Biblioteca da Faculdade CDL

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O Blog da Biblioteca da Faculdade CDL é um espaço destinado à comunicação da Biblioteca com os alunos e professores, onde é possível fazer postagens e comentários relativos a assuntos que envolvam, de alguma forma, a Biblioteca e o ambiente acadêmico em geral. O objetivo do blog é informar, registrar momentos e incentivar o gosto pela leitura e pela escrita.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Para pequenas empresas, o ano não pode começar só depois do Carnaval

Por Cristiano Mendes

No Brasil, existe um ditado que diz que o ano só começa depois do Carnaval, pois o ritmo do mercado é mais lento nos dois primeiros meses do ano. Por isso, o mês de Janeiro e parte de Fevereiro são subestimados por serem um período de mercado devagar, entre as festas de final de ano e o Carnaval. Porém, este é o momento para as pequenas empresas colocarem essa ideia de lado. Inclusive, os negócios se deram melhor em 2014, ano em que o Carnaval atrasou para Março, o faturamento das micro e pequenas empresas de São Paulo em Fevereiro aumentou 9,7%, se comparado ao mesmo mês no ano anterior, segundo levantamento do SEBRAE-SP. Isso prova que os consumidores estão dispostos e interessados no mercado antes do Carnaval, por isso os pequenos negócios devem estar preparados para atendê-los.
O atraso do feriado em 2014 proporcionou mais tempo para as pequenas empresas que demonstraram bom desempenho e lucro. Naquele ano, já que esperar o Carnaval passar não era uma opção, pois significaria começar com força total apenas na metade para o final de Março, quase 3 meses depois do início do ano.
O começo do ano pode ser muito produtivo para um pequeno empreendedor, que pode, por exemplo, aproveitar para organizar a situação financeira e a declaração de imposto de renda do negócio, evitando potenciais processos burocráticos no período de pico de vendas. Pode também criar ou aprimorar a presença online, o que não necessita de altos investimentos. Mesmo se precisar construir sua identidade digital, aproveite para adquirir um domínio, um e-mail profissional e um site para promover seus serviços e produtos online para potenciais clientes pelo Brasil e pelo mundo. Até mesmo se você já possui uma página na web, foque em atualizar seu site, montar uma estratégia de mídias sociais e marketing digital que te aproxime dos seus clientes. Assim, com uma presença online consistente e pronta para atender os consumidores no momento certo, quando o mercado volta à ativa.
Portanto, os dois primeiros meses do ano podem ser um diferencial para ajudar o seu pequeno negócio a sair na frente da concorrência, porque você já pode iniciar a produção nesse momento de baixa de mercado, aproveitando o ritmo mais lento para focar em atividades estratégicas e de planejamento para sua empresa. Assim, quando o mercado voltar em força total, você já vai estar pronto, afinal, a melhor onda é de quem chega primeiro na praia.
Sobre o autor: diretor de produtos da GoDaddy para a América Latina.
Fonte: Portal Dedução


Biblioteca

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O que esperar do varejo brasileiro em 2017

Marcos Gouvêa de Souza, fundador da GS&MD, não hesita em cravar: “o varejo viveu em 2016 seu pior momento no século”.

O balanço do ano ainda não foi fechado, mas a consultoria, uma das mais tradicionais para o setor no Brasil, espera um recuo de 6% nas vendas, isso quando já considerada a inflação.

Os últimos dados divulgados pelo IBGE na Pesquisa Mensal do Comércio indicam uma queda de 6,4% nas receitas das lojas e supermercados até novembro.

O desempenho ruim é consequência de uma série de fatores: a alta inflação, que corroeu o poder de compra e a confiança dos consumidores nos primeiros meses do ano, o desemprego e o crédito mais caro e escasso.

Para 2017, o cenário previsto ainda é de dificuldades, segundo Gouvêa.

Ele avalia que a menor pressão inflacionária vai gerar um aumento gradual do poder aquisitivo das famílias, o que deve beneficiar principalmente o nicho de alimentos, mas que a lenta reação do mercado de trabalho será um entrave.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 10,71% em janeiro do ano passado para 5,35% neste ano. Por outro lado, conforme estimativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o país terá 13,8 milhões de desempregados até 2018.

Diante dessas perspectivas, o foco das varejistas que quiserem sobreviver a este ano precisa ser um só: reforçar o caixa, diz Ana Paula Tozzi, presidente da AGR Consultores.

“Em 2016 as empresas aprenderam a cortar despesas e fechar lojas não rentáveis. Agora, elas têm que pensar menos no valor da ação e mais nas reservas”, afirma.

“Quando a economia começar a melhorar, é preciso ter capital de giro, aumentar estoques, ter cobertura. Não se consegue velocidade de reação sem caixa”, completa.

Abaixo, veja o que mais esperar do setor e como as companhias pretendem conquistar o cliente em 2017, segundo os especialistas:

1. Atacarejos e lojas de conveniência continuarão em alta

Os atacarejos e os clubes de compra (como o Sam’s Club), que oferecem preços mais baixos com pouco conforto na hora da compra, seguirão ganhando espaço. Ao mesmo tempo, as lojas de conveniência, de estilo completamente oposto, também continuarão em expansão.

“Estamos vivendo uma polarização de mercado”, diz Marcos Gouvêa de Souza.

2. As empresas vão se esforçar ainda mais para vender um “propósito”

Uma das tendências mais fortes que Gouvêa de Souza diz ter observado durante a Retail’s BIG Show deste ano, maior feira de varejo do mundo, que ocorreu nos Estados Unidos em janeiro, foi a busca das marcas por um propósito.

“Numa sociedade em que há tanto de tudo, em que há superoferta, os consumidores precisam de uma razão maior para comprar produtos ou criar ligação com as marcas”, diz.

3. As pessoas estarão cada vez mais no centro da estratégia

“Os consumidores serão tratados como pessoas e não como números, e as companhias vão selecionar melhor seus funcionários, escolher aqueles que tenham paixão pela marca, que sejam consistentes com sua proposta”, avalia Gouvêa.

4. O atendimento ficará mais personalizado e a customização em massa vai aumentar

Entender e monitorar o comportamento dos consumidores é outra prática que ganhará força. “Há uma busca para sair do processo de comoditização e o uso da informação para fazer produtos e ofertas de forma individualizada cresce”, afirma o consultor.

Com a tecnologia, hoje é possível “customizar em larga escala”, diz.

5. As lojas deixarão de ser apenas pontos de venda

De acordo com Marcos Gouvêa, não basta mais para as varejistas ter prateleiras cheias de produtos.

“As lojas deixam de ser ponto de venda para ser ponto de serviço, de educação, de experiência. Para concorrer com a internet ou com os formatos focados em preço, como os clubes de vendas, elas têm que se transformar num espaço onde o consumidor tenha prazer em ir, possa trocar informação, fazer cursos”, conclui.

6. As barreiras entre lojas físicas e online vão desaparecer e a oferta de meios de pagamento mobile crescerá

Ana Paula Tozzi, da AGR, avalia que as empresas precisarão fundir as experiências de compra física e online para conquistar o cliente.

“A loja terá de ser uma coisa maior, com soluções integradas de parceiros e opção de pagamento mobile”.

7. Os pontos de venda vão encolher

“Com a tecnologia, as lojas podem operar com custos menores sem tirar a conveniência do consumidor. Se a empresa tem uma experiência digital dentro do ponto de venda e faz uma boa curadoria, não precisa ter todos os produtos expostos. Isso diminui o investimento em capital de giro. Além disso, seu caixa pode ser um iPad”, comenta Ana Paula.

8. A logística vai mudar

“Assim como o Uber hoje entrega comida, vamos ver isso no varejo. Se uma pessoa vai viajar, por que ela não pode levar consigo uma mercadoria para uma empresa? As plataformas de logísticas podem ser compartilhadas”, afirma Ana Paula.

Ela também acredita que o consumidor brasileiro vai se acostumar a pagar mais para receber produtos comprados em casa no mesmo dia da compra.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

"O importante é a margem", diz Wesley Batista, CEO global da JBS

Por Alessandra Morita

Dono de uma empresa com receita anual de R$ 163 bi, Batista acredita que o excesso de ofertas, instituído por varejo e indústria para enfrentar a crise, diminuirá. Ele aposta nos ajustes econômicos.

Defender as margens é o que varejo e indústria sempre buscam, para viabilizar suas empresas. Wesley Batista, 46 anos, CEO global da JBS, acredita que, confirmados os ajustes fiscais e previdenciários, o País retomará o crescimento (ainda que lento), permitindo melhores lucros para os negócios. Segundo ele, os primeiros sinais de confiança já aparecem. Mas nem tudo depende só da economia. Em entrevista, o empresário apontou maneiras de garantir boas margens, entre elas trabalhar ineficiências na cadeia de distribuição e desenhar o melhor mix para cada loja. Wesley recebeu jornalistas na 27ª Sial Paris, feira mundial de alimentação que aconteceu em outubro, na França, e da qual a JBS participou. Durante o encontro, ressaltou a importância de realizar um trabalho customizado para cada cliente supermercadista e os desafios no varejo alimentar. Confira a seguir.

Consumo

As vendas melhoraram um pouco com a leve recuperação da confiança do consumidor. E o varejista está menos receoso e começa a recompor os estoques. A retomada deverá ganhar força, sobretudo em 2017.

Confiança

O governo está no caminho correto, ao dar foco às áreas fiscal, previdenciária e trabalhista. Se ele conseguir passar as reformas será um legado extraordinário. As dificuldades de mexer nessas áreas acontecem no mundo todo, mas o presidente deverá contar com base de apoio para aprovar os projetos no Congresso.

Melhores margens

O Brasil passa por um ano desafiador, com a renda do consumidor pressionada. É normal que as promoções ocorram com maior frequência para fazer o produto girar. Mas, no fundo, o que importa é a indústria e o varejo buscarem melhores margens. Para isso, os dois lados precisam trabalhar ineficiências da cadeia. As oportunidades estão na logística, na operação, nas perdas. O varejo tem uma perda muito alta de carne nobre. Isso gera um valor expressivo. O mesmo ocorre na logística. Buscamos identificar em cada cliente oportunidades e levar a eles soluções para girar o produto e gerar boa margem. E esse trabalho precisa ser customizado.

Desafios no varejo

Um dos maiores desafios é definir o mix correto para cada loja e bandeira. Uma loja em área nobre não deve ter o mesmo tipo de carne de outra, localizada em uma área carente, de baixa renda. A primeira aceita carnes importadas e linhas premium. A segunda, não.

Histórias bem-sucedidas

Há clientes focados em preço nas negociações, mas há os que valorizam o sortimento e a qualidade. O que vemos é que as histórias bem-sucedidas são as dos empresários que não privilegiam preço, mas sim qualidade e sortimento correto.

Acordos anuais

Temos planos anuais de estratégia e volume com o varejo. Mas é complexo definir um preço fixo anual, uma vez que ele depende do câmbio, do preço dos grãos, da demanda externa, entre outros fatores.

Corpo a corpo

Hoje estou menos no varejo do que eu gostaria. Mas quando me encontro com clientes, vejo que há interesse deles em buscar sinergias e uma relação ganha-ganha.

Consolidação no setor de carnes

A indústria de carne caminha para uma consolidação grande, uma maior profissionalização no mundo todo. Ou você é um competidor global ou concorre apenas localmente. Na Europa, há um caminho de consolidação bem grande. Mas no Brasil, o mercado já está mais consolidado.

Sem aquisições

Até 2017, vamos focar 100% a consolidação dos negócios que compramos e a geração de caixa.

Sobre a autora: Jornalista e editora assistente na Revista Supermercado Moderno.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A FORÇA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


Presidente da Confederação 

Nacional de Dirigentes Lojistas
No dia 05 de outubro comemoramos o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, uma ótima oportunidade para nos lembrar de que, apesar do momento de turbulência que enfrentamos, o Brasil é um país de empreendedores.

Muita gente acha que são apenas as grandes empresas ou multinacionais que fazem a economia ir para frente. Muito pelo contrário, as micro e pequenas têm um papel fundamental para promover o crescimento econômico.

Para se ter uma ideia da grandeza do setor, os pequenos negócios representam 27% do PIB nacional e, como é fácil constatar, têm papel de destaque quando se fala sobre crescimento econômico, já que respondem por boa parte da geração de empregos e renda da população, sendo uma das principais causas da redução das desigualdades sociais.

Se compararmos com números de décadas passadas, veremos que a participação do segmento na economia brasileira vem crescendo acentuadamente. Em 1985, representavam 21% do PIB. Já em 2001, 23,2%. Em termos de valores absolutos, de 2001 a 2011, o faturamento das micro e pequenas empresas saltou de R$ 144 bilhões para R$ 599 bilhões, em valores da época.

Esses números demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os microempreendedores individuais.

Recentemente, o Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários dos segmentos do varejo e de serviços calculado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontou um crescimento de 18% na comparação com o mesmo período de 2015, passando de 36,38 pontos para 42,93 pontos.

Apesar das projeções técnicas apontarem para mais um ano de recessão, o indicador demonstra que os micro e pequenos empresários já nutrem alguma esperança com relação ao futuro da economia e dos negócios.

Mas precisamos lembrar que, para isso, também dependemos de medidas efetivas do governo para conter o aumento do desemprego e da deterioração fiscal. Se há otimismo, nós empresários estaremos mais dispostos a assumir riscos para ampliar nossos negócios e contratar mais funcionários. 

Com a instabilidade econômica, elevada carga tributária e taxas altas, ser um empreendedor no Brasil é, acima de tudo, um grande desafio. E mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos diariamente, ainda temos muitos motivos para comemorar.


Jornal O Povo – 12/10/2016
Honório Pinheiro
presidente@cndl.org.br
Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Criatividade em alta!

Alunos do Curso de Marketing elaboram trabalho da disciplina de Economia e Mercados, ministrada pela Professora Maria de Lourdes, representando de forma lúdica, os elementos que compõem a economia e o mercado.


Biblioteca

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Discutindo sobre a crise econômica

Alunos do Curso de Marketing, marcaram presença hoje na Biblioteca, para pesquisar e discutir sobre a crise econômica, verificando tanto as oportunidades de crescimento, como a situação de declínio das empresas.

O trabalho é da disciplina de Economia e Mercados, ministrada pela Profª. Maria de Lourdes.

Todos muito concentrados!



Biblioteca

terça-feira, 30 de junho de 2015










Presidente da CDL de Fortaleza, Severino Ramalho Neto, concedeu entrevista à Patrícia Calderón, do Programa Diálogos, da TV Cidade.

Confira a entrevista




 


Fonte: CNEWS O Portal de Notícias da Cidade








segunda-feira, 25 de maio de 2015

Reinvenção que transformou o comércio varejista cearense







MULTINEGÓCIO
24.05.2015

Honório Pinheiro saiu de uma mercearia para uma rede de 11 lojas ao inovar e diversificar o atendimento ao público


Diferencial do Pinheiro Supermercado se dá no atendimento ao cliente
Diferencial do Pinheiro Supermercado se dá no atendimento ao cliente

FOTOS: BRUNO GOMES

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A redução de custos, acrescenta Pinheiro, deve ser outra estratégia neste período, em que tanto a política como a economia estão conturbadas

Todo grande negócio - ou pelo menos a maioria deles - nasce de uma inquietação empreendedora, como uma intuição que instiga percepções além do comum. A inspiração do empresário cearense Honório Pinheiro veio, contudo, acrescida de alguns valores peculiares, como a necessidade de se reinventar e a preocupação em ter um bom relacionamento com a vizinhança, princípios que foram fundamentais não apenas para o sucesso do próprio negócio, o Pinheiro Supermercado, mas também para mudanças significativas no varejo do Estado do Ceará.
"Não tenho dinheiro, tenho ideias", diz ele, que também é presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cargo assumido no início deste ano. Essa vocação de Pinheiro para o comércio começou a ser construída ainda na infância, vivida em Solonópole, no Interior do Estado, compartilhando a rotina de feirante do pai, Joaquim Honório Alves.
"Esse viés, essa ginga de comércio, eu absorvi dele", conta. Aos 16 anos, Honório veio estudar na Capital, acompanhado do irmão, Bosco Pinheiro, que tinha 12 anos. Permeada de dificuldades, a vinda dos dois jovens representa também um momento de superação para os irmãos, que conseguiram seguir a rotina de estudos, entrar no mercado de trabalho e buscar sempre novas oportunidades.
"Em paralelo ao nosso trabalho, sempre fomos para as feiras; em dias de jogos, a gente colocava bar perto do estádio. A gente era inquieto nessa questão de construir mais e ter o próprio negócio", diz Honório.
O início do supermercado
Em 1979, os irmãos decidiram trazer os pais para Fortaleza e montar um pequeno negócio que ficaria sob a responsabilidade do pai, no bairro Pan Americano. Das vendas no balcão, o mercadinho foi crescendo e ganhando a atenção de Honório, até que ele resolveu abrir mão do emprego e enveredar, de vez, pelo ramo do comércio.
"Eu fui trabalhar com todas as realidade de um pequeno negócio, indo para a Ceasa (Centrais de Abastecimento do Ceará - S/A), fazendo compras", relembra. Em seguida, foi o irmão que abraçou o mercadinho, que abandonou o diminutivo e se consolidou como rede de supermercados. A expansão começou em bairros vizinhos, como Vila Manoel Sátiro e Maraponga, e assim, a pequena mercearia converteu-se em uma rede que hoje possui onze lojas, sendo cinco em Fortaleza e seis distribuídas pelo Interior.
A migração para outros municípios, segundo Honório, foi impulsionada, principalmente, pelas modificações do mercado. "Com a chegada dos players internacionais na Capital, foi diminuindo espaços para os menores. Foi então que tivemos a nossa primeira experiência, em Quixadá", lembra, reforçando que o investimento foi alicerçado na "velha intuição varejista".
A inovação
A atuação do Pinheiro Supermercado no Interior do Estado, aliás, é um capítulo importante na história de Honório. Pioneiro na migração para outros municípios entre os supermercados cearenses, ele superou empecilhos comuns aos pequenos negócios, como a logística, o comportamento do público e até o tipo de crédito usado pelos clientes.
"Eles tinham o costume da caderneta, que nós não podíamos praticar por conta da nossa estrutura. E até 14 anos atrás, no Interior, eles não conheciam certos produtos da linha de lactos, chocolates e comidas prontas", resgata da memória.
Outro destaque é modelo comercial que Honório criou, implantando, junto das lojas, serviços como restaurantes, parques infantis e até cinemas próprios.
"Como varejistas, nós entendemos que as pessoas buscam se deslocar para onde têm um melhor atendimento", justifica o presidente da rede. A ideia de apostar nas salas de cinema, um dos investimentos mais emblemáticos e bem sucedidos ligados ao supermercado da rede, veio da necessidade dar uma característica única às lojas. Hoje, são sete salas de exibição dividas entre Sobral, Limoeiro do Norte, Quixadá e Itapipoca, com lançamentos do circuito nacional.
"Isso nos diferenciou porque a comunidade passou a ter um olhar diferente para a gente, não apenas como quem explora comercialmente, mas contribui culturalmente (com o público local)", conclui Honório. O bom relacionamento com a comunidade, aliás, é um dos princípios que guia a administração dos supermercados, e justifica a assinatura da marca, "o bom vizinho". "A mamãe sempre nos ensinou que é muito bom ter um bom vizinho, e pelo fato de sermos do Interior, a gente sabe como isso é importante", defende.
Expansão contínua
Ainda no primeiro semestre deste ano, a rede Pinheiro deve inaugurar mais um empreendimento, em Aracati, no Litoral Leste do Estado. Mas, desta vez, será um shopping, o qual vai contar, além do supermercado - negócio âncora de toda a rede -, um restaurante e duas salas de cinema, e mais outras 30 lojas e praça de alimentação.
Aliando a característica sonhadora e desbravadora do cearense à criatividade necessária ao comércio varejistas, Honório Pinheiro promete ir ainda muito mais longe, sem esquecer das raízes e das ligações com seu público alvo. "Eu sempre tive um sonho de contribuir para o plural, e ainda estou acreditando que farei muito mais daqui pra frente", garante.
Criatividade e fortalecimento são as saídas para a crise
Completando cinco meses desde que assumiu a presidência da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o empresário e também presidente do Pinheiro Supermercado, Honório Pinheiro, acredita que é possível sim, para o setor, ultrapassar a crise econômica de que tanto se fala atualmente, e já traça o caminho para isso: reiventar-se e fortalecer a classe.
"O varejo se reinventa com promoções, novidades, sendo criativo. Mesmo vendendo menos, consegue manter algumas margens, e é nessa linha que estamos trabalhando", explica.
A redução de custos, acrescenta Pinheiro, deve ser outra estratégia neste período, em que tanto a política como a economia estão conturbadas. Já o fortalecimento do associativismo comercial, defende o presidente da CNDL, contribui para dar notoriedade aos negócios.
"Juntando as empresas de mesmo porte, elas podem treinar as pessoas e fazer determinadas compras juntas", orienta, sobre como agir no mercado.
Para além da crise econômica, que, espera-se, tenha efeito mais passageiro, o varejo cearense tem outros obstáculos a ultrapassar, de acordo com a análise feita pelo empresário.
Desafios dos cearenses
"Os desafios do varejo cearense são o reconhecimento, a capacitação e a aquisição de crédito", lista, em ordem de prioridade. O reconhecimento, explica, passa pelos incentivos que ainda não chegaram e pela reformulação da legislação tributária, em nível federal, estadual e municipal, para a atividade que "mais produz resultados socio-econômicos".
A dificuldade na capacitação dos profissionais, problema sentido também em escala nacional, segundo Pinheiro, ganha maior peso devido aos custos exigidos para as melhorias. "A tecnologia exigida para o varejo é muito cara. "Temos dificuldades enormes na aquisição de crédito, porque detemos os juros mais caros do mundo", pontua.
Prioridades
À frente da CNDL, o empresário estabeleceu, entre as prioridades da gestão, "desburocratizar as atividades do comércio, melhorando, principalmente, a vida do pequeno e microempresário, que sustenta o Brasil". "Queremos ser lembrados como a gestão que construiu algo mais duradouro", projeta.
Além disso, ele pretende captar os anseios e necessidades do setor, por meio de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral. "Um dos meus maiores objetivos é fazer com que o comércio esteja unido, porque, é clichê, mas a união é que faz a força", atesta.
Jéssica Colaço
Repórter

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A trajetória econômica de Fortaleza e os potenciais da cidade







CICLOS 10/04/2015


Indústria ao turismo, Fortaleza tem hoje como base da sua economia o setor de serviços. O que virá no futuro?




Após passar por diversos ciclos em 289 anos, a economia de Fortaleza está baseada majoritariamente no setor de serviços, no qual se destaca o segmento do Turismo. A Capital, cuja economia era irrelevante mesmo quando foi elevada a condição de vila, tem o nono maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os municípios brasileiros e o maior da região Nordeste, segundo dados do IBGE de 2011.

Para o futuro, espera-se que Fortaleza se beneficie com o crescimento do polo do Pecém, desenvolvendo ainda mais os setores de serviços e comércio.

Se no início do século passado, a atividade econômica de Fortaleza girava em torno das exportações de matérias primas, hoje a cidade contribui para que o Estado seja o maior exportador do Brasil de calçados.

“Há 60 anos, nós tínhamos um polo industrial na avenida Francisco Sá. Depois, com o Porto do Mucuripe, novos horizontes foram abertos. E com o primeiro governo de Virgílio Távora, o Ceará passou a ter a primeira política industrial, com o distrito de Maracanaú”, diz o economista Lauro Chaves, doutor em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona e professor da Uece.

No primeiro momento, entretanto, o distrito industrial não se desenvolveu como os de outras capitais, apesar dos incentivos da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). “Algumas indústrias começaram a se instalar na década de 1960, com os incentivos do governo federal, mas não dá para comparar com o que ocorreu nos distritos de Salvador e Recife, por exemplo, que se desenvolveram muito mais”, diz Rui Rodrigues, doutor em história e professor da UFC.

A partir do final da década de 1980, o Ceará começou a se destacar como destino turístico, o que ajudou a desenvolver também o setor em Fortaleza. “O Turismo começou a se desenvolver pelo binômio sol e praia, o que é uma visão conservadora”, diz o economista Ireleno Benevides, doutor em Geografia do Turismo e professor da UFC. “O turismo é consequência do desenvolvimento e não sua causa. Ele não deve ter o papel de indutor da diversificação da economia”, ele diz.

Futuro

“Olhando pra frente, acho que Fortaleza deva ter um plano estratégico para que se consolide uma cidade de serviços, mesmo que isso ocorra em detrimento da atividade industrial”, diz Chaves. 

Para ele, a consolidação do polo do Pecém deve fazer de Fortaleza um centro de excelência em gestão, para as empresas lá instaladas.

O potencial do Estado para geração de energias renováveis deverá contribuir para que a Capital crie um tecnológico, diz o economista Raimundo Padilha. “O vento e o sol são as matrizes energéticas que mais avançam tecnologicamente no mundo moderno. Temos muito potencial, mas temos que avançar no conhecimento, com as nossas universidades”, ele diz.

Saiba mais

Pecuária

Enquanto a pecuária, primeira atividade econômica desenvolvida no Ceará, dominava a produção e o mercado local no século XVIII, Aracati era o núcleo urbano dominante do Ceará, de onde eram exportados produtos de couro e, sobretudo, a carne salgada. 

Fortaleza até 1700

“Não seriam tomadas muitas páginas se quiséssemos descrever a indigência econômica de Fortaleza até 1700”, disse o historiador Raimundo Girão , na obra Geografia Estética de Fortaleza, sobre a economia do povoado que se formava no entorno do Forte de Nossa Senhora da Assunção.

Consolidação de Fortaleza

Foi, portanto, como cidade-porto e sede administrativa que Fortaleza se tornou a principal cidade do Ceará, tendo na atividade comercial vinculada ao comércio exterior a sua base de sustentação econômica.

Depois do ciclo do algodão, a economia de Fortaleza se beneficiaria, como porto exportador, de outros produtos que movimentaram a economia de todo o Ceará, como a cera de carnaúba, óleo de oiticica e o café.Mas a pecuária e o algodão ainda mantém duas vocações do Estado, com os produtos em couro e têxteis.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Indústria no Ceará cai 5,4% em junho



PRODUÇÃO
07.08.2014


Com o recuo registrado na produção do sexto mês do ano, o setor interrompe a retomada do crescimento
Queda na Indústria
Entre os principais recuos na produção estão os setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-25,2%) e de têxteis (-36,4%)
FOTO: KIKO SILVA
Após registrar recuperação de 0,2% em abril e expansão de 0,7% em maio, a produção industrial cearense ajustada sazonalmente volta a interromper a retomada do crescimento e registra recuo de 5,4%, em junho, em relação ao mês anterior, e de 6,7%, no confronto com junho de 2013, anotando segunda taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde o mês de fevereiro de 2012 (-9,7%). Em âmbito nacional, a indústria do Ceará anotou a maior queda em junho, atrás apenas do Amazonas (-9,3%), do Paraná (-7,5%) e de Pernambuco, (-7,4%)
Com o resultado de junho, a produção da indústria do Ceará fecha o acumulado do primeiro semestre de 2014 em baixa de 1,5%, quando comparado com os primeiros seis meses do ano passado. No acumulado de 12 meses, porém, o setor ainda computa alta de 4,7%, mantendo-se em terceiro lugar em termos de crescimento anualizado, entre os 14 Estados pesquisados pelo IBGE, atrás apenas do Amazonas e Pará cujas indústrias avançam (4,8%) e (9,1%), respectivamente, mas à frente de Pernambuco (2,1%) e da Bahia (0,2%), este último puxado por queda de 12,1%, em junho último.
Setores
O recuo de 6,7%, em junho último, em relação a igual mês de 2013, foi puxado pela retração de sete dos 11 ramos pesquisados. As principais quedas na produção industrial sobre o total global foram registradas nos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-25,2%) e de produtos têxteis (-36,4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-36,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-18,8%) e de produtos de metal (-26,6%).
Em contrapartida, os setores de produtos alimentícios, com alta de 9,9%, e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, de 15,4%, exerceram pressão positiva sobre os resultados; alimentados, sobretudo, pela maior produção de farinha de trigo, no primeiro ramo; e de óleos combustíveis, no segundo segmento.
Regional
No Nordeste, a queda na produção da indústria em junho, ante junho de 2013, no Ceará (-6,7%), em Pernambuco (-7,3%) e na Bahia (-12,1%), resultou em impacto negativo médio de 8,3%, na região. No Acumulado dos seis primeiros meses deste ano, a indústria do Nordeste fecha o período com recuo de 0,1%, em relação ao acumulado do primeiro semestre de 2013. Em 12 meses, a variação acumulada é de 1% positivo.
No País
Dados do IBGE mostram ainda que, ao se comparar os indicadores de junho último com igual mês de 2013, o setor industrial nacional recuou 6,9%, com perfil disseminado de resultados negativos em termos regionais, já que 12 dos 15 Estados pesquisados apontaram queda na produção. Em relação a maio, a retração anotada no setor no País, foi de 1,4%, em junho, e 2,6%, quando se compara a performance do setor no acumulado dos primeiros meses de 2014 com igual período do ano passado. Em 12 meses, o recuo é de 0,6%.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Demanda habitual do varejo retoma após Copa







EXPECTATIVAS

01.08.2014

Rio. A exemplo do que se observou na indústria, na construção e nos serviços, a desaceleração da atividade no comércio se intensificou em julho por causa da Copa do Mundo.
"No comércio, foi menos intensa, mas aconteceu", afirmou ontem, o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo.
Passado o evento, a tendência esperada é de que a demanda volte a seu patamar habitual. "É como se as pessoas tivessem postergado o consumo de um bem. Além disso, a normalização se dará também em termos de dias úteis", acrescentou.
Recuperação
As expectativas melhores já sinalizam para este processo de recuperação, observou o economista. No trimestre encerrado em julho, o índice de expectativas (IE) caiu 4,7%, bem menos do que a taxa de -6,0% registrada um mês antes, no mesmo tipo de comparação. A série ainda curta (desde março de 2010) não é ajustada sazonalmente, mas um dado ainda experimental apontou avanço de 6,7% no IE em julho ante junho, puxando o que seria um aumento de 3,2% na confiança no período.
Percepções
Apesar disso, as percepções sobre a situação atual pioraram. No trimestre até julho, a queda foi de 8,9% em relação a igual período de 2013, contra -7,1% em junho na mesma base.
No ajuste experimental, a queda na margem foi de 2,2% este mês. Mesmo com a melhora, a perspectiva para o ano segue sendo a de um resultado fraco. "Isso não tira a percepção de um ritmo fraco. Não esperamos aceleração no terceiro e no quarto trimestres em termos de vendas", afirmou Campelo, que projeta um avanço entre 3,5% e 4,0% no volume de vendas do varejo restrito em 2014.
"Não tem como fugir da queda (na confiança) que ocorreu ao longo do ano. Mesmo subindo em julho, não foi suficiente", acrescentou o economista.
Segundo ele, os resultados de vendas em agosto e setembro já devem ser melhores do que no primeiro semestre deste ano, mas ainda não está descartada a chance de que o terceiro trimestre apresente estagnação na atividade varejista.
Demanda
"A demanda não está tão fraca quanto os meses de maio, junho e julho sinalizaram, então há uma correção de rota. Isso deve influenciar resultados de vendas de agosto, setembro e outubro, mas não representa aceleração".

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cenário atual da economia é desfavorável para o comércio

ECONOMIA
Quinta-feira, 12 de Setembro de 2013


O Dia da Criança não é um dos maiores eventos de comemoração e, por isso, não deve crescer muito neste ano. A opinião é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro, justificando que a economia nacional não está muito favorável para que a data, que acontece em 12 de outubro, não seja boa.

Na data, segundo Cordeiro, o comércio de Fortaleza deverá ter um crescimento entre quatro e cinco por cento. “Esse evento não é dos maiores no nosso calendário e, por isso, não dando para esperar dele uma grande reação no comércio de Fortaleza”, observou ele, que viajou, ontem, a São Paulo, para participar de reunião do SPC Brasil.

LIMPA NOME

Segundo ele, o Feirão Limpa Nome está “bombando e surpreendendo pelo número de pessoas que estão negociando as suas dívidas”. O dirigente acrescenta que o primeiro dia foi muito concorrido, e parecia com o segundo dia - que sempre tem mais gente, pelas informações colhidas das pessoas que estiveram no local, na abertura. “Fiquei surpreso com a adesão das pessoas ao evento, numa prova de que quem deve ao comércio, está com vontade de aproveitar a oportunidade para pagar as suas dívidas”, elogiou.

Mostrando como é fácil esse contato, disse que o devedor não leva dinheiro na hora do acerto, precisando apenas o CPF e a identidade. Acrescenta que na hora a pessoa negocia seu débito para pagar depois. Ele lembra que nem todas as empresas credoras fazem parte do leilão e, antes da pessoa ir lá, tem que tirar essa dúvida. O Feirão Limpa Nome está acontecendo, até sábado (14), na Rua Pinto Madeira, 250 - Centro (esquina com a Rua 25 de Março), das 8h às 18h.


Fonte: Jornal O Estado

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Nordeste registra maior crescimento da classe média nos últimos 10 anos"


A Faculdade CDL marcou presença na recente matéria que veiculou no Jornal Hoje da Rede Globo, sobre o crescimento da classe média no Nordeste.



A reportagem do Sistema Verdes Mares/Rede Globo apresenta dados desse crescimento em vários segmentos do comércio e serviços, 





entrevistas com dois alunos da Faculdade CDL: Carlos Alexandre Vasconcelos (MBA em Marketing e Gestão no Varejo) e Lucas Amorim Cordeiro Teixeira (Graduação Tecnológica em Gestão Comercial).




e o ambiente da sala com o Professor Francisco Josino da Costa Neto ministrando aula.




Acessem o link e confiram a reportagem completa!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Projeção de evolução da economia cai pela 9ª vez


PARA 2,31%

16.07.2013


Já a estimativa sobre a inflação, neste ano, teve queda de 5,81% para 5,80% e ficou para 5,90% em 2014


Brasília. A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira não para de cair. Na nona redução seguida, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, este ano, passou de 2,34% para 2,31%. A estimativa para 2013 está abaixo da projeção do Banco Central (BC), que é 2,7%.












Os setores de calçados e roupas serão impactados pela alta da inflação
Foto: Waleska Santiago

Para o ano seguinte, a expectativa das instituições financeiras é que haja crescimento um pouco maior, de 2,8% - a mesma projeção da semana passada. Essas estimativas são resultado de pesquisa feita todas as semanas pelo BC com instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. 

A estimativa para a expansão da produção industrial caiu de 2,34% para 2,23%, este ano, e segue em 3%, em 2014. A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 2,20, ao final deste ano, e subiu de R$ 2,22 para R$ 2,30, ao fim de 2014. 

A pesquisa do Banco Central também mostrou que a estimativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 5,81% para 5,80%, este ano, e permaneceu em 5,90%, em 2014. Ambas projeções estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%, e abaixo do limite superior, 6,5%. 

Selic 

A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 9,25% ao ano, ao final de 2013, e subiu de 9,25% para 9,5% ao ano, no fim de 2014. 

No último dia 10, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic, pela terceira vez seguida, para 8,5% ao ano. A decisão de aumentar a taxa básica é devido à inflação, em alta no País. Quando o Copom quer conter a alta dos preços, aumenta a taxa básica de juros. Em comunicado após a reunião, o Copom disse que a decisão de elevar os juros "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". Na próxima quinta-feira, o Copom vai divulgar mais detalhes sobre a decisão na ata da reunião. 

Calçados e roupas 

A combinação de inflação alta, juros e dólar em elevação desenha um cenário desafiador para o varejo brasileiro na segunda metade de 2013, com maior impacto para empresas de roupas e calçados, de acordo com especialistas do setor. 

A expectativa é que as variáveis continuem pressionando a disposição do brasileiro em consumir no segundo semestre, afirmou o presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar), Claudio Felisoni, reforçando um viés mais negativo para as companhias que vendem artigos que podem ter a compra facilmente adiada. 

O índice de consumidores que pretendem ir às compras entre julho e setembro caiu ao menor nível desde 2002 na capital paulista, indicou levantamento realizado pelo Provar, da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a consultoria Felisoni. 

O impacto das manifestações no país também tende a afetar de modo mais intenso a comercialização dos artigos não-correntes, que são mais dependentes das vendas por impulso. 

Juro médio é o mais alto do ano 

São Paulo. A taxa de juros nas operações de crédito subiram para pessoas físicas e jurídicas na passagem de maio para junho, conforme a Pesquisa Mensal de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada ontem.



Os juros do CDC-bancos-financiamento de automóveis ficaram estáveis na passagem de maio para junho, em 1,53%, a menor desde março. 
FOTO: ALEX COSTA

A taxa média geral de juros para pessoa física passou de 5,43% ao mês (88,61% ao ano), em maio, para 5,45% (89,04%) em junho, a maior desde novembro do ano passado. 

Segundo o levantamento, das seis linhas de crédito pesquisadas, três ficaram estáveis: taxa de juros do comércio, em 4,08% ao mês (61,59% ao ano), a menor desde março; juros do cartão de crédito rotativo, em 9,37% (192,94%), a menor desde o início da série histórica, em 1995; e os juros do CDC - bancos - financiamento de automóveis, em 1,53% (19,99%), a menor desde março deste ano. 

Cheque especial 

Subiram a taxa de juro do cheque especial, de 7,68% ao mês (143,01% ao ano) para 7,73% (144,37%), a maior desde fevereiro de 2012; do empréstimo pessoal - bancos, de 2,97% ao mês (42,08% ao ano) para 3,04% (43,24%), a maior desde novembro de 2012; e empréstimo pessoal - financeiras, de 6,92% ao mês (123,21% ao ano) para 6,96% (124,21%), a maior desde novembro de 2012. 

A taxa de juros média geral para pessoa jurídica avançou de 3,05% ao mês (43,41% ao ano) em maio para 3,09% (44,08%) em junho, a maior desde novembro de 2012. Dos três indicadores analisados, o capital de giro teve alta de 4,23%, passando de 1,42% para 1,48%, e o desconto de duplicata apresentou avanço de 3,76%, de 2,13% para 2,21%. Já conta garantida recuou 0,36%, passando de 5,60% para 5,58%. 

Segundo o coordenador de Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a alta ocorreu devido ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, decidido pelo Banco Central (BC) em 29 de maio e que não havia sido repassado para as taxas das operações de crédito.

Fonte: Diário do Nordeste

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