Biblioteca da Faculdade CDL

Biblioteca da Faculdade CDL

O Blog da Biblioteca da Faculdade CDL é um espaço destinado à comunicação da Biblioteca com os alunos e professores, onde é possível fazer postagens e comentários relativos a assuntos que envolvam, de alguma forma, a Biblioteca e o ambiente acadêmico em geral. O objetivo do blog é informar, registrar momentos e incentivar o gosto pela leitura e pela escrita.

Mostrando postagens com marcador Copa do Mundo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Copa do Mundo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Demanda habitual do varejo retoma após Copa







EXPECTATIVAS

01.08.2014

Rio. A exemplo do que se observou na indústria, na construção e nos serviços, a desaceleração da atividade no comércio se intensificou em julho por causa da Copa do Mundo.
"No comércio, foi menos intensa, mas aconteceu", afirmou ontem, o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo.
Passado o evento, a tendência esperada é de que a demanda volte a seu patamar habitual. "É como se as pessoas tivessem postergado o consumo de um bem. Além disso, a normalização se dará também em termos de dias úteis", acrescentou.
Recuperação
As expectativas melhores já sinalizam para este processo de recuperação, observou o economista. No trimestre encerrado em julho, o índice de expectativas (IE) caiu 4,7%, bem menos do que a taxa de -6,0% registrada um mês antes, no mesmo tipo de comparação. A série ainda curta (desde março de 2010) não é ajustada sazonalmente, mas um dado ainda experimental apontou avanço de 6,7% no IE em julho ante junho, puxando o que seria um aumento de 3,2% na confiança no período.
Percepções
Apesar disso, as percepções sobre a situação atual pioraram. No trimestre até julho, a queda foi de 8,9% em relação a igual período de 2013, contra -7,1% em junho na mesma base.
No ajuste experimental, a queda na margem foi de 2,2% este mês. Mesmo com a melhora, a perspectiva para o ano segue sendo a de um resultado fraco. "Isso não tira a percepção de um ritmo fraco. Não esperamos aceleração no terceiro e no quarto trimestres em termos de vendas", afirmou Campelo, que projeta um avanço entre 3,5% e 4,0% no volume de vendas do varejo restrito em 2014.
"Não tem como fugir da queda (na confiança) que ocorreu ao longo do ano. Mesmo subindo em julho, não foi suficiente", acrescentou o economista.
Segundo ele, os resultados de vendas em agosto e setembro já devem ser melhores do que no primeiro semestre deste ano, mas ainda não está descartada a chance de que o terceiro trimestre apresente estagnação na atividade varejista.
Demanda
"A demanda não está tão fraca quanto os meses de maio, junho e julho sinalizaram, então há uma correção de rota. Isso deve influenciar resultados de vendas de agosto, setembro e outubro, mas não representa aceleração".

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Biblioteca em ritmo de Copa

As férias chegaram e a Copa também chegou, mas a Biblioteca continua aberta, esperando a sua visita. 




Um acervo bem diversificado para sua escolha. Dúvida por qual leitura iniciar? Em ritmo de Copa, escolha o livro pela cor da Bandeira do Brasil.

Vejam as nossas sugestões!








Biblioteca

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Comércio popular é opção para compras na Copa






TORCIDA

11.06.2014

Mesmo de última hora, é possível levar blusas e acessórios com as cores do Brasil por até R$ 30


Image-0-Artigo-1633235-1
O movimento de clientes aumentou nesta semana no Centro de Pequenos Negócios, conhecido como Beco da Poeira
FOTO: HELOSA ARAÚJO


Em época de Copa do Mundo, boa parte das pessoas se veste de verde e amarelo para torcer pelo Brasil. Muitos fortalezenses deixaram a compra de adereços para a última hora e movimentam os mercados populares. Com até R$ 30, é possível adquirir blusa, bandeira e outros acessórios com as cores do País.

O Centro de Pequenos Negócios (CNP), no Centro, conhecido como Beco da Poeira, está repleto de adereços que remetem à Seleção Brasileira. Além da decoração especial para o Mundial, a maioria das estantes exibe produtos relacionados ao evento.

Blusas, roupas infantis, bermudas, saias, vestidos, pulseiras, bandeiras, brincos, relógios, assessórios para cabelo, gorros e até chapéus temáticos são encontrados no CNP. Os preços das blusas variam de R$ 8 a R$ 15, enquanto uma buzina e um chapéu custam R$ 3 cada.

O vendedor Akaullysou Marques foi às compras para adquirir adereços para o Mundial. "Vim atrás de objetos relacionados à Copa do Mundo mesmo. Só aqui no Beco da Poeira, comprei blusa, bandeira, gorro, apito e buzina", conta.

Além de obter mercadorias para si, Marques também levou presentes. "Gastei uns R$150,00, mas levei presente para meu filho e sobrinhos, fora os outros produtos que comprei pra mim", afirma.

Demanda

De acordo com comerciantes do Beco da Poeira, a demanda aumentou consideravelmente da última semana para cá.

"Apesar de ser inesperada, a venda está boa agora. Até semana passada, não tinha quase ninguém comprando, acho que pelo medo das manifestações", opina o comerciante Francisco Péricles de Castro, conhecido como Pekin.

Ele tem em seu estande mais de dez modelos de blusas do Brasil diferentes, a camisa com preço mais baixo custa R$10,00. Pekim ainda conta que era possível encontrar modelos ainda mais em conta, entre R$5,00 e R$7,00, mas a venda dessas mercadorias foi bastante rápida.

A, também comerciante Maria de Fática Alves, tradicionalmente conhecida como Fatinha do Beco, vende apenas roupas femininas. Ela afirma que as mulheres também estão indo às compras. "Conseguimos aumentar o número de vendas, mas, ainda sim, não é o que esperávamos para esse período", diz.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sejamos a pátria de chuteiras

por  Assis Cavalcante


Aproxima-se a realização de um dos maiores espetáculos da Terra: a Copa do Mundo. Neste ano, o evento ocorre justamente no país do futebol. Pela segunda vez na história, o Brasil sediará o torneio. Estima-se que mais de dois milhões de telespectadores voltarão seus olhos para nossa pátria, ávidos por notícias e por assistir ao espetáculo.

Somos conhecidos como um povo simpático e acolhedor por boa parte desse público. Alguns outros, não muitos, não sabiam sequer de nossa existência como nação. Mas, por razões de cunho político – algumas até procedentes, estamos permitindo que nossa imagem como país esteja sendo arranhada no exterior. Fato este negativo para o Brasil, tanto para nossa estabilidade democrática quanto para nossas organizações, sobretudo para as que atuam em âmbito internacional.

Nas décadas de 1970 e 1980, escutava-se muito que o Brasil era o país do futuro. Nesse momento em que temos a oportunidade de mostrar nossa cara para o mundo, não podemos nem devemos fazer feio. A Copa já está instalada. A Arena Castelão foi reformada dentro do tempo previsto, respeitando na íntegra o seu orçamento inicial. O Ceará demonstrou para o país e para o mundo sua capacidade de realização e que aqui temos respeito pela res publica.

Se o torneio fosse realizado em outro país, a essa altura já estaríamos crucificando e achincalhando o treinador. Nossas lojas, ruas e casas estariam enfeitadas de verde e amarelo. Das janelas dos prédios já tremularia o pavilhão nacional com seu lema “Ordem e Progresso”. O clima de Copa do Mundo estaria instalado.

A Copa está posta. Seja o evento ruim ou bom, já está preparado, não há mais volta. Os feriados já foram decididos. Só nos resta vestirmos a camisa da Seleção, pôr as bandeirinhas nos carros, enfeitarmos as praças e casas, calçarmos as chuteiras da dignidade, deixarmos as lideranças políticas de lado e sermos liderados pelos nossos ícones do futebol, como Pelé, Zico, Felipão, Rivelino e tanto outros. Sejamos todos técnicos da Seleção, torcendo juntos pelo hexacampeonato. Que sejamos novamente e com mais força a pátria de chuteiras. A Copa está aqui! Que, do alto dos prédios, gritemos com voz vibrante para que todo o mundo ouça: pra frente, Brasil!

Assis Cavalcante é advogado e lojista

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Varejo do CE cresce 7% no trimestre; País 2,1%



SEGUNDO IBGE

16.05.2014

Ceará foi um dos quatro estados a apresentar resultados positivos na comparação de março em 2014 e 2013

Image-0-Artigo-1613869-1
A atividade varejista no setor de Móveis e Eletrodomésticos cresceu 14,4% em março, evidenciando a maior procura por TVs no pré Copa

FOTO: ALEX COSTA

O volume de vendas do comércio varejista ampliado no Ceará cresceu 0,2% em março e 7,0% no acumulado do ano - índices superiores aos nacionais, que foram, na mesma ordem, -1,2% e 2,1%. Contudo, observa-se uma queda relevante no cenário do varejo cearense se compararmos o índice de março às variações do mês de janeiro (7,0%) e fevereiro (14,6%). Os indicadores são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em análise por atividade varejista, nota-se que a desaceleração aconteceu, principalmente, pela variação negativa no segmento de veículos e motos, partes e peças (-10,8%). O setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também mostrou queda, menos acentuada, de 3,6%. Já o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou um tímido crescimento de 0,2%.

Veículos em baixa

Um dos setores mais abalados pelo cenário econômico em todo Brasil, com altos estoques e ameaça de demissões, foi a indústria automotiva, com queda de 16%, nas vendas do varejo ampliado em março, na comparação com 2013. A retração é associada ao menor crédito disponível, o que, segundo analistas, pode pressionar o governo a rever o ciclo de alta de juros.

Este é o pior resultado do setor desde novembro de 2008, em plena crise financeira mundial, que restringiu o acesso ao crédito em todo mundo. Na época, a redução no consumo de veículos chegou a 20,3%, e levou o governo a criar o incentivo fiscal às montadoras. O IPI, entretanto, começou a ser reduzido gradualmente, em janeiro e deverá ser retirado completamente em 2017.

"Os estoques de janeiro e parcialmente em fevereiro ainda eram vendidos com tarifas de IPI mais baixas. Esses estoques não compõem mais uma parcela relevante das vendas nas concessionárias, que já começa a ver a reposição do IPI na questão dos veículos", avalia a pesquisadora do IBGE, Aleciana Gusmão.

Efeito Copa

Fernando Ponte, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores do Ceará (Fenabrave - CE), também acredita que o recuo na venda de veículos no Ceará, em março último, tenha tido forte influência das expectativas dos consumidores quanto à Copa.

Ele explica que a retração dos bancos, somada às maiores possibilidades de gastar a renda pessoal (com viagens durante os feriados do Mundial, ingressos para os jogos, compra de televisores), pode ter resultado em uma mudança de prioridades, já que o evento mudou a dinâmica do comércio de maneira geral. Além disso, o mês março teve menos dias úteis por conta dos feriados de Carnaval, Dia de São José e Dia da Abolição a Escravatura no Ceará, o que afetou o desempenho de alguns setores.

"Agora no mês de maio, já estamos com 1.933 (veículos) vendidos, contra 2.201 em abril. Isso representa uma queda de 12%. Em Recife, por exemplo, o comércio está fechando as portas. Recebi há pouco informações de um concessionário de lá, estão com expectativa negativa, a polícia em greve. E a gente se pergunta se isso vai chegar aqui. (...) O pessoal está com receio, eu acredito que depois da Copa, a coisa volte a normalidade", analisa Ponte. Ele espera que o feirão que será realizado neste fim de semana, seja um alento, com promoções e taxas mais convidativas para os clientes.

Boca do jacaré

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro, quando se expande a pesquisa do comércio para o "grande varejo", que inclui o setor de veículos, motos, partes e peças e o de materiais de construção, perde-se um pouco da força de resultados que tem eventos como o Fortaleza Liquida.

"Essa quadra do ano é sempre a pior, historicamente. É a ressaca dos eventos de fim de ano, inadimplência, gastos escolares, o consumidor está de fato de ressaca. Então, entramos com o Fortaleza Liquida. Ele faz uma grande diferença no primeiro trimestre, mas no grande varejo ampliado, ele se perde", explica o presidente, que pontuou um faturamento superior a R$ 270 milhões na edição de 2014.

Cordeiro afirma que, dentre todos os segmentos, o dos lojistas teve sim crescimento. "É o que os economistas chamam de a 'boca do jacaré' que se abre. É o índice de emprego descendo e a linha varejo subindo. Os setores prejudicados são os da indústria, que está patinando, influenciada pelas duas vertentes: a alta do varejo e a elevada taxa de desemprego", explica.

Mais televisores

Os setores que tiveram mais destaque de crescimento no Estado em março último, foram os de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (22,2%), móveis e eletrodomésticos (14,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (13,8%). Os móveis subiram 7,3% e os eletrodomésticos, 18,7%, evidenciando a maior procura por TVs no período que antecede a Copa.

"Não tenha duvidas, a venda de televisores vai crescer muito mais, à medida em que vai chegando perto dos jogos. O crescimento foi bem acentuado, o que mostra que na segmentação os resultados são muito diferentes" avalia Freitas Cordeiro

Ranking

Dentre as 27 unidades da Federação, quatro apresentaram resultados positivos na comparação entre março de 2014 e igual período de 2013, no que concerne o volume de vendas do varejo ampliado. Os destaques positivos foram: Alagoas (2,4%); Santa Catarina (0,8%); Maranhão (0,6%) e o Ceará (0,2%).

515 mil veículos financiados em abril

Em abril, o volume de veículos financiados no Brasil atingiu 515.160 unidades, entre automóveis leves, motocicletas, pesados e outros, registrando uma alta de 11% em relação ao mês anterior. As informações são do levantamento da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base integrada de dados, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos que são utilizados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. Os dados contemplam as operações de crédito direto ao consumido (CDC), leasing e autofinanciamento (consórcios).

As operações de financiamento de veículos somaram R$ 13,6 bilhões em abril, um avanço de 17%, ante o mês anterior. O levantamento também verificou uma alta de 21%, no mês passado, no volume de financiamentos de veículos leves novos, em relação a março, alcançando um total de 170.060 unidades.

Leves usados

Já os financiamentos de veículos leves usados apresentaram um avanço de 8% em abril, na comparação com março, atingindo 229.829 unidades, enquanto os financiamentos de motos novas registraram um aumento de 2%, frente ao mês anterior.

Nova metodologia

É importante destacar que a partir de outubro de 2013, a Cetip adotou nova metodologia para calcular os recursos liberados para financiamentos de veículos. São consideradas apenas inclusões de gravames de automóveis leves com financiamento de até R$ 200 mil e com prazos não superiores a 120 meses. Para motocicletas, o limite é de R$ 50 mil, com prazo de 90 meses.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Decepção em tempos de Copa






ARTIGO 14/05/2014

Quando se anunciou o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, muito se conjecturou sobre os legados que esse evento deixaria para a população. Especulou-se sobre melhorias na segurança e na mobilidade urbana, entre outros setores. Imaginou-se um país que se prepararia para dar conta de um evento de tamanha envergadura e para, consequentemente, mudar o patamar de qualidade dos serviços e dos equipamentos públicos. Levantou-se a hipótese de que este país aproveitaria a oportunidade de vender-se ao mercado internacional sob o marketing de uma jovem, porém competente democracia. O primeiro país a ter um número tão grande de sedes convenceu a poderosa e pouco flexível FIFA de que essa pluralidade não interferiria na organização do evento.

Na época da escolha, escrevi neste espaço um artigo intitulado O varejo em tempo de Copa, estimulando os colegas varejistas a se prepararem para as exigências dos consumidores externos e para as diferenças entre os povos. Disse eu: A Copa tem duração de um mês, mas os negócios que fecharemos podem perdurar por muito tempo, portanto, precisamos nos planejar, pois demorará muito até que tenhamos de novo a chance de nos valermos de uma publicidade tão agressiva e tão abrangente, levada simultaneamente para bilhões de pessoas.

Passados quatro anos, o que temos? Vários veículos internacionais de comunicação alertando sobre a insegurança pública e sobre as muitas dificuldades que os turistas aqui enfrentarão. Tudo isso porque obras e investimentos em mobilidade urbana, segurança, aeroportos, portos, telecomunicações e estrutura de turismo foram iniciados sem que houvesse, na maioria dos casos, compromisso com os prazos. As picuinhas políticas e a problemática burocracia também atrasaram esse processo que deveria ter como fator preponderante os interesses benéficos ao país.

Esse atraso no cronograma, aliado a ações que não foram planejadas a tempo de serem executadas e a projetos que, na maioria dos casos, apenas ficaram no papel, conseguiu projetar mundialmente a imagem de um povo desorganizado, em vez da pretendida imagem de um povo hospitaleiro e empreendedor. Hospitalidade e empreendedorismo seguramente não rimam com a exorbitância dos valores cobrados pelos serviços nem com a infraestrutura inacabada. Isso sem falar na quase absoluta ausência de qualidade nas telecomunicações quando estas são comparadas aos demais países de porte semelhante ao do Brasil.

E diante dessa incompetência gestora globalmente propagada pela mídia, adota-se o “jeitinho brasileiro”. Para maquiar a segurança, Exército nas fronteiras, Upps nos morros e equipamentos caros nas mãos de quem pouco foi treinado para usá-los. Para maquiar a (i) mobilidade urbana, decreta-se feriado em dias de jogos.

E como fica o empreendedor que tiver investido recursos próprios esperando recuperá-los durante o evento, se nos dias de jogos, exatamente os dias de maior movimento, será feriado? E como ficará o turista que desses serviços precisar? E como ficará a população que sequer irá aos jogos devido ao alto valor dos ingressos? É a decepção em tempos de Copa!

Honório Pinheiro

presidente@fcdlce.com.br
Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do CE

terça-feira, 15 de abril de 2014

Só 16% dos empresários otimistas com Copa




EM FORTALEZA

15.04.2014

A Capital tem o maior percentual de empresários que pretendem se preparar para o evento


Apenas 16% dos empresários do comércio de Fortaleza estão otimistas em relação ao aumento das vendas durante a realização da Copa do Mundo de 2014. Considerando as cidades-sede dos jogos, o otimismo local é menor que o registrado em Salvador (19%), mas é um pouco maior que o anotado em Recife (15%). Em todo o País, 56% dos empresários do ramo de comércio e prestação de serviços têm a expectativa de aumentar suas vendas no período.
A constatação é de uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), divulgada ontem. Conforme o estudo, os empresários cariocas são os mais otimistas, com pelo menos 45% dos entrevistados acreditando que o volume de vendas crescerá muito durante os jogos. Por outro lado, dentre os mineiros e paulistas, apenas 8% e 5%, respectivamente, acreditam num crescimento muito elevado ao longo da realização do evento esportivo.
Em todo o País, o levantamento também detectou distintos graus de otimismo por segmentos pesquisados. Os empresários do setor de hotelaria são os que têm melhores perspectivas de lucratividade durante a realização do torneio no Brasil.
Quase 70% dos entrevistados gestores ou donos de empreendimentos na área de hotelaria, pousadas e albergues acreditam que o seu setor será um dos que mais lucrará com a Copa. Empresários do setor de lazer (56%), alimentação (55,6%) e transporte (38,2%) também estão otimistas, mas em menor escala.
Em posição oposta, está o setor do comércio. O percentual dos que avaliam que o seu segmento será um dos que menos vai lucrar (27,5%) é maior do que os que projetam grande faturamento nas vendas (23,8%).
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, os feriados decretados em dias de jogos e o horário reduzido de funcionamento de alguns estabelecimentos comerciais explicam, em parte, o pouco entusiasmo dos comerciantes com a realização da Copa. Exemplo disso é que o comércio figura como o segmento em que mais empresários reduzirão o horário de atendimento ao público quando as seleções estiverem em campo: 19% nas lojas de rua e 20% nas lojas localizadas nos shopping centers. Por outro lado, a maior parte dos empresários do ramo de transporte e lazer ampliará o horário de atendimento (33% e 34% dos casos, respectivamente).
"O turista que vem para a Copa não está interessado exatamente em comprar, mas sim em gastar com lazer, alimentação, transporte e atrações turísticas. Por isso que os segmentos apresentam percepções diferentes quanto à realização da Copa", justifica Pellizzaro Junior.
Preparação
O estudo também detectou o grau de preparação dos empresários para a Copa. Seis em cada dez (63%) empresários entrevistados não fez e nem irá fazer modificações ou investimentos no próprio negócio em função da Copa do Mundo. Dois em cada dez (19%) pretendem se preparar, mas ainda não começaram e 18% já estão preparados.
Entre os que mais se preparam ou pretendem se preparar, estão os empresários de Fortaleza (81%), seguidos por Recife (72%) e Salvador (59%).
AAA
Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Até 60% de perda com feriados







DURANTE A COPA

07.02.2014


Image-0-Artigo-1540489-1

Comércio luta para evitar portas fechadas durante os jogos do Mundial
FOTO: KID JÚNIOR

O comércio de Fortaleza está se articulando para barrar a criação de feriados municipais nos dias em que a Capital cearense irá sediar jogos da Copa do Mundo. Com a perspectiva de que sejam decretados doze dias feriados, resultando na paralisação das atividades comerciais praticamente pela metade de um mês, o segmento projeta uma queda de 60% no faturamento.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Freitas Cordeiro, "considerando a possibilidade de termos doze feriados locais durante o evento e que o setor perde 5% por dia parado, teremos, então, 60% de queda no faturamento das empresas. O governo vai liberar a cobrança de impostos para compensar nossas perdas?", questiona o líder classista.
Encontro com o prefeito
Freitas Cordeiro garante que já esteve com o prefeito Roberto Cláudio e que ele assegurou que o setor do comércio terá assento na comissão que irá definir sobre os feriados. Outra iniciativa da CDL é convencer o executivo municipal a respeito do pleito do setor. "Na próxima segunda-feira o prefeito estará almoçando na CDL durante reunião da diretoria. Vamos aproveitar para mostrar a ele as consequências que tais feriados terão em nosso segmento, impactando diretamente na economia cearense como um todo", antecipa.
Segundo o titular da CDL, a proposta do setor de comércio é que nos dias em que os jogos forem de seleções de outros países não sejam decretados feriados. Já nos dias de jogos da seleção brasileira, a ideia é que a cidade pare só durante metade do expediente. "Não há fundamento nenhum para ter feriado. Se quiserem decretar ponto facultativo nas repartições públicas e suspender as aulas nas escolas particulares, tudo bem, mas parar as atividades nas empresas não se justifica. Nas duas últimas copas não houve feriado; nem na Alemanha, nem na África do Sul. Então, por que decretar feriado no Brasil?", diz.
Freitas Cordeiro defende ainda que feriado é também um agravante na questão da segurança. "No momento em que as pessoas estão feriando, aumenta a violência no trânsito", conta.
Acordo com trabalhadores
Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Luiz Gastão Bittencourt, o setor já está com uma reunião agendada com o sindicato dos trabalhadores para discutir como seria o funcionamento durante a Copa. "Precisamos que a prefeitura se pronuncie logo para que possamos entrar em um consenso com os trabalhadores. A ideia é fazer com que eles possam ver os jogos, mas sem prejudicar os consumidores", afirma.
Quem também questiona os feriados durante a Copa do Mundo é o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves. "Houve muitos incentivos por parte dos municípios e do governo federal para que treinássemos funcionários para o Mundial. O investimento foi feito, portanto não tem sentido chegar o dia dos jogos e ficarmos com portas fechadas", opina.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário extraordinário da Copa do Mundo, Domingos Neto, que por motivos de viagem não pôde se pronunciar sobre os feriados na Capital. Através de sua assessoria de imprensa, a Secopa informou apenas que "nada foi definido até o momento".

terça-feira, 28 de agosto de 2012






IMPACTO ECONÔMICO

PIB da Capital pode crescer 1,5 ponto durante a Copa

28.08.2012

Após mais de 60 anos, a Copa do Mundo de futebol voltará ao País em 2014 e pode ser um verdadeiro divisor de águas para o crescimento econômico de muitas cidades brasileiras, incluindo Fortaleza. Com expectativa de ampliar o Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 1,5 ponto percentual (pp), segundo dados levantados pelo Itaú Unibanco, o evento será capaz de proporcionar um crescimento semelhante à Capital cearense, caso os empreendedores saibam como aproveitar as oportunidades.


 










 
Segundo o especialista Caio Megale, serão investidos R$ 7,2 bilhões na construção de estádios, mas é importante que os recursos sejam destinados não só nesse tipo de equipamento esportivo 
FOTO: ALEX COSTA

A afirmação é do economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, que ontem foi um dos palestrantes no Seminário Itaú Empresas de 2012, que depois de passar por seis cidades-sedes da Copa, aconteceu em Fortaleza para tratar das oportunidades de negócios que serão geradas em função do evento de 2014. "No Brasil, o PIB deve crescer 1,5% a mais do que cresceria em um ano e Fortaleza tem totais condições de acompanhar proporcionalmente essa média. Para isso, porém, é necessário que as pessoas saibam como aproveitar esse momento único. Gosto até de comparar a Copa do Mundo com um cavalo selado que passa na sua frente: você pode montá-lo ou simplesmente vê-lo passar",afirma Caio Megale.

O economista também explica que o crescimento econômico de Fortaleza depende também dos investimentos que serão feitos pelo poder público na infraestrutura da cidade. Segundo ele, "nacionalmente serão investidos R$ 7,2 bilhões na construção de estádios, mas não se pode focar os fundos somente nesses equipamentos. Fortaleza é uma das três cidades que mais devem gastar recursos e seria fundamental que a maior parte de tamanho capital vá além do futebol", comenta.

Preparação

Conforme diz Caio Megale, além do conhecimento, um fator que será decisivo para o crescimento das empresas durante a Copa é a preparação. "É uma chance enorme de aumentar o grau de internacionalização de um negócio, seja uma grande cadeia de hotéis ou um pequeno restaurante. Para isso, é necessário investimento nas pessoas, para que elas estejam preparadas para lidar com turistas do mundo inteiro e levar uma imagem positiva dos empreendimentos daqui", avisa.

O economista diz ainda que até as pessoas físicas só tendem a se beneficiar com a necessidade de uma preparação das empresas. "Todos vão querer capacitar seus funcionários, portanto, essa é a hora de fazer aquele curso de inglês gratuito, bancado pelo empregador", explica.

Impactos diferentes

Como cada uma das 12 sedes do mundial possui características diferentes, o economista do Itaú Unibanco informa que o impacto econômico da Copa do Mundo consequentemente tende a ser diferenciado em cada cidade. "O impacto depende muito da vocação de negócios que as cidades já possuem. Fortaleza, por exemplo, é conhecida internacionalmente pelos turistas de lazer, mas o interessante é que durante o evento outras oportunidades podem surgir, como o turismo de negócios", diz.

Consumo
165 milhões de potenciais consumidores no País devem gastar de US$ 3 a 6 bilhões até 2014, de acordo com dados levantados pelo Itaú Unibanco

Publicado originalmente em:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...