Biblioteca da Faculdade CDL

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cadastro Positivo tenta incluir todos os brasileiros em 2 anos




Marino de Oliveira, empresário em São Paulo: ele quer migrar da lista de inadimplentes para a de clientes em dia

São Paulo - Marino de Oliveira, de 55 anos, é professor de squash em São Paulo. Por anos só deu aulas particulares e, nos meses bons, chegava a ganhar 10 000 ­reais. Em 2008, resolveu realizar o sonho de empreender. Montou uma empresa, tomou um empréstimo de 80 000 reais e alugou oito quadras de squash.

Não demorou um ano para Oliveira perceber que tinha dado um passo maior do que podia. Sem conseguir pagar as dívidas, viu seu nome parar na lista de inadimplentes da ­Serasa e a vida virar um inferno. Com o nome sujo, não conseguia comprar nada a prazo nem parcelar a anuidade da faculdade da filha.

Do ponto de vista pessoal, os últimos quatro anos foram um martírio para Oliveira. Para o país, seu caso e o de outros milhões de brasileiros que caem nas listas de inadimplentes são um mal muito necessário. A Serasa e o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) funcionam como um escudo protetor da economia brasi­leira.

“São mecanismos eficientes contra a formação de bolhas de crédito”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio da Quest Investimentos e ex-presidente do BNDES. O sistema de informações sobre crédito do Brasil é mais avançado que o de países como a França e a Bélgica, de acordo com o Banco Mundial. Agora, está prestes a dar mais um passo importante.

A partir de agosto, o Brasil passará a ter uma ferramenta que permite identificar quem paga suas contas em dia. Conhecido como cadastro positivo, esse mecanismo faz um raio X dos consumidores, com o histórico de seus pagamentos — da prestação do carro à conta de luz. Hoje, os varejistas só conseguem saber quem está inadimplente.

Com o cadastro positivo, poderão calcular a capacidade de endividamento de cada cliente. “Essa ferramenta, aliada ao que o Brasil já tem, dará o retrato completo dos consumidores”, diz Margaret Miller, economista sênior do Banco Mundial. Apesar da merecida festa após a aprovação da medida no Congresso no ano passado, a velocidade com que o cadastro positivo vai se popularizar no país é incerta.

Clientes de bancos, varejistas e companhias de serviço público precisam dar autorização para que suas informações sejam compartilhadas. “Nosso objetivo é cadastrar todos os brasileiros em dois anos”, diz Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian. A expectativa é que as pessoas reconheçam as vantagens de participar.

Na hora de fazer um crediário ou de pedir um empréstimo, o bom pagador terá vantagens, com acesso a condições melhores que a média. “O novo mecanismo vai nos possibilitar trabalhar com taxas de juro mais baixas”, diz José Rodrigues, diretor de crédito da rede de vestuário Riachuelo, que tem sua própria financeira.

Em Hong Kong, dois anos após a implantação do cadastro positivo, em 2003, a participação de instituições não bancárias na concessão de empréstimos aumentou de 5% para 30% do total de crédito concedido. 

A melhoria do sistema brasileiro vem em boa hora. Em tempos de desaceleração econômica, a concessão de crédito, que cresceu em média 22% ao ano no último decênio, está em ritmo mais lento. Isso num momento em que o endividamento das famílias brasileiras atingiu um percentual recorde, de 44% da renda anual.

“Daqui para a frente, o crédito no Brasil só cresce se for com responsabilidade”, afirma Ana Carla Abrão, diretora de modelagem e pesquisa do banco Itaú. “Só o cadastro positivo identifica quem tem condições de se endividar.” 

Listado pela Serasa, o professor de squash Oliveira está conseguindo se reerguer. Renegociou a dívida no banco, diminuiu o tamanho do negócio, limpou seu nome e agora sonha em entrar no clube dos bons pagadores.

Quem resume bem essa mudança de cultura é o economista Marcos Lisboa, que idealizou o cadastro positivo quando trabalhou como secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda de 2003 a 2005. “Essa medida cria regras para que as pessoas façam a coisa certa, em vez de só punir quem faz o errado. É assim que se educa a população”, diz Lisboa.

Fonte: Exame

sexta-feira, 12 de abril de 2013

CE: 13% limpam o nome no SPC



PRIMEIRO TRIMESTRE

No Brasil, 7,2 milhões de pessoas quitaram ou renegociaram as dívidas, segundo o Serasa Experian

O número de consumidores cearenses que saíram da lista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) aumentou 13,3%, enquanto 4,6% foram incluídos nos três primeiros meses deste ano na comparação com igual período do ano anterior. Os dados, divulgados pelo o superintendente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Antônio Carlos Rodrigues, revelam uma situação "confortável na praça do Ceará", assim como no País.















FOTO: LUCAS DE MENEZES


É esperada continuidade na desaceleração do número de inadimplentes ao longo de 2013, fechando o ano com um aumento inferior a 1,0% 

Em todo o Brasil, 7,2 milhões de consumidores deixaram a lista de inadimplência, aumento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2012, conforme a Serasa Experian. O número é o maior já registrado para o primeiro trimestre desde 2006, quando iniciou a medição.

Para o superintendente da CDL, o momento econômico tem possibilitado que o percentual de novos endividados seja "significativamente menor". "Esse é um processo onde entram e saem pessoas. A inadimplência tem muito ver com o desemprego. Estamos com o emprego em alta, aumento da renda. A pessoa empregada naturalmente honra os compromissos", diz.

O economista da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, também indica como fatores de influência a expansão das renegociações das dívidas e os juros reduzidos. "Em 2011 e 2012, a inadimplência cresceu muito e o consumidor veio sentido dificuldades de pagar as dívidas e de conseguir crédito", afirma. Já no segundo semestre do ano passado, destaca, o número de pessoas que quitaram as dívidas ou renegociaram começou a cair, com o consumidor colocando o "pé no freio do consumo".

Indicador

No País, o indicador de inadimplentes teve queda de 1% em março ante fevereiro, descontados efeitos sazonais, conforme a Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). No primeiro trimestre de 2013, o indicador acumula redução de 5,6% ante igual período de 2012.

Segundo a Boa Vista, o resultado de março manteve a tendência de queda observada desde o início do ano e é "reflexo da continuidade dos impactos positivos das melhores condições do mercado de crédito, influenciadas pela queda da taxa básica de juros e spreads bancários, e do aumento da população com vínculo empregatício ao longo de 2012, além da maior seletividade dos bancos privados na oferta do crédito", segundo nota.

O órgão estima continuidade na desaceleração do registro do número de inadimplentes ao longo de 2013, fechando o ano com um aumento inferior a 1,0%. No acumulado de 12 meses, em comparação aos 12 meses anteriores, o indicador apontou uma queda de 0,2%, fato que não ocorria desde outubro de 2010.

Fonte: Jornal DN

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SPC e Cadastro Positivo




 
 
Barreira às compras
 
41% já tiveram o nome ‘sujo’ no SPC, revela estudo

27.09.2012

Pesquisa aponta ainda que, quanto mais baixa a renda, menor o interesse em saber sobre taxas de juros

São Paulo/ Fortaleza. Pesquisa nacional encomendada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) aponta que 41% dos consumidores brasileiros já foram ou estão impossibilitados de fazer compras a prazo por estarem com o nome “sujo”.

 
 
Em famílias com renda até R$ 3.825 por mês, 40% manifestam despreocupação em se informar sobre as taxas de juros foto: Rodrigo Carvalho

Os motivos principais indicados pelos inadimplentes são a falta de planejamento financeiro e a dificuldade de avaliar o quanto efetivamente pagam quando fazem compras parceladas. Apesar deste cenário incluir pessoas das classes A e B, o estudo mostra que são os brasileiros das classes C e D os que mais sofrem com a situação da inadimplência.

De acordo com os dados, 44% das famílias com renda até R$ 3.825 mensais já estiveram ou estão com os nomes bloqueados para compras a prazo. Em famílias brasileiras com renda superior a este limite, o percentual cai para 32%.

Em famílias brasileiras com renda até R$ 3.825 por mês, 40% manifestam despreocupação em se informar sobre as taxas de juros, enquanto que nas classes de renda superior a despreocupação cai para 19%.

Escolaridade

Segundo Nelson Barrizzelli, economista do SPC Brasil, há uma relação direta entre a renda e a escolaridade, ou seja, quanto maior o faturamento mensal per capta, maior o nível de instrução destas pessoas.

Apesar de o conhecimento sobre o custo das taxas de juros praticadas pelo mercado ser essencial na hora de contratar um financiamento, a pesquisa revela ainda que quanto menor a renda, menor o interesse em se obter essas informações. “Pessoas com menos escolaridade são as que mais ignoram o assunto e, como consequência, são as que mais juros pagam nas suas compras financiadas, fato que as leva à inadimplência”, explica Nelson Barrizzelli.

A pesquisa aponta também que 64% das famílias com renda até R$ 3.835 possuem entre um e quatro cartões de crédito. Nas famílias com renda acima desse limite, o percentual é de 77%.

Dessa forma, famílias com poder aquisitivo completamente diferentes têm praticamente o mesmo acesso ao uso de cartões, que atualmente praticam os juros mais altos do mercado. No entanto, a pesquisa revela que as primeiras (que têm menor poder aquisitivo) não conseguem avaliar a risco de inadimplência que estão correndo, caso surja algum obstáculo financeiro de qualquer natureza durante o período de financiamento.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro, a inadimplência não interessa a ninguém e é prejudicial a todos. “O empresário é duplamente penalizado porque além de ter antecipado a mercadoria, vai ter que honrar a despesa com o fornecedor”, afirma.

Cadastro Positivo

De acordo com ele, uma das melhores alternativas de redução da inadimplência é a implantação do banco de dados intitulado Cadastro Positivo. “Dizem que é de interesse somente dos empresários, mas seria possível ter agilidade nas transações e conceder juros menores. A inadimplência cairia muito, pois as vendas seriam feitas com muito mais responsabilidade”. 

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