Terça, 03 de Julho de 2012
LOGÍSTICA REVERSA - Produzir, consumir, descartar e retornar
SOUTO FILHO
soutofilho@oestadoce.com.br
Do que adianta falar de preservação do meio ambiente sem se preocupar com a destinação adequada dos resíduos gerados? É o mesmo que nada. Produzir, consumir e descartar, são as três principais bases do ciclo econômico. Entretanto, uma quarta, muitas vezes, é deixada de lado. E essa deveria ser a mais importante, a “Logística Reversa”. Muita gente nem sabe o que isso significa. E o pior. Parte deste contingente está inserida dentro da seara produtiva. Além de colocar os produtos dentro do mercado, o ideal seria acompanhar a sua destinação quando o mesmo não tem mais utilidade.
Considerada uma nova área da logística empresarial, a LR atua de forma a gerenciar e operacionalizar o retorno de bens e materiais às suas origens, agregando valor aos mesmos, após sua venda e consumo (pós-consumo). Por exemplo, os cascos de cerveja vazios que voltam dos bares para a empresa fornecedora é uma espécie de logística reversa. Porém, existem produtos mais complexos que transformam a sua reciclagem em um processo que compreende várias etapas e nem sempre realizadas.
O que você faz quando troca de geladeira? Simplesmente joga no lixo? Esse, com certeza, não é o procedimento correto. Este eletrodoméstico é composto de vários materiais altamente degradantes e colocá-los em locais não adequados pode trazer grandes prejuízos ao meio ambiente. O problema é que nenhuma, ou poucas empresas produtoras de eletrodomésticos, responsabilizam-se pela destinação final e ciclo de vida dos mesmos.
“Alguns gestores ainda não perceberam a oportunidade que a LR traz para os negócios. Na verdade é o principal instrumento econômico e social da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para garantir maior eficácia no descarte e na reciclagem do lixo. É um grande desafio para a indústria, por exemplo. Envolve coleta, separação, reaproveitamento e a destinação adequada de produtos como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e sobras de óleo lubrificantes.” Explica a gestora ambiental Tarcilia Rego.
TROCA EFICIENTE
LOGÍSTICA REVERSA - Produzir, consumir, descartar e retornar
SOUTO FILHO
soutofilho@oestadoce.com.br
Do que adianta falar de preservação do meio ambiente sem se preocupar com a destinação adequada dos resíduos gerados? É o mesmo que nada. Produzir, consumir e descartar, são as três principais bases do ciclo econômico. Entretanto, uma quarta, muitas vezes, é deixada de lado. E essa deveria ser a mais importante, a “Logística Reversa”. Muita gente nem sabe o que isso significa. E o pior. Parte deste contingente está inserida dentro da seara produtiva. Além de colocar os produtos dentro do mercado, o ideal seria acompanhar a sua destinação quando o mesmo não tem mais utilidade.
Considerada uma nova área da logística empresarial, a LR atua de forma a gerenciar e operacionalizar o retorno de bens e materiais às suas origens, agregando valor aos mesmos, após sua venda e consumo (pós-consumo). Por exemplo, os cascos de cerveja vazios que voltam dos bares para a empresa fornecedora é uma espécie de logística reversa. Porém, existem produtos mais complexos que transformam a sua reciclagem em um processo que compreende várias etapas e nem sempre realizadas.
O que você faz quando troca de geladeira? Simplesmente joga no lixo? Esse, com certeza, não é o procedimento correto. Este eletrodoméstico é composto de vários materiais altamente degradantes e colocá-los em locais não adequados pode trazer grandes prejuízos ao meio ambiente. O problema é que nenhuma, ou poucas empresas produtoras de eletrodomésticos, responsabilizam-se pela destinação final e ciclo de vida dos mesmos.
“Alguns gestores ainda não perceberam a oportunidade que a LR traz para os negócios. Na verdade é o principal instrumento econômico e social da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para garantir maior eficácia no descarte e na reciclagem do lixo. É um grande desafio para a indústria, por exemplo. Envolve coleta, separação, reaproveitamento e a destinação adequada de produtos como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e sobras de óleo lubrificantes.” Explica a gestora ambiental Tarcilia Rego.
TROCA EFICIENTE
Se muita gente da cadeia industrial não imagina que após o uso, o produto continua gerando impacto na Coelce é diferente. A companhia de energia cearense procura fazer a sua parte. Através do programa Troca Eficiente, a empresa realiza uma iniciativa que contempla a dimensão social, ambiental e econômica, retirando das residências os aparelhos que não oferecem mais eficiência energética. Com o projeto, pessoas de baixa renda têm a oportunidade de garantir uma nova geladeira, reduzindo, até pela metade, o consumo de energia.
Contudo, reduzir o gasto energético dos eletrodomésticos velhos não é a única vantagem. Retirar da natureza todas as geladeiras trocadas, que antes teriam o meio ambiente como destino, é uma das principais propostas do projeto da Coelce, que funciona desde 2007, e já beneficiou mais de 60 mil famílias em todo o Estado. O representante da área de Meio Ambiente da Coelce, Sérgio Araújo, explicou que a sustentabilidade é a base das ações sociais realizadas pela organização.
“Na maioria dos nossos projetos sempre procuramos observar a questão do equilíbrio econômico, atendendo as demandas sociais e ambientais. Na Rio 20 [Conferência da ONU finalizada no último dia 23] o foco era a sustentabilidade. Atualmente, a pessoa mais moderna é um ‘sustentabilista’, por ter uma visão social mais completa.”
61 MIL GELADEIRAS
Sérgio garantiu que a Coelce faz a logística reversa em 100% das geladeiras entregues no programa. Toda a parte de plástico, vidro, metais, gás e óleo são destinados a recicladores credenciados, onde acontece o beneficiamento dos materiais e, posteriormente, retornam ao ciclo produtivo.
“São quase 61 mil geladeiras retiradas do meio ambiente em todo o Estado. Se isso não acontecesse, geraria um passivo ambiental enorme. Os gases CFC retirado dos compressores e que são altamente nocivos à Camada de Ozônio são totalmente reprocessados por empresas especializadas. Os metais, vidros e plásticos também sofrem o mesmo processo. No caso, vendemos estes materiais para o circuito reciclador”.
Além dos benefícios diretos ao meio ambiente oferecidos pela reciclagem, a redução da ineficiência energética também ajuda desenvolver a sustentabilidade. Segundo Sérgio, as geladeiras novas trocadas pela iniciativa, no valor médio de R$800, chega a diminuir o consumo em até 50%. “Preferimos trabalhar onde possamos beneficiar o social, o ambiental e o econômico, através da eficiência energética”.
PORQUE DOS INVESTIMENTOS SOCIAIS
Com vistas a incentivar a busca constante por inovações e fazer frente aos desafios tecnológicos do setor elétrico, a Aneel regulamentou o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D do segmento). Neste contexto, as empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica devem aplicar anualmente um percentual mínimo de sua receita operacional líquida no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor de Energia Elétrica.
A obrigatoriedade na aplicação desses recursos está prevista em lei e nos contratos de concessão, cabendo à Agência regulamentar o investimento no programa, acompanhar a execução dos projetos e avaliar seus resultados.
A Aneel estabelece as diretrizes e orientações que regulamentam a elaboração de projetos de P&D por meio do Manual de Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor de Energia Elétrica. Diferentemente da pesquisa acadêmica pura, que se caracteriza pela liberdade de investigação, os programas de P&D no setor de energia elétrica deverão ter metas e resultados bem definidos.
A Coelce aplica anualmente, de sua receita operacional líquida, 0,20% em P&D e 0,50% em Programas de Eficiência Energética.
A segunda planta de manufatura reversa de geladeiras do Brasil - Revert Brasil - foi inaugurada em dezembro de 2010, no município de Careaçú, MG. O equipamento é totalmente automatizado e tem capacidade para processar até 450 mil unidades por ano, o que equivale a cerca de 1.500 geladeiras por dia.
A eficiência de processamento do equipamento permite retirar mais de 99% dos gases CFCs existentes no refrigerador, tanto no sistema de refrigeração (CFC-12) quanto na espuma de isolamento (CFC-11). Estima-se uma redução na emissão de três toneladas de CO2 equivalente por refrigerador, ou seja, 1,35 milhão de toneladas de CO2 equivalentes deixarão de ser lançados na atmosfera, por ano.
O CFC é um dos principais responsáveis pela redução da camada de ozônio, que protege a terra do excesso de raios ultravioletas, capazes de causar doenças como o câncer de pele. Além disso, esse gás contribui para o aquecimento global.
Fonte: http://logisticareversapro.com.br
Publicado originalmente em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça aqui o seu comentário!