PREJUÍZO
21/06/2012
Movimento no Centro da Capital cai cerca de 70%
Pouca gente se arriscou a ir ao
Centro no primeiro dia de greve dos motoristas e cobradores de ônibus em
Fortaleza. A Praça do Ferreira estava tranquila como em um domingo. Os
comerciantes lamentavam o baixo movimento e já previam prejuízos.
Segundo
Maia Júnior, presidente da Associação dos Empresários do Centro de
Fortaleza (Ascefort), o fluxo de pessoas nas lojas caiu cerca de 70%.
“Das 350 mil pessoas que vão para o Centro todo dia, 300 mil vão de
ônibus”, afirma.
De acordo com Maia Júnior, o movimento
caiu desde a última terça-feira, quando aconteceu a primeira ameaça de
início da greve. “As pessoas ficaram com medo de vir ao Centro por conta
da falta de ônibus”, explica.
Quem trabalha no
Centro também teve muita dificuldade de chegar. Emanuel Porfilho foi um
deles: o ônibus em que estava parou na avenida Bezerra de Menezes e
todos os passageiros tiveram que descer. O jeito foi continuar o
percurso a pé. Thiago Franklin também sofreu com a situação: “Peguei
ônibus e um que tinha passado antes foi parado. Todo mundo que estava
nele veio para o que eu estava e ficou muito lotado”.
A
vendedora Elisângela Vasconcelos, que trabalha em um quiosque de
bijuterias no Shopping Lisbonense, disse que outras duas franquias da
loja não abriram por conta do movimento grevista. “As funcionárias não
tiveram como ir. Uma ficou presa no terminal do Siqueira e outra nem
saiu de casa, com medo de ficar na rua”, conta Elisângela.
A dona de casa Marleni Sousa relata que conseguiu chegar ao corredor
de compras de van. Ela disse que se arriscou em ir ao Centro porque
precisava comprar remédios e trocar um sapato. “Só não sei como vai ser a
volta (para casa)”, temia.
Juliete Barbosa só pode ir ao
Centro porque foi de moto, mas a volta também ainda era um desafio:
mais de duas horas esperando.
(Lusiana Freire e Mariana Freire, especial para O POVO)
Publicado originalmente em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça aqui o seu comentário!