve ontem em Fortaleza palestrando no "Fórum Liderar e Crescer Varejo 2013", realizado no Marina Park Hotel.

Maior volume de pedidos no segmento de moda e acessórios foi um dos responsáveis pelo incremento nas vendas do primeiro semestre 
Foto: Divulgação


Enquanto o varejo geral no País prevê crescimento de 5% para este ano, o comércio eletrônico, por meio de cerca de 20 mil lojas virtuais, estima uma expansão de 25% em relação ao ano passado, conforme Pedro.

"O crescimento é um tripé. Ele tem basicamente três fatores. O primeiro são novos consumidores, pessoas que ainda não compraram, começam a comprar, gostam e vêm para esse mercado; em segundo lugar, manter as pessoas aumentando a frequência de compras. Elas gostam e compram mais; e a terceira é o próprio crescimento vegetativo do mercado, mas impulsionado também por novas experiências, novas categorias que emergem", explica o executivo.

Moda e acessórios puxam

O destaque de alguns setores antes não muito expressivos e agora com volume de pedidos mais forte foi um dos fatores que impulsionaram as vendas no e-commerce no primeiro semestre. Em primeiro lugar, conforme o executivo, aparece o segmento de moda e acessórios, seguido de eletrodomésticos; perfumaria, cosméticos e saúde; informática; e telefonia celular. O mercado de comércio eletrônico deve movimentar R$ 28 milhões neste ano, ante R$ 22 milhões faturados em 2012. "Ao todo, serão 67 milhões de pacotes transportados por ano pela internet, atendendo a 50 milhões de consumidores virtuais por ano", prevê.

Ticket médio

O valor médio gasto pelo consumidor brasileiro com compras pela internet se destaca ao ser comparado ao ticket médio dos supermercados ou shoppings, por exemplo. No e-commerce, a compra girou em torno de R$ 360 no primeiro semestre. "É um valor alto porque a cesta de produtos do consumidor é diferenciada e tem mais produtos caros", avalia Pedro.

Com a alta do dólar, a tendência é que o valor atinja patamares maiores ainda, considerando que o setor vende uma vasta gama de produtos importados. Entretanto, o aumento da moeda americana ainda não gerou impactos negativos, segundo o executivo, porém, nos últimos meses, o setor tem registrado pequenas inflações, fato que não costumava acontecer anteriormente.

"O Buscapé tem uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que gera o Índice de Preço ao Consumidor. Esse indicador vem apresentando inflação, o que não ocorria antes, pois existe uma dinâmica no mercado capaz baixar o preço, que é a concorrência. Mas agora, em agosto, o setor já apresentou 0,5% de inflação. Isso tinha aparecido umas três ou quatro vezes nos últimos dois anos e meio e, de maio para cá, já apareceu duas ou três vezes", analisa ele, acrescentando que as consequências resultarão em um consumidor mais seletivo. "As empresas vão ter que trabalhar melhor as ferramentas de monitoramento de preços", diz.

Marco Civil da Internet

Em função das novas denúncias de monitoramento dos EUA contra o Brasil, na última quarta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff pediu urgência ao Congresso para a votação do Marco Civil da Internet. Com a proposta em vigor, as empresas interessadas em desenvolver soluções deverão hospedar seus sites no Brasil e arcar com as responsabilidades em caso de violação de sigilo.

A aprovação da proposta deverá ser positiva para a segurança na internet, mas poderá gerar impactos financeiros no bolso do consumidor final. "É bom porque você obriga que as empresas se estabeleçam definitivamente aqui. Por outro lado, como a gente sabe que o custo no Brasil é alto e nós temos uma carga tributária elevada, pode ser que as empresas que sejam obrigadas a hospedar seus servidores aqui tenham que pagar mais por esse serviço e isso pode impactar no preço final do produto", conclui Pedro.


ANA BEATRIZ SUGETTE/CARLOS EUGÊNIOREPÓRTERES
Fonte: Jornal Diário do Nordeste

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Como montar seu site de vendas

Um passo a passo para você criar uma loja virtual
Da Redação


As pequenas empresas devem considerar a internet como uma opção para crescer e ganhar dinheiro. “Se explorado com profissionalismo, o comércio eletrônico pode ser um grande negócio, principalmente em tempos de consumidores cada vez mais ocupados”, diz o professor Alberto Albertin, da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo. A infra-estrutura necessária para o funcionamento de um comércio virtual, porém, não é das mais simples. Veja aqui como construí-la: 

Quem procurar 
Você pode montar um site por conta própria, algo muito complicado, ou bater na porta de um único fornecedor, o chamado provedor de hospedagem. Empresas desse ramo oferecem pacotes sob medida para quem quer desenvolver um site. Locaweb, 4Web e Dot Store, por exemplo, estão entre os provedores que fazem de tudo: encarregam-se do registro do nome da empresa na internet, da hospedagem, da montagem do site, oferecem sistemas seguros para as transações, organizam diferentes formas de pagamento, dão consultoria em webmarketing e suporte técnico, entre outras coisas. 

De olho no vizinho 
Antes de mais nada, é importante ver o que seus concorrentes estão fazendo em seus próprios sites, que negócios semelhantes fazem no exterior, quais são as práticas mais interessantes e o que você não quer de jeito nenhum no seu site. Uma pesquisa dessas o habilita a passar, numa reunião com o desenvolvedor do site, o que deseja para a sua loja virtual. Você saberá especificar as características do que quer no seu site e, principalmente, estabelecer metas para os prestadores, como o tempo de desenvolvimento ou a instalação progressiva de serviços ou ferramentas. 

24 horas no ar 
Quando se trata de hospedagem, segundo Alessandro Santiago, professor de sistemas de inetrnet e desenvolvimento de e-commerce da faculdade IBTA, é fundamental que o provedor garanta que o seu site estará no ar na data combinada e ficará no ar o maior tempo possível. Nesse quesito, você deve solicitar em contrato que o SLA (Service Level Agreement, que significa garantia de serviço disponível, um termo técnico bastante utilizado na área) esteja entre 99,1% e 99,5%. Isso significa que, das 24 horas do dia, sete dias da semana, o site estará acessível acima de 99% do tempo.

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