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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Como estimular corretamente a criatividade dos funcionários

Essa é a dica do colunista Uol José Dornelas, que tem no currículo cargo de presidente da Empreende e é autor do livro que foi best-seller "Empreendedorismo, transformando ideias em negócios". O livro faz parte do acervo de nossa Biblioteca.



Como estimular corretamente a criatividade dos funcionários

José Dornelas

José Dornelas

Colunista do UOL

01/12/201406h00


O tema não é novo, mas a necessidade de tratar do assunto criatividade está cada vez mais em evidência nas empresas. Isso porque se acredita que pessoas mais criativas são as que mais inovam.

Mas muita gente não se considera criativa e, por isso, também acha que não pode inovar. Na verdade, a relação entre criatividade e inovação não é total. Há inovações que surgiram por puro acaso.

Isso não significa que ficar esperando pela inovação é a melhor solução quando uma empresa precisa se diferenciar no mercado e crescer.

Hoje em dia, está claro para as organizações que a inovação pode e deve ser sistematizada. E uma das regras dessa sistematização é a criação de ambientes e processos que estimulem a criatividade dos funcionários.

Com isso, eles estarão mais aptos a sugerir novas ideias e projetos que possam se tornar realidade.

Porém, só a criação de ambientes descontraídos talvez não seja suficiente. Há um impacto bastante positivo na criatividade das pessoas quando são estimuladas adequadamente para ter novas ideias.

Isso foi o que constatou Justin M. Berg da The Wharton School. Em uma série de experimentos, a criatividade das pessoas foi afetada pelo tipo de material ao qual foram expostas inicialmente.

Por exemplo, estudantes que foram questionados para ter ideias de novos produtos para uma livraria na faculdade, tiveram muito mais ideias que eram avaliadas como criativas quando foram expostos inicialmente a uma vara de pescar ao invés de um quadro branco.

Por outro lado, as sugestões de novidades tendem a ser de produtos mais práticos e úteis, quando o estímulo inicial é feito com algo menos inovador ou mais padronizado.

A conclusão é que o estímulo inicial influencia no resultado criativo. Parece algo simples, mas é de extrema relevância quando se quer criar programas de inovação em empresas.

As pessoas precisam saber qual a expectativa da empresa (ou de seus gestores/donos) quanto a demanda de inovação. O que se está buscando? O que se espera de cada um?

Apenas dizer que precisamos de mais e mais inovação sem mostrar exemplos ou deixar tangível onde se quer chegar pode gerar muita informação, ideias etc. mas que não necessariamente serão aproveitadas pela empresa.

Isso pode causar inclusive frustação dos funcionários, já que sua criatividade não foi devidamente aceita no ambiente de trabalho. E nesse caso, o que era para ser um incentivo, acaba sendo visto como uma punição.

Fonte: Uol Economia

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