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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

As micro e pequenas empresas e a crise econômica



A crise econômica brasileira tem se agravado em 2015, apresentando indicadores negativos em relação à criação de empregos e aumento dos rendimentos dos trabalhadores empregados. Em maio de 2015, segundo o IBGE, a taxa de desemprego apresentou aumento de 36% em relação ao mesmo mês de 2014, ao mesmo tempo em que os rendimentos dos trabalhadores diminuíram. Em comparação com abril de 2015 a redução dos rendimentos foi de 1,9%, contudo, se comparados com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 5%. Isso significa que as empresas estão demitindo e que as pessoas que se mantém com emprego formalizado, tiveram redução em seus salários, em sua maioria através de cortes de gratificações recebidas anteriormente.
Hoje as micro e pequenas empresas (MPEs) representam 92,9% das empresas brasileiras ativas. Em Goiás o cenário não é diferente, as MPEs representam 94,2% das empresas, dados do Empresômetro MPE, plataforma desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A grande maioria das empresas do Estado são MPEs, geram mais da metade dos empregos formais e juntas impactam na economia do Estado. Essas empresas também sentem a crise brasileira, são participantes do percentual de demissões e de redução de rendimentos dos empregados. Sentem ainda mais, porque a gestão, em sua maioria não é bem formatada. Só nos primeiros seis meses de 2015, 15.340 MPEs fecharam as portas, 11.956 empresa a mais do que todo o ano passado. O Sebrae por meio do programa Agente Local de Inovação (ALI) pode auxiliar as MPEs a não se tornarem mais uma, no número das empresas que fecharam as portas. Hoje, o Sebrae conta com cerca de 40 agentes, atendendo vários segmentos no Estado de Goiás, fazendo diagnósticos, aplicando ferramentas da administração e acompanhando a empresa por um período de até dois anos.
No período em que estamos vivendo, a análise de cenário e o planejamento se tornam fundamental para a sobrevivência das MPEs no mercado. Duas das várias ferramentas da Administração podem ajudar nessa questão, a Análise Swot e o Plano de Ação, ambas de muito fácil aplicação, ferramentas estas utilizadas no programa ALI. A palavra Swot é formada pelas iniciais das palavras strengths, weaknesses, opportunities e threats, em português significam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, essa ferramenta tem como objetivo avaliar os ambientes internos, externos e formular estratégias. Na Análise Swot é feita uma análise do cenário em que a empresa está inserida, utilizando quatro postos distintos.  No primeiro se levanta as fortalezas da empresa, olhando para dento da mesma pontua-se o que ela tem de bom, o que ela faz que se destaca, seus pontos positivos. Posteriormente levanta-se as fraquezas, os pontos críticos e os que ela precisa melhorar. Logo após, olha-se para fora da empresa, ao seu redor e pontua-se as oportunidades que a empresa vê no mercado. Em tempo de crise é importante estar atento as oportunidades, sempre surgem, mas é preciso percebê-las. Por último, também com o olhar exterior à empresa, levanta-se as ameaças, pontuando o que vem de fora da organização que pode prejudicá-la. Essa ferramenta é importante porque permite ao pequeno empresário ter uma visão geral da empresa, possibilitando ao mesmo, enxergar os pontos que mais necessita de sua atenção e ainda perceber o grau de importância e urgência de cada um.
O Plano de ação pode utilizar-se da Análise Swot para ser elaborado. Com o ponto de maior urgência identificado, pensa-se numa ação para solucioná-lo. Definindo a ação que precisa ser feita, formaliza-se, estabelecendo as atividades que precisam para que essa ação seja realizada, a data de início da ação, a data de conclusão da mesma, os responsáveis que irão realizar a ação, podendo ser o próprio empresário ou um funcionário, e levantando todos os recursos necessários. O Plano de Ação ajuda ao empresário a colocar em prática a ideia que surgem em sua mente, e que na maioria das vezes, ficam ali mesmo. Quando se coloca num papel, define datas e responsáveis a probabilidade de serem realizadas são bem maiores.
Outra coisa simples de fazer e que pode trazer um retorno muito positivo, é convidar os colaboradores para participarem da elaboração da Análise Swot e do Plano de ação. Com essa atitude, o empresário consegue mais comprometimento da equipe com a causa da empresa e também novas ideias, os colaboradores têm muito a contribuir com a mesma.
É um momento de se construir parceria entre empresário e colaboradores, a empresa precisa sobreviver, os colaboradores precisam de seus empregos, ambos unidos e comprometidos, serão uma força a mais para resistir a esse período de crise.
Sobre o autor: (Daniella Paula de Freitas, graduada em Administração pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), MBA em Logística de Produção e  Distribuição pelo Instituto de Pós-Graduação (Ipog) e bolsista de Extensão no País do CNPq – Nível SB)

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