Biblioteca da Faculdade CDL

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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Natal: a vez do varejo





Estamos chegando ao fim do ano e além da fé na renovação que preenche todo o mundo, o Natal também chega acompanhado de grandes expectativas para o comércio.

Considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas, em 2017 a movimentação na economia com a aquisição de presentes deverá ser de R$ 51,2 bilhões no comércio, conforme revela recente pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Se fizermos uma retrospectiva desde 2016, vamos nos recordar que neste mesmo período do ano passado a conjuntura era de grandes incertezas. Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou mais limitado para compras caras.

Agora, chegando ao final de 2017 podemos citar inúmeros avanços que aconteceram durante todo o ano, tornando o ambiente de negócios mais favorável. As quedas da inflação, do desemprego e da taxa de juros também deram a tônica do atual momento de recuperação da economia, mostrando que o país está voltando aos trilhos de uma rota de crescimento.

Diante dessa conjuntura, um próspero ano novo é realmente o que podemos esperar. Já podemos vislumbrar um crescimento de 2,5% para 2018.

Um fim de ano melhor para o varejo, para o consumidor e para o Brasil: esse é o cenário que o setor do comércio vislumbra para o Natal de 2017, com os reflexos da retomada da economia.

Este cenário de recuperação traz novos ânimos para um período tão importante para o varejo nacional. Boas vendas e boas compras!!

Jornal O POVO – 15/11/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Saindo do fundo do poço, é preciso “Avançar”



O crescimento positivo de 0,2% do PIB no período de abril a junho deste ano, em comparação com o primeiro trimestre de 2017 e de 0,3% sobre igual período de 2016, indica um sinal claro do fim do processo recessivo. Diversos fatores contribuíram para esse resultado, como a baixa taxa de inflação, inferior a 2,8% nos últimos 12 meses, a forte retomada das exportações e a injeção de R$44 bilhões das contas inativas do FGTS na economia. Todos esses fatores tiveram papel importante para impulsionar o consumo das famílias com efeitos imediatos no setor de comércio e serviços.

Outra medida relevante é a liberação do saque o dinheiro do Fundo PIS/Pasep a partir de outubro deste ano, para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir dos 62 anos. Ao todo serão R$ 16 bilhões, beneficiando 7,8 milhões de pessoas. A ação deve contribuir para a sustentação da tendência de crescimento em 2017.

A recuperação da economia coincide com o momento em que o varejo entra em um período de realização das compras de fim de ano, com foco nos eventos do Black Friday e das festas natalinas. Neste período o varejista deve fazer o seu planejamento de vendas, associado à sua estratégia de marketing, e à necessidade de capital de giro para antecipar seus pedidos.

Começa aqui outro desafio para o lojista: o acesso a linhas de crédito e financiamento com um nível de burocracia que seja aceitável, principalmente quando se tratam das pequenas e médias empresas. Mesmo com a inflação em queda, as taxas de juros continuam na estratosfera, com lento ritmo de queda, prejudicando o setor produtivo em geral.

Pensando nessa necessidade, a CNDL lançou o Programa Avança Varejo, o qual consiste em oferecer acesso ao crédito de custo menor e de forma menos burocrática. A parceria foi feita com a Caixa Econômica Federal, que através de um acordo de cooperação, disponibilizou ao associado do Sistema CNDL linhas de capital de giro, crédito rotativo, de investimento e financiamento, com prazos mais alongados e taxas de juros diferenciadas no total de R$ 1 bilhão, em 2017.

Apenas nos 15 primeiros dias da parceria estabelecida no dia 17 de agosto já havia demanda da ordem de R$263 milhões.

A inciativa é fundamental para as atividades do setor de comércio e serviços que responde por uma generosa parcela do PIB nacional e é o maior empregador do país, respondendo por mais de 66% dos empregos formais. Que o Avança Varejo sirva de exemplo para que o sistema bancário se torne inovador não para expandir lucros, mas para fomentar o desenvolvimento do País.

Jornal O POVO – 20/09/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quinta-feira, 20 de julho de 2017

SEGURANÇA JURÍDICA: UM GRANDE REFORÇO PARA O VAREJO




A atuação representativa do setor do varejo tem demonstrado grande força no cenário nacional, comprovando que a independência das instituições públicas e privadas são capazes de impulsionar o desenvolvimento do País, dentro das suas potencialidades. E o setor de comercio e serviços é a grande mola propulsora da geração de renda e emprego.

Dois exemplos ilustram bem esse protagonismo do setor terciário que responde por 73% dos empregos formais em todo Brasil: o Banco do Nordeste (BNB) estabeleceu uma linha de crédito com uma redução média de 15% a 20% para capital de giro. A medida beneficia empresários de diferentes portes e abre portas para que outros bancos possam também aprovar linhas de crédito que incentivem o empresariado.

Outro avanço foi a Lei 13.455, de 26 de junho de 2017. Democrática e inclusiva, a Medida Provisória 764, sancionada no Palácio do Planalto, se converteu em lei e traz benefícios para os consumidores de baixa renda que não tem acesso a cartões de crédito e para aqueles que preferem angariar um bom desconto no pagamento à vista de um produto ou serviço.

A regulamentação da concessão de desconto a depender da modalidade de pagamento favorece não só o cidadão, mas também os empresários que sempre enxergaram na Medida Provisória 764, em vigor desde dezembro do ano passado, uma maneira de reduzir o volume das vendas com cartão de crédito que impactam as finanças pelas altas taxas cobradas pelas operadoras de cartão de crédito, que podem variar de 1% a 7%.

A Lei que já era um pleito antigo do setor de comércio e serviços tem poder também de incentivar a competitividade empresarial. Se destacará o lojista que oferecer o melhor preço para fidelizar o seu cliente. 

Pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil para avaliar os efeitos da Medida Provisória comprova que a Lei vem de encontro a um hábito bastante cultural do povo brasileiro: o costume de pechinchar. O levantamento mostrou que 38% dos consumidores notaram que as empresas estão oferecendo mais descontos para pagamentos à vista na comparação com o ano passado, sobretudo para o pagamento em dinheiro (27%).Por outro lado, 23% dos varejistas consultados disseram ter percebido o benefício prático da nova medida, como aumento das vendas em dinheiro (17%), queda da inadimplência (4%) e diminuição nos pagamentos das taxas das máquinas de cartão (3%).

Enquanto orador e representante do setor de Comércio e Serviços, na solenidade de sanção da Medida Provisória pelo presidente da República, Michel Temer, foi possível constatar um fato muito claro para todo Sistema CNDL e pelas instituições privadas brasileiras: o varejo é a força que move o Brasil.

Jornal O POVO – 19/07/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 10 de maio de 2017

A MODERNIZAÇÃO QUE O BRASIL PRECISA

















As demandas que tomam conta do parlamento brasileiro encontram ressonância nas necessidades do setor de comércio e serviços que enxerga nas reformas da Previdência, Trabalhista e Tributária um caminho em direção à geração de emprego e renda no país, a sustentabilidade das contas públicas para que não haja um disparo inflacionário e para o equilíbrio das contas públicas. A atualização de leis antigas que não se adéquam mais a contemporaneidade das relações de trabalho e que impedem a economia de ganhar o impulso necessário oriundo do mercado de trabalho é cada dia mais urgente.

A conjuntura demográfica atual é completamente diferente de 30 anos atrás. O aumento da longevidade da população brasileira e a diminuição das taxas de natalidade são fatores que impactam diretamente na previdência social.

As mudanças na estrutura etária brasileira afetam diretamente no desenvolvimento econômico do país. Isso significa dizer que no futuro bem próximo teremos menos trabalhadores jovens para sustentar uma grande massa de idosos. E notório que esta conta não fechará se não forem estabelecidas novas regras.

Nesse sentido, é necessário também reestabelecer novas relações entre trabalhador e empregador, modernizando as leis. Com a terceirização aprovada no fim de março pelo Plenário da Câmara os empresários já preveem aumento da formalização e criação de mais empregos.

A taxa de desemprego no Brasil ainda segue em crescimento vertiginoso com 14,2 milhões de desempregados, registrados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada no dia 28 de abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante dessa realidade, já se tornou senso comum a necessidade da criação de novos postos de trabalho e da urgente retomada da economia nacional.

O texto-base da Reforma Trabalhista, aprovado no Plenário da Câmara dos Deputados com 296 votos favoráveis e 177 contrários, já está sendo apreciado no Senado Federal e conta com amplo apoio dos setores de comércio e serviços, produtivo e demais segmentos responsáveis pela geração de emprego e renda no país. 

A carga tributária doméstica onera estratosfericamente o não só o setor de comércio e serviços, mas também o produtivo e aqueles responsáveis por grossas fatias na composição do PIB nacional. A alta carga tributária retrai o crescimento, na medida que o empreendedor reduz investimentos e deixa de empregar. Por isso a atualização do sistema tributário se trona imprescindível.

O setor varejista aposta nas ações e políticas que priorizem os 14,2 milhões de desempregados espalhados em todo país. Para gerar novos postos de trabalho e alavancar o crescimento do país, precisamos mudar e reformar leis antigas que não contribuem com o desenvolvimento.

Jornal O POVO – 10/05/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 12 de abril de 2017

TERCEIRIZAÇÃO: UM PASSO RUMO À MODERNIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
















A sanção do Projeto de Lei nº 4.302/98, que regulamenta a terceirização, imprimirá novos rumos ao mercado de trabalho nacional e à modernização das relações entre empregado e empregador. Os principais conceitos que marcam essa nova etapa fundamental para a retomada econômica tão necessária para o país são especialização e desburocratização. No segmento varejista, o resultado é a geração de novos postos de trabalho.

No setor de comércio e serviços, a visão sempre foi muito nítida quanto ao poder de empregabilidade trazido junto com a aprovação da terceirização, que está no bojo da grande Reforma Trabalhista. Com a demanda crescente por especialização no mercado de trabalho, a tendência é que as empresas terceirizadas continuem se especializando cada vez mais e agreguem eficiência às pessoas jurídicas que contratam.

Esse movimento enseja, a médio e longo prazo, um aumento na produtividade, permitindo, inclusive, a elevação dos salários sem gerar inflação. Esse modelo já é consolidado em países desenvolvidos onde o aumento da produtividade acompanha o crescimento salarial.

As polêmicas geradas quanto à perda de direitos trabalhistas também são desconstruídas com a sanção da lei, em 31 de março. O texto aprovado garante o cumprimento de todos os direitos trabalhistas impostos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como o recolhimento do FGTS e INSS, férias e 13º salário. O cumprimento das obrigações trabalhistas continuará encontrando respaldo no Ministério Público do Trabalho (MPT) e Justiça do Trabalho.

A garantia é ainda mais clara visto que as empresas contratantes também serão responsabilizadas secundariamente, quando no caso de falência das empresas contratadas, elas deverão cumprir as obrigações. Além disso, as pessoas jurídicas que contratam devem garantir as condições de higiene, segurança e salubridade do trabalhador. A contratante poderá oferecer ainda o mesmo atendimento médico ou de refeição prestado aos empregados.

A configuração de competitividade presente no mercado de trabalho e no mundo corporativo caminha em uma direção onde não cabem retrocessos. Assim, a aprovação da Reforma Trabalhista se torna cada vez mais urgente em direção a um novo modelo nas relações de trabalho mais adequados a realidade contemporânea.

A terceirização melhora o ambiente de negócios, caminha na direção das previsões da retomada da economia e confere segurança jurídica a um modelo que já vem sendo praticado não só no Brasil, mas em vários países.

Jornal O POVO – 12/04/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

HUMANIZAÇÃO ORGANIZACIONAL

















Cientistas sociais renomados como Kurt Lewin e psicólogos famosos como Fritz Perls têm desenvolvido, em meio à frieza material dos avanços tecnológicos deste início de século, a tese da sensibilização humana dentro das organizações empresariais, ou seja, a humanização organizacional, o que envolve empresa, clientes e colaboradores.

O tempo em que um bom líder era aquele forte no comando, com competência baseada apenas na firmeza e no controle, ficou para trás. Hoje, o bom líder tem características motivadoras, a fim de conseguir mobilizar um conjunto de características dos indivíduos de sua equipe, alçando-a a um patamar de coletividade eficaz. O líder de hoje é, sobretudo, humano, não no sentido piedoso do termo, mas no sentido de alguém capaz de gerenciar e filtrar emoções, de conhecer as habilidades de seus liderados e de ter capacidade suficiente para conduzir essas habilidades em prol do crescimento da organização, uma vez que essa equipe lidará com o cliente.

Nessa nova cultura, o líder se entende não como alguém que é superior aos liderados, mas, sim, como alguém que interpreta bem as necessidades da organização e dos liderados e consegue promover o desenvolvimento de ambos. Esse contexto exige novos formas de enxergar o humano – do diretor até o consumidor final - dentro das organizações.

Em janeiro deste ano, nossa comitiva da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com mais de 100 empresários brasileiros, participou da 106ª edição da NRF Big Show, maior evento do varejo mundial, realizado todos os anos em Nova Iorque. Lá, pudemos confirmar as teorias de Kurt Lewin: a forma de fazer negócios e de gerir empresas muda tão rapidamente quanto os avanços tecnológicos que não cansam de nos surpreender. Durante os três dias de evento, as inovações tecnológicas chamaram atenção - pois vão desde realidade virtual e aumentada, até robôs capazes de fazer reconhecimento de produtos em uma loja física. Numa sociedade tão robotizada, a humanização organizacional precisa se fazer protagonista, por isso esse tema foi o grande destaque da convenção: a importância de humanizar as relações. Palestrantes renomados de todo mundo repetiram continuamente a necessidade de valorizar o indivíduo e de empoderar os colaboradores para atender o cliente de forma diferenciada.

Mais do que levantar tendências revolucionárias, a NRF 2017 serviu para confirmar conceitos que são importantes para o varejo desde sempre. Mesmo com tanta tecnologia, é sempre necessário humanizar as ações, utilizando as inovações em favor de novas experiências.

Hoje, os clientes esperam uma troca na relação de consumo, caminho que passa pela confiança e diálogo. O consumidor de hoje é exigente e espera que esta relação aconteça de forma leal.

Do outro lado do balcão, os varejistas têm o dever de se preparar e adaptar os processos quando (e se) for necessário. A disposição de inovar deve estar incorporada ao cotidiano, para proporcionar as melhores experiências aos usuários, com estratégias assertivas, mas sem esquecer que as pessoas são a alma de qualquer negócio.

Jornal O POVO – 08/02/2017
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A ESPERANÇA DO RECOMEÇO

















“Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”

Esse trecho, extraído da crônica. Quase, escrita por uma jovem catarinense de 21 anos, revela a profundidade de uma mente tão profícua, que muitos, inclusive um renomado jornal francês, chegaram a republicar o texto como sendo do grande Luís Fernando Veríssimo. Sarah Westphal é o nome dela. Quis o destino, do qual Sarah nos manda desconfiar, que uma das maiores tragédias do ano de 2016 vitimasse a Chapecoense, time de Santa Catarina, terra natal de Sarah. Quis o destino que essa tragédia acontecesse no final do ano. E é impossível não traçar um paralelo entre essa tragédia que comoveu o mundo e as nossas atitudes nessa época.

As 71 vidas que se foram em território colombiano tinham muitos planos. Eram jovens fortes, competentes, realizadores. Eram o símbolo de um sonho, a prova de que o trabalho sério conquista as vitórias. Partiram no melhor momento de suas vidas, mas, ao partirem, nos apresentaram a um mundo solidário do qual alguns já ousavam desistir. Naquele avião, vimos a força de um dos sobreviventes, o jogador Neto, que resistiu por 8 horas sob os escombros em condições absolutamente adversas, sob forte chuva e intenso frio. O nome disso é persistência!

Também não desistiram os responsáveis pelo socorro. Antes mesmo que as equipes oficiais chegassem ao local, os moradores da região já se organizavam, localizando, entre os residentes mais próximos, bombeiros, médicos e trilheiros que pudessem fazer os primeiros socorros. O nome disso é atitude! E essa atitude permitiu que a equipe oficial fosse mais rapidamente levada até os sobreviventes.

As tragédias nos comovem e nos dilaceram, mas elas também relembram a necessidade de recobrar as forças. Elas resgatam a fé no poder do amor humano em uma época marcada pela violência. O mundo chora conosco, e, em meio a essa dor, descobrimos um povo irmão, um povo admirável! Um povo que, na era de Escobar e na era do terrorismo das Farc, aprendeu o que é perder e precisar reconstruir, aprendeu que as fronteiras não estão em nossa essência humana, pois tudo nessa nossa essência é luta e reconstrução.

E é com essa lição colombiana que quero encerrar meu 2016, acreditando no fim da crise econômica, na retomada do crescimento, na capacidade de resistência da indústria e do comércio, na atitude e na persistência do trabalhador brasileiro. O tempo é de turbulência, mas ter atitude, persistir e resistir é condição de sobrevivência para quem empreende no Brasil.

Dezembro é o mês de nascimento, mesmo para os que não acreditam em Cristo, pois dezembro anuncia a chegada de um novo ano. É o mês em que lamentamos as perdas, mas negamos as derrotas, e, assim, planejamos reconstruções pessoais e profissionais. Apenas “Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de tentar.” O nome disso é esperança! Que 2017 nos traga um feliz recomeço!

Jornal O Povo – 14/12/2016
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Todo mundo precisa ceder













Presidente da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas


O Brasil que nos chega por meio das mais variadas mídias respira a palavra crise.

É uma ausência de valores básicos tão descarada e desmedida, uma banalização tão eloquente de tudo aquilo que desvirtua a nossa cidadania e a nossa capacidade de sobreviver e de crescer nesse cenário, que só nos restam duas opções: ou acreditamos em terra arrasada (que nem de longe assim está, embora o queiram fazer parecer), ou entendemos esse momento como o da sacudida necessária para que analisemos o país que temos e o país que queremos, a fim de mudar seus rumos em todas essas instâncias que hoje são de crise.

E isso só será possível por meio do diálogo construtivo, utopia que precisa dos que nela acreditem. Bem, meu amigo, eu sou um homem que crê no utópico, na necessidade de edificar soluções sob as sólidas bases do dito popular: “Muitas vezes é perdendo uma batalha que se ganha a guerra”, ou seja, todos precisam ceder, para que essa disputa política que sangra o país seja estancada.

Enquanto os interesses de poucos preponderam sobre o sofrimento de muitos, toda a cadeia produtiva do país padece neste momento. É chegado o momento de inverter a ordem, de o sofrimento de muitos preponderar sobre os interesses de poucos. Recentemente, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em parceria com o SPC Brasil, divulgou o indicador de inadimplência. Como já era esperado, houve crescimento desse indicador em todas as regiões do Brasil, o que comprova a forte chegada da 
crise aos bolsos do consumidor.

A aprovação de medidas econômicas necessárias ao fim da crise exige negociação. A recuperação da credibilidade do Governo exige o apoio da sociedade civil. É papel dos que neste momento estão envolvidos numa verdadeira “briga de foice” nas altas instâncias do poder privilegiar a nação e os eleitores. Chega dessa picuinha no Congresso e no Senado. Chega desse empurra-empurra de responsabilidades, dessa disputa pós-eleitoral sem data para acabar. Engana-se quem pensa que o povo não sabe votar. Aguardem as urnas e verão que em nenhum dos lados desse cabo de guerra o eleitor estará. O que conta para o empresariado e para o cidadão comum, ambos integrantes da força de trabalho que sustenta o país, é o fim dessa disputa que paralisa o país.

Se por um lado o governo precisa apresentar uma proposta para a abertura do diálogo e se colocar disponível para eventuais mudanças, por outro lado é preciso que a oposição esteja aberta às possíveis negociações. O Congresso retornou aos trabalhos. É tempo de baixar a guarda e fazer com que 2016 seja melhor do que 2015. Ambas as partes precisam ceder. Como disse o Nobel de Literatura Bjornstjerne Bjornson, “Na política, a verdade e a ação devem esperar o momento em que todos precisem dela”. Se nossos homens públicos ainda não sabem, informo-lhes de que esse momento é chegado. Mais diálogo, mais ação e menos confusão!

Jornal O Povo – 17/02/2016
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Opinião - Que venha o novo

Presidente da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas



É de Capistrano Honório de Abreu, historiador e escritor, uma das frases que mais me conduzem vida afora. Dizia ele: “Para trás não existem horizontes”.

O meu “xará”, como eu menino nascido no sertão cearense – certamente enfrentou no século em que viveu – o XIX – dificuldades que se interpuseram entre ele e o legado que deixou para a história. Mas Capistrano, por toda a sua obra, evidenciou ser um homem que, em quaisquer condições, seguia adiante.

Seguir adiante não é deixar os dias seguirem o curso irrevogável do tempo em sua sequência funesta, como se o destino tudo determinasse e todas as ações estivessem nas mãos de um condutor que pode ou não ser eficiente. Seguir adiante é abandonar as lamúrias, é compreender que a vida é uma luta, é fazer os planos darem certo a partir de nossas posturas diante deles.

Seguir adiante é viver para construir o novo, é ser capaz de tornar crível o que a maioria considera incrível. Neste ano que brevemente se encerrará, a palavra crise acompanhou o brasileiro com tal alarde que a muitos paralisou. A crise existe, provavelmente será longa, mas muitas outras já vierem e se foram. Sobreviveram, meus amigos, os que seguiram adiante apesar delas. Assim como agora sobreviverão os que arregaçarem as mangas e se determinarem a acreditar em um novo momento, e acreditar significa fazer parte das ações que suplantarão os números negativos da economia.

Segundo o IBGE, o comércio varejista do País fechou o mês de outubro com crescimento de 0,6% no volume de vendas em relação a setembro. O resultado interrompe oito meses consecutivos de taxas negativas – período em que acumulou retração de 6,3%. É um sinal de que, em nosso setor, muita gente seguirá adiante.

Foi anunciado, ainda, que cinco dos oito segmentos do varejo avançaram. O maior aumento ocorreu no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas, com 2%. Em seguida, veio tecidos, vestuários e calçados, com 1,9%, e artigos farmacêuticos, com 1,5%.

Os números são modestos, mas suficientes para que olhemos com mais otimismo para o Ano Novo. E que não apenas o ano seja novo, mas que novas sejam as nossas posturas, as ações dos que fazem o varejo nosso de cada dia.

Que venha o novo, meus amigos. O Ano Novo, as oportunidades novas e a nova vitória sobre a velha e recorrente crise que desde sempre assola nossos negócios e vez por outra volta a nos desafiar. Estaremos prontos e seguiremos adiante. Acreditem: 2015 nos ensinou a construir 2016. Se para trás não existem horizontes, podem ter certeza, existem ensinamentos.

Um Ano Novo de muita construção para todos nós.

Jornal O Povo – 23/12/2015
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br
Presidente da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A cor não importa - Artigo de opinião


Foto: Google
D. Gracinda Pinheiro, minha mãe, foi a mulher mais forte que conheci. Ao mesmo tempo, tinha temperamento avesso aos conflitos. Vítima de câncer de mama, ela partiu para a vida eterna há 15 anos, em um outubro que naquela época nada teve de rosa.

Hoje, no entanto, identifico-me profundamente com esse movimento conscientizador contra o câncer de mama - O Outubro Rosa. Também com o Novembro Azul, criado para conscientizar os homens sobre a prevenção do câncer de próstata e de outras doenças masculinas.

Esse caminho preventivo deve motivar a participação da sociedade, de empresas e entidades na proteção dos homens e das mulheres que integram – de diferentes formas – o nosso cotidiano, incluindo-se o mercado de trabalho, onde a força feminina é cada vez maior.

Integrante de uma geração percussora da chegada da mulher a esse mercado de trabalho, D. Gracinda jamais limitou as filhas à vida doméstica, ao contrário, estimulava que fossem financeiramente independentes. Muitas outras mulheres de sua geração devem ter procedido da mesma forma, por isso, cada vez mais se vê mulheres dentro das empresas e entidades na busca pela ampliação do seu espaço, inclusive no comando das instituições, o que tem feito as mulheres ocuparem não somente a liderança das empresas, mas também das famílias. Dados do IBGE dizem que 37,3% das mulheres são as principais mantenedoras de seus lares.

O setor varejista reconhece essa necessária ascensão das mulheres. A quantidade de empregadoras no Brasil cresceu 19% em uma década – entre os homens, esse aumento foi de apenas 3%. É o que aponta o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As mulheres já correspondem a 31% do total de donos de empresas. Além disso, graças a movimentação que dão ao setor varejista, principalmente nas áreas de vestuários e cosméticos, o Brasil é o 3o maior mercado consumidor de produtos ligados à beleza.

Nem mesmo a alta do dólar e dos impostos desanimaram os empresários que investem no segmento. O faturamento do setor em 2014 superou os R$ 100 bilhões, o que representa 1,8% do PIB brasileiro. As corporações e os governantes precisam perceber que a maior participação feminina é de extrema importância para a economia global, pois ainda são poucas as empresas hoje que dispõem de programas pró-igualdade.

Como varejista e presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas - CNDL percebo que os desafios ao empreendedorismo ainda são grandes, trata-se de uma espaço a ser conquistado por toda a sociedade, tanto pelas mulheres quanto pelos homens. Ao contrário das cores, na vida e no mercado de trabalho não é necessário haver distinções, vamos lutar para construir um cenário em que as oportunidades iguais de trabalho e os esforços integrados não contenham diferenças, apenas congruências.

Honório Pinheiro - Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

Confira o artigo publicado na edição de hoje do Jornal O Povo

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