Gastos em ascensão
Classe D consumiu mais de R$ 363 bi em 2011
12.06.2012
Com
potencial crescente, Classe D brasileira gera montante semelhante ao PIB do
Chile
Antes menos visada pelo grande mercado, a Classe D brasileira mostra hoje que tem muito potencial a ser explorado, com suas necessidades peculiares que crescem na mesma razão dos seus rendimentos. Em 2011, para se ter uma noção, essa fatia da população consumiu, em produtos e serviços, um total de R$ 363,3 bilhões, o equivalente à soma de todas as riquezas produzidas pelo Chile ou à junção dos PIBs (Produtos Internos Brutos) de Equador, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Panamá e Guatemala.
Antes menos visada pelo grande mercado, a Classe D brasileira mostra hoje que tem muito potencial a ser explorado, com suas necessidades peculiares que crescem na mesma razão dos seus rendimentos. Em 2011, para se ter uma noção, essa fatia da população consumiu, em produtos e serviços, um total de R$ 363,3 bilhões, o equivalente à soma de todas as riquezas produzidas pelo Chile ou à junção dos PIBs (Produtos Internos Brutos) de Equador, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Panamá e Guatemala.
FOTO: ALEX COSTA
Em algumas categorias de consumo, a classe D mostra
seu potencial com maior força superando inclusive a B, como é o caso dos
eletrodomésticos
O valor está presente em um estudo elaborado pelo Instituto Data Popular, que considera a Classe D aquela que abrange famílias com rendimento médio domiciliar de R$ 952 e per capita de R$ 79 a R$ 327.
Em alguns segmentos, a Classe D já superou, inclusive, a B, cujos rendimentos per capita vão de R$ de R$ 1.410,00 até R$ 2.934,00.
À frente da Classe B
Em transportes urbanos, por exemplo, os pertencentes à Classe D consumiram mais de R$ 14 bilhões contra R$ 8 bilhões da B. Em alimentação, a superioridade é ainda maior: R$ 66,8 bilhões contra R$ 37,9 bilhões, 76,3% a mais. Em artigos de limpeza, medicamentos, bebidas, eletrodomésticos, higiene, estética e móveis, a Classe D também ultrapassou a Classe B.
"Pirâmide"
Prova dos avanços desse estrato social é que, ano após ano, o patamar imediatamente superior a ele (a Classe C) tem conquistado novos integrantes, oriundos principalmente da Classe D. Segundo projeção do Data Popular, a Classe C representará mais de 58% da população brasileira em 2014, contra os atuais 53%, enquanto a D terá cerca de 26,8% ante 31,1% de 2011. A Classe E, por sua vez, tende a ficar bastante reduzida, contemplando apenas 2,9% dos brasileiros daqui a dois anos.
NE em segundo
Segundo o Data Popular, é no Sudeste que a Classe D mais consome, com quase R$ 152 bilhões. O Nordeste aparece na vice-liderança, com R$ 106,7 bilhões, o que equivale a mais de 29% de tudo que foi consumido por essa fatia da população.
Novos códigos
"A Classe D já supera a Classe B em várias categorias de consumo. Na aquisição de eletroeletrônicos e eletrodomésticos há diferença de 25%. Acreditamos que a Classe D tem tudo para ser a nova classe C, mas com outros códigos a serem desvendados", afirmou em nota Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.
Victor Ximenes
Repórter
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