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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

9 milhões de consumidores devem aderir ao e-commerce

EM 2013

Setor prevê expansão de 25% nas vendas deste ano em relação a 2012, por meio de 20 mil lojas virtuais do País

O e-commerce brasileiro terá um incremento de oito a nove milhões de novos consumidores até o fim deste ano, o que representa uma alta de 20% em relação ao número de clientes novos no ano passado. A previsão é do vice-presidente do Buscapé Company e diretor geral da E-bit, Pedro Guasti. O executivo esteve ontem em Fortaleza palestrando no "Fórum Liderar e Crescer Varejo 2013", realizado no Marina Park Hotel.

Maior volume de pedidos no segmento de moda e acessórios foi um dos responsáveis pelo incremento nas vendas do primeiro semestre 
Foto: Divulgação


Enquanto o varejo geral no País prevê crescimento de 5% para este ano, o comércio eletrônico, por meio de cerca de 20 mil lojas virtuais, estima uma expansão de 25% em relação ao ano passado, conforme Pedro.

"O crescimento é um tripé. Ele tem basicamente três fatores. O primeiro são novos consumidores, pessoas que ainda não compraram, começam a comprar, gostam e vêm para esse mercado; em segundo lugar, manter as pessoas aumentando a frequência de compras. Elas gostam e compram mais; e a terceira é o próprio crescimento vegetativo do mercado, mas impulsionado também por novas experiências, novas categorias que emergem", explica o executivo.

Moda e acessórios puxam

O destaque de alguns setores antes não muito expressivos e agora com volume de pedidos mais forte foi um dos fatores que impulsionaram as vendas no e-commerce no primeiro semestre. Em primeiro lugar, conforme o executivo, aparece o segmento de moda e acessórios, seguido de eletrodomésticos; perfumaria, cosméticos e saúde; informática; e telefonia celular. O mercado de comércio eletrônico deve movimentar R$ 28 milhões neste ano, ante R$ 22 milhões faturados em 2012. "Ao todo, serão 67 milhões de pacotes transportados por ano pela internet, atendendo a 50 milhões de consumidores virtuais por ano", prevê.

Ticket médio

O valor médio gasto pelo consumidor brasileiro com compras pela internet se destaca ao ser comparado ao ticket médio dos supermercados ou shoppings, por exemplo. No e-commerce, a compra girou em torno de R$ 360 no primeiro semestre. "É um valor alto porque a cesta de produtos do consumidor é diferenciada e tem mais produtos caros", avalia Pedro.

Com a alta do dólar, a tendência é que o valor atinja patamares maiores ainda, considerando que o setor vende uma vasta gama de produtos importados. Entretanto, o aumento da moeda americana ainda não gerou impactos negativos, segundo o executivo, porém, nos últimos meses, o setor tem registrado pequenas inflações, fato que não costumava acontecer anteriormente.

"O Buscapé tem uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que gera o Índice de Preço ao Consumidor. Esse indicador vem apresentando inflação, o que não ocorria antes, pois existe uma dinâmica no mercado capaz baixar o preço, que é a concorrência. Mas agora, em agosto, o setor já apresentou 0,5% de inflação. Isso tinha aparecido umas três ou quatro vezes nos últimos dois anos e meio e, de maio para cá, já apareceu duas ou três vezes", analisa ele, acrescentando que as consequências resultarão em um consumidor mais seletivo. "As empresas vão ter que trabalhar melhor as ferramentas de monitoramento de preços", diz.

Marco Civil da Internet

Em função das novas denúncias de monitoramento dos EUA contra o Brasil, na última quarta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff pediu urgência ao Congresso para a votação do Marco Civil da Internet. Com a proposta em vigor, as empresas interessadas em desenvolver soluções deverão hospedar seus sites no Brasil e arcar com as responsabilidades em caso de violação de sigilo.

A aprovação da proposta deverá ser positiva para a segurança na internet, mas poderá gerar impactos financeiros no bolso do consumidor final. "É bom porque você obriga que as empresas se estabeleçam definitivamente aqui. Por outro lado, como a gente sabe que o custo no Brasil é alto e nós temos uma carga tributária elevada, pode ser que as empresas que sejam obrigadas a hospedar seus servidores aqui tenham que pagar mais por esse serviço e isso pode impactar no preço final do produto", conclui Pedro.


ANA BEATRIZ SUGETTE/CARLOS EUGÊNIOREPÓRTERES
Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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