Presidente da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas
É de Capistrano Honório de Abreu, historiador e escritor, uma das frases que mais me conduzem vida afora. Dizia ele: “Para trás não existem horizontes”.
O meu “xará”, como eu menino nascido no sertão cearense – certamente enfrentou no século em que viveu – o XIX – dificuldades que se interpuseram entre ele e o legado que deixou para a história. Mas Capistrano, por toda a sua obra, evidenciou ser um homem que, em quaisquer condições, seguia adiante.
Seguir adiante não é deixar os dias seguirem o curso irrevogável do tempo em sua sequência funesta, como se o destino tudo determinasse e todas as ações estivessem nas mãos de um condutor que pode ou não ser eficiente. Seguir adiante é abandonar as lamúrias, é compreender que a vida é uma luta, é fazer os planos darem certo a partir de nossas posturas diante deles.
Seguir adiante é viver para construir o novo, é ser capaz de tornar crível o que a maioria considera incrível. Neste ano que brevemente se encerrará, a palavra crise acompanhou o brasileiro com tal alarde que a muitos paralisou. A crise existe, provavelmente será longa, mas muitas outras já vierem e se foram. Sobreviveram, meus amigos, os que seguiram adiante apesar delas. Assim como agora sobreviverão os que arregaçarem as mangas e se determinarem a acreditar em um novo momento, e acreditar significa fazer parte das ações que suplantarão os números negativos da economia.
Segundo o IBGE, o comércio varejista do País fechou o mês de outubro com crescimento de 0,6% no volume de vendas em relação a setembro. O resultado interrompe oito meses consecutivos de taxas negativas – período em que acumulou retração de 6,3%. É um sinal de que, em nosso setor, muita gente seguirá adiante.
Foi anunciado, ainda, que cinco dos oito segmentos do varejo avançaram. O maior aumento ocorreu no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas, com 2%. Em seguida, veio tecidos, vestuários e calçados, com 1,9%, e artigos farmacêuticos, com 1,5%.
Os números são modestos, mas suficientes para que olhemos com mais otimismo para o Ano Novo. E que não apenas o ano seja novo, mas que novas sejam as nossas posturas, as ações dos que fazem o varejo nosso de cada dia.
Que venha o novo, meus amigos. O Ano Novo, as oportunidades novas e a nova vitória sobre a velha e recorrente crise que desde sempre assola nossos negócios e vez por outra volta a nos desafiar. Estaremos prontos e seguiremos adiante. Acreditem: 2015 nos ensinou a construir 2016. Se para trás não existem horizontes, podem ter certeza, existem ensinamentos.
Um Ano Novo de muita construção para todos nós.
Jornal O Povo – 23/12/2015
Honório Pinheiro
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