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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cai número de empresas que fazem inovação






NO BRASIL
06.12.2013


Conforme a pesquisa do IBGE, os efeitos da crise econômica mundial e a apreciação do câmbio impactaram a área

Rio. Em meio a um cenário econômico conturbado e com a concorrência de produtos importados, apenas 35,7% das empresas brasileiras realizaram inovações tecnológicas entre 2009 e 2011. Na indústria, que engloba 91% das firmas analisadas, o percentual caiu de 38,1%, em 2008, para 35,6%. Os dados fazem parte da Pintec (Pesquisa de Inovação Tecnológica), divulgada ontem pelo IBGE. Pelo critério do estudo, é inovação qualquer produto ou processo produtivo novo para a empresa ou substancialmente aprimorado, mesmo que seja uma cópia de algo que já exista no mercado.


A aquisição de máquinas e equipamentos continua a ser a atividade mais importante na estrutura de gasto com inovação na indústria 
FOTO: DIVULGAÇÃO

Apenas o dado referente à indústria é comparável com anos anteriores. Isso porque a pesquisa passou a incluir setores de eletricidade e gás, serviços de arquitetura e engenharia, testes e análises técnicas. No caso da indústria, não houve alterações. "O triênio ocorreu na esteira da crise econômica mundial, que começou no último trimestre de 2008 e afetou as expectativas", afirma Alessandro Pinheiro, gerente da pesquisa.

O ano de 2009 foi marcado pelo resultado negativo do PIB: -0,3%. Em 2010, houve sinais de recuperação, com o PIB crescendo 7,5%. Em 2011, embora a economia brasileira tenha crescido 2,7%, foi registrado, diz o IBGE, "um período de relativa acomodação econômica".

Segundo Pinheiro, diante desse cenário, as firmas tendem a adotar um comportamento defensivo, a fim de evitar o risco. "Isso prejudica principalmente a inovação de produto. Elas acabam concentrando as inovações nos processos, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a produtividade", afirma.

Câmbio

Além da crise internacional, outro fenômeno teve impacto entre 2009 e 2011: a apreciação cambial, que influenciou no aumento das importações. Em 2011, a taxa média de câmbio comercial para venda de dólar era de R$ 1,675. Em 2006, estava em R$ 2,176. Nesta quinta-feira, o dólar comercial para venda fechou cotado a R$ 2,389.

"A valorização da moeda nacional induz ao aumento das importações e prejudica as empresas exportadoras. Há ainda o ´efeito China´, várias empresas reclamaram da concorrência com os produtos do país, especialmente em setores como o têxtil, siderurgia e papel", afirma.

Por outro lado, a apreciação cambial pode motivar as empresas a comprarem no exterior novas máquinas e equipamentos. O investimento total das empresas em atividades inovadoras alcançou R$ 64,9 bilhões em 2011. De acordo com o IBGE, o setor de eletricidade e gás alcançou a maior taxa de inovação, de 44,1%, enquanto nos serviços selecionados (como telecomunicações e hospedagem na internet), o total foi de 36,8%.

Segundo a pesquisa, a aquisição de máquinas e equipamentos continua a ser a atividade mais importante na estrutura dos gastos realizados com inovações pela indústria.

Barreiras

Entre as empresas que não inovaram, o principal motivo apontado foram as condições do mercado. Pela primeira vez, em 2011, a falta de mão de obra qualificada aparece entre os dois maiores obstáculos à inovação na indústria, com 72,5% das empresas industriais atribuindo importância alta ou média a este problema, superado apenas pelos custos elevados (81,7%).


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