ranking
Varejo do País se destaca no mundo
11.06.2012
São Paulo. A crise internacional mudou o mapa dos
mercados em desenvolvimento com maior potencial para atrair
investimentos estrangeiros para o varejo. Países da América Latina e do
Oriente Médio aparecem entre os 30 mercados mais atraentes, revela a
edição deste ano do ranking feito pela consultoria americana A. T.
Kearney. Por dois anos seguidos, 2011 e 2012, o Brasil lidera a lista
dos mercados com maior potencial de investimento, seguido, neste ano,
pelo Chile, China e Uruguai. "A participação da América Latina e dos
países do Oriente Médio é forte", diz Esteban Bowles, sócio da
consultoria.
Ele destaca que, neste ano, sete países no ranking de 30 são latino-americanos. Além do Brasil e do Chile, estão Uruguai, Peru, Colômbia, Panamá e México. Já Emirados Árabes, Omã, Kuwait, Arábia Saudita, Jordânia e Líbano engrossam a relação do países do Oriente Médio.
Saturação
O executivo explica que esses mercados de consumo ganharam relevância porque a crise nas economias desenvolvidas acabou tendo reflexos nos países do leste europeu, que apresentaram sinais de saturação no consumo. Um exemplo desse movimento é o que ocorreu com a Rússia. No ranking de 2011, o país ocupava a 11ª posição na lista dos países em desenvolvimento mais atraentes para investimentos no varejo. Na relação deste ano, a Rússia está em 26º lugar, caindo 15 posições, exemplifica Bowles. Movimento semelhante ocorreu com Polônia e República Tcheca. São avaliadas 25 variáveis, reunidas em quatro grupos: atratividade do mercado, risco econômico e político, saturação do mercado e em quanto tempo novos players estarão presentes na região.
Consumo
No caso do Brasil, que se manteve na liderança da lista pelo segundo ano, os fatores que mais contribuíram para o País ter permanecido no topo foram os indicadores de baixa saturação de mercado e potencial de consumo, diz o consultor.
Segundo a pesquisa, o tamanho do mercado varejista brasileiro aumentou 15% no ano passado e os gastos com consumo têm crescido 9% ao ano desde 2007. "O crescimento da nova classe média brasileira continua impulsionando o desenvolvimento do setor varejista", diz Bowles. Mas ele acrescenta que o varejo de luxo vem ganhando força no Brasil e em outros países da América Latina, refletindo o melhoria de poder aquisitivo da população.
Pessimismo
Nem mesmo a mudança no cenário macroeconômico brasileiro, com a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que cresceu só 0,2% em relação ao trimestre anterior, muda a expectativa favorável para o varejo brasileiro nos próximos quatro ou cinco anos, diz Bowles. Ele ressalta que o governo brasileiro tem uma política voltada para impulsionar o consumo e a demanda por meio do aumento do crédito e redução de juros. "Pode ter um ou outro ano não muito favorável, mas a tendência é positiva", afirma o sócio da consultoria.
Otimismo
Como exemplo de otimismo, ele destaca o fato de que, somente neste ano, serão inaugurados 40 shopping centers no País. Isso corresponde a mais de 1 milhão de metros quadrados de área de vendas. A pesquisa aponta quatro setores mais promissores no varejo brasileiro aos olhos dos estrangeiros: eletroeletrônico, moda, beleza e móveis. Bowles explica que o setor de supermercados continua sendo o mais importante do varejo nacional, porém ele não acredita que irá atrair novos investimentos. O motivo é que redes internacionais, como Walmart, Casino e Cencosud, depois de irem às compras nos últimos anos, agora estão arrumando a casa.
Ele destaca que, neste ano, sete países no ranking de 30 são latino-americanos. Além do Brasil e do Chile, estão Uruguai, Peru, Colômbia, Panamá e México. Já Emirados Árabes, Omã, Kuwait, Arábia Saudita, Jordânia e Líbano engrossam a relação do países do Oriente Médio.
Saturação
O executivo explica que esses mercados de consumo ganharam relevância porque a crise nas economias desenvolvidas acabou tendo reflexos nos países do leste europeu, que apresentaram sinais de saturação no consumo. Um exemplo desse movimento é o que ocorreu com a Rússia. No ranking de 2011, o país ocupava a 11ª posição na lista dos países em desenvolvimento mais atraentes para investimentos no varejo. Na relação deste ano, a Rússia está em 26º lugar, caindo 15 posições, exemplifica Bowles. Movimento semelhante ocorreu com Polônia e República Tcheca. São avaliadas 25 variáveis, reunidas em quatro grupos: atratividade do mercado, risco econômico e político, saturação do mercado e em quanto tempo novos players estarão presentes na região.
Consumo
No caso do Brasil, que se manteve na liderança da lista pelo segundo ano, os fatores que mais contribuíram para o País ter permanecido no topo foram os indicadores de baixa saturação de mercado e potencial de consumo, diz o consultor.
Segundo a pesquisa, o tamanho do mercado varejista brasileiro aumentou 15% no ano passado e os gastos com consumo têm crescido 9% ao ano desde 2007. "O crescimento da nova classe média brasileira continua impulsionando o desenvolvimento do setor varejista", diz Bowles. Mas ele acrescenta que o varejo de luxo vem ganhando força no Brasil e em outros países da América Latina, refletindo o melhoria de poder aquisitivo da população.
Pessimismo
Nem mesmo a mudança no cenário macroeconômico brasileiro, com a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que cresceu só 0,2% em relação ao trimestre anterior, muda a expectativa favorável para o varejo brasileiro nos próximos quatro ou cinco anos, diz Bowles. Ele ressalta que o governo brasileiro tem uma política voltada para impulsionar o consumo e a demanda por meio do aumento do crédito e redução de juros. "Pode ter um ou outro ano não muito favorável, mas a tendência é positiva", afirma o sócio da consultoria.
Otimismo
Como exemplo de otimismo, ele destaca o fato de que, somente neste ano, serão inaugurados 40 shopping centers no País. Isso corresponde a mais de 1 milhão de metros quadrados de área de vendas. A pesquisa aponta quatro setores mais promissores no varejo brasileiro aos olhos dos estrangeiros: eletroeletrônico, moda, beleza e móveis. Bowles explica que o setor de supermercados continua sendo o mais importante do varejo nacional, porém ele não acredita que irá atrair novos investimentos. O motivo é que redes internacionais, como Walmart, Casino e Cencosud, depois de irem às compras nos últimos anos, agora estão arrumando a casa.
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