A taxa de sobrevivência das empresas brasileiras em 2013 foi a maior
desde 2008, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que divulgou a Demografia das Empresas 2013. A taxa
de entrada, porém, foi a menor desde aquele ano. A pesquisa utiliza
dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre).
Em 2013,
havia 4.775.098 empresas ativas no País, sendo 81,7% delas (3,9 milhões)
sobreviventes. Essa taxa superou a de 2012 (81,3%) e foi a maior desde
2008 (78,2%), quando inicia a série.
Além disso, outras
871,6 mil empresas entraram no mercado, boa parte delas recém-criadas,
enquanto uma fatia menor estava fora e voltou à ativa. Com isso, a taxa
de entrada foi de 18,3% em 2013, a menor desde 2008 (21,8%). A taxa é
calculada como a proporção de entradas sobre a população total de
empresas no período.
Por outro lado, 695,7 mil empresas
saíram do mercado, o que configurou uma taxa de saída de 14,6%, a menor
já observada nos seis anos de pesquisa.
"É importante
observar que o saldo de empresas tem sido sempre positivo, registrando
um número maior de entradas do que de saídas", ressaltou o IBGE. De
acordo com o instituto, 97,5% dos assalariados estavam nas empresas
sobreviventes, enquanto 2,5% estavam nas empresas entrantes no mercado e
1,5% nas que saíram.
Diante desses resultados, houve
acréscimo de 3,8% no número de empresas (176,2 mil) em 2013, além de
avanço de 3,1% (1,3 milhão) no pessoal ocupado total e de 3,3% (1,1
milhão) no pessoal ocupado assalariado, sempre na comparação com 2012.
Os aumentos em termos de emprego foram menores do que o observado em
2012 ante 2011.
Setores
O setor de comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas se destacou pelo maior volume de entradas e saídas de
empresas no mercado em 2013. Foram 364,7 mil novas companhias (41,8% do
total de entradas), mas 328,8 mil saídas (47,3%). Já em termos de
sobrevivência, 1,834 milhão de empresas dessa atividade permaneceram
ativas na passagem de 2012 para 2013, também no topo da lista.
Em
termos de taxa de entrada, o destaque foi o setor da construção, em que
64,63 mil empresas responderam por uma taxa de entrada de 26,4%, a
maior entre todas as atividades. O setor foi seguido por atividades
imobiliárias (24,3%) e artes, cultura, esporte e recreação (24,1%). Já
as menores taxas de entrada foram observadas em indústrias de
transformação (14,5%), comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas (16,6%) e saúde humana e serviços sociais (16,9%).
Já
na taxa de saída, o destaque foi o segmento de eletricidade e gás, cujo
número de 436 empresas representou uma taxa de 19,1%. Outras taxas de
saída consideráveis foram observadas em informação e comunicação (17,8%)
e outras atividades de serviços (17,2%). Já as menores foram
verificadas nas atividades de saúde humana e serviços sociais (9,4%),
educação (11,6%) e atividades imobiliárias (11,7%). Todos os setores,
exceto eletricidade, tiveram taxas de saída menores do que em 2012.
Pessoal ocupado
Em 2013, as empresas brasileiras tinham 35,050 milhões de assalariados,
1,135 milhão a mais do que no ano anterior, segundo o IBGE. O pessoal
assalariado sem nível superior formava grande parte da população ocupada
das empresas que entraram (93,5%) e saíram (94,5%) do mercado em 2013.
Essa fatia é superior ao observado no conjunto de todas as empresas
(88,9%).
FONTE: O Povo
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