Biblioteca da Faculdade CDL

Biblioteca da Faculdade CDL

O Blog da Biblioteca da Faculdade CDL é um espaço destinado à comunicação da Biblioteca com os alunos e professores, onde é possível fazer postagens e comentários relativos a assuntos que envolvam, de alguma forma, a Biblioteca e o ambiente acadêmico em geral. O objetivo do blog é informar, registrar momentos e incentivar o gosto pela leitura e pela escrita.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A trajetória econômica de Fortaleza e os potenciais da cidade







CICLOS 10/04/2015


Indústria ao turismo, Fortaleza tem hoje como base da sua economia o setor de serviços. O que virá no futuro?




Após passar por diversos ciclos em 289 anos, a economia de Fortaleza está baseada majoritariamente no setor de serviços, no qual se destaca o segmento do Turismo. A Capital, cuja economia era irrelevante mesmo quando foi elevada a condição de vila, tem o nono maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os municípios brasileiros e o maior da região Nordeste, segundo dados do IBGE de 2011.

Para o futuro, espera-se que Fortaleza se beneficie com o crescimento do polo do Pecém, desenvolvendo ainda mais os setores de serviços e comércio.

Se no início do século passado, a atividade econômica de Fortaleza girava em torno das exportações de matérias primas, hoje a cidade contribui para que o Estado seja o maior exportador do Brasil de calçados.

“Há 60 anos, nós tínhamos um polo industrial na avenida Francisco Sá. Depois, com o Porto do Mucuripe, novos horizontes foram abertos. E com o primeiro governo de Virgílio Távora, o Ceará passou a ter a primeira política industrial, com o distrito de Maracanaú”, diz o economista Lauro Chaves, doutor em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona e professor da Uece.

No primeiro momento, entretanto, o distrito industrial não se desenvolveu como os de outras capitais, apesar dos incentivos da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). “Algumas indústrias começaram a se instalar na década de 1960, com os incentivos do governo federal, mas não dá para comparar com o que ocorreu nos distritos de Salvador e Recife, por exemplo, que se desenvolveram muito mais”, diz Rui Rodrigues, doutor em história e professor da UFC.

A partir do final da década de 1980, o Ceará começou a se destacar como destino turístico, o que ajudou a desenvolver também o setor em Fortaleza. “O Turismo começou a se desenvolver pelo binômio sol e praia, o que é uma visão conservadora”, diz o economista Ireleno Benevides, doutor em Geografia do Turismo e professor da UFC. “O turismo é consequência do desenvolvimento e não sua causa. Ele não deve ter o papel de indutor da diversificação da economia”, ele diz.

Futuro

“Olhando pra frente, acho que Fortaleza deva ter um plano estratégico para que se consolide uma cidade de serviços, mesmo que isso ocorra em detrimento da atividade industrial”, diz Chaves. 

Para ele, a consolidação do polo do Pecém deve fazer de Fortaleza um centro de excelência em gestão, para as empresas lá instaladas.

O potencial do Estado para geração de energias renováveis deverá contribuir para que a Capital crie um tecnológico, diz o economista Raimundo Padilha. “O vento e o sol são as matrizes energéticas que mais avançam tecnologicamente no mundo moderno. Temos muito potencial, mas temos que avançar no conhecimento, com as nossas universidades”, ele diz.

Saiba mais

Pecuária

Enquanto a pecuária, primeira atividade econômica desenvolvida no Ceará, dominava a produção e o mercado local no século XVIII, Aracati era o núcleo urbano dominante do Ceará, de onde eram exportados produtos de couro e, sobretudo, a carne salgada. 

Fortaleza até 1700

“Não seriam tomadas muitas páginas se quiséssemos descrever a indigência econômica de Fortaleza até 1700”, disse o historiador Raimundo Girão , na obra Geografia Estética de Fortaleza, sobre a economia do povoado que se formava no entorno do Forte de Nossa Senhora da Assunção.

Consolidação de Fortaleza

Foi, portanto, como cidade-porto e sede administrativa que Fortaleza se tornou a principal cidade do Ceará, tendo na atividade comercial vinculada ao comércio exterior a sua base de sustentação econômica.

Depois do ciclo do algodão, a economia de Fortaleza se beneficiaria, como porto exportador, de outros produtos que movimentaram a economia de todo o Ceará, como a cera de carnaúba, óleo de oiticica e o café.Mas a pecuária e o algodão ainda mantém duas vocações do Estado, com os produtos em couro e têxteis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça aqui o seu comentário!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...