Bolo do consumo
54% dos consumidores da classe C são fiéis a marcas
06.09.2012
Pesquisa traça participação da nova classe média brasileira, que até 2011 somava 193 milhões de pessoas
Mais da metade da classe média brasileira possui uma marca preferida. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular ontem, 54% dos consumidores da classe C no Brasil são fiéis a uma marca. Ainda segundo a pesquisa, essas famílias consumiram o valor de R$ 1,03 trilhão no ano passado, ampliando em 228,3% os gastos com produtos e serviços e tornando-se protagonista no País.
54% dos consumidores da classe C são fiéis a marcas
06.09.2012
Pesquisa traça participação da nova classe média brasileira, que até 2011 somava 193 milhões de pessoas
Mais da metade da classe média brasileira possui uma marca preferida. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular ontem, 54% dos consumidores da classe C no Brasil são fiéis a uma marca. Ainda segundo a pesquisa, essas famílias consumiram o valor de R$ 1,03 trilhão no ano passado, ampliando em 228,3% os gastos com produtos e serviços e tornando-se protagonista no País.
Segundo o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, as empresas se preocupam mais em ser lembradas ao invés de queridas
Foto: Divulgação
Para o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, o fato de os outros 46% de consumidores da nova classe média brasileira não possuírem uma marca predileta acontece porque “as empresas estão mais preocupadas em ser lembradas do que queridas”. Ele afirma ainda que “o mercado acaba não despertando nas empresas uma estratégia de negócios capaz de desenvolver um relacionamento de confiança com os clientes”.
No ranking geral das empresas mais queridas pelos consumidores está a Nestlé (4,1%), Samsung (3,9%), seguida por Adidas e Nike (3,7%). Na preferência dos homens aparecem Adidas (5,8%), Nike (5,1%) e Samsung (4,9%). Já as mulheres são mais fiéis à Nestlé (6,3%), O Boticário (4,2%) e Hering (3,1%).
Entes os jovens, a Nike foi a marca mais citada pelos entrevistados, com 5,2%, seguida da Samsung (3,6%) e Apple (3,2%).
Indústria
Na categoria automóvel, a Fiat aparece em primeiro lugar na preferência da classe C (21,2%), seguida de Volkswagen (18,8%) e Chevrolet (15,7%). Os gastos da classe média com veículo próprio em 2012 somam R$ 56 bilhões, sendo 43,6% do total.
No setor de alimentos, a Nestlé lidera o ranking das mais amadas (32,3%), à frente da Sadia (27,2%) e da Perdigão (3,9%). Somente neste ano, a nova classe média gastou R$ 127,1 bilhões com alimentação no lar. O valor representa 48,1% do total de gastos desta classe social.
Para o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, o fato de os outros 46% de consumidores da nova classe média brasileira não possuírem uma marca predileta acontece porque “as empresas estão mais preocupadas em ser lembradas do que queridas”. Ele afirma ainda que “o mercado acaba não despertando nas empresas uma estratégia de negócios capaz de desenvolver um relacionamento de confiança com os clientes”.
No ranking geral das empresas mais queridas pelos consumidores está a Nestlé (4,1%), Samsung (3,9%), seguida por Adidas e Nike (3,7%). Na preferência dos homens aparecem Adidas (5,8%), Nike (5,1%) e Samsung (4,9%). Já as mulheres são mais fiéis à Nestlé (6,3%), O Boticário (4,2%) e Hering (3,1%).
Entes os jovens, a Nike foi a marca mais citada pelos entrevistados, com 5,2%, seguida da Samsung (3,6%) e Apple (3,2%).
Indústria
Na categoria automóvel, a Fiat aparece em primeiro lugar na preferência da classe C (21,2%), seguida de Volkswagen (18,8%) e Chevrolet (15,7%). Os gastos da classe média com veículo próprio em 2012 somam R$ 56 bilhões, sendo 43,6% do total.
No setor de alimentos, a Nestlé lidera o ranking das mais amadas (32,3%), à frente da Sadia (27,2%) e da Perdigão (3,9%). Somente neste ano, a nova classe média gastou R$ 127,1 bilhões com alimentação no lar. O valor representa 48,1% do total de gastos desta classe social.
A
Skol foi a bebida alcoólica mais citada entre os consumidores (27,1%). A
Brahma vem na segunda posição (14,8%) e a Antarctica em terceiro lugar
(8,3%). Em 2012, um total de R$ 13,7 bilhões foi gasto pela classe C com
bebidas em 2012. O valor representa 47,7% do total.
A marca
Natura ficou em primeiro lugar na preferência dos cosméticos (35,1%),
seguida da O Boticário (18,9%) e Avon (18,9). Os gastos da classe C com
higiene pessoal e beleza somaram R$ 25,5 bilhões em 2012, sendo 47% do
total.
Varejo
No setor de moda, a C&A aparece em primeiro lugar, com 15,4% da preferência dos consumidores. Na segunda posição está a Renner, com 13,2% e em terceiro a Riachuelo, com 10,4% dos entrevistados citando a marca. Um total de R$ 37,2 bilhões foi consumido pela classe média brasileira com roupas neste ano, sendo 46,3% do número total. Questionados sobre o varejo de eletroeletrônicos, a loja Casas Bahia foi citada pela maioria dos entrevistados (10%). Já o Ponto Frio e Lojas Americanas dividem a segunda posição (6,9%), seguida do Magazine Luiza (6,8%). Com 42,2% do total de gastos, a classe C já consumiu este ano o montante de R$ 25,8 bilhões com eletrodomésticos.
Serviços
A TAM foi a companhia aérea escolhida pela maioria dos consumidores entrevistados (50%). Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, aparecem a Gol (34,8%) e a Azul (6,9%). Os brasileiros inseridos no grupo da classe C gastaram R$ 16,6 bilhões em viagens e turismo neste ano, sendo 34,4% do total.
Entre as operadoras de telefonia móvel, a TIM se destaca entre a mais citada (29,3). Logo em seguida, aparece a Vivo (28,8%) e, na terceira posição, vem a operadora OI (19,8%).
Ainda dentro do setor de serviços, na categoria banco, 25,8% das pessoas citaram o Banco do Brasil, 23,9% o Itaú e 18,8% afirmaram que preferem a Caixa Econômica Federal.
Propaganda
A pesquisa aponta ainda que 79% dos entrevistados afirmam confiar mais na indicação de um amigo ou parente do que na propaganda televisiva. Já 65% dos adultos emergentes fazem propaganda boca-a-boca contra 19% nas classes mais altas.
“As empresas precisam entender que a propaganda é só o início e que o desafio está principalmente em ter uma relação de longo prazo e bom atendimento. Elas precisam de uma comunicação didática e que comprove a qualidade da marca. Assim, consegue induzir essa propaganda boca-a-boca”, explica Meirelles.
É no setor de eletrônicos que a maioria dos consumidores (72,6%) considera importante a recomendação de parentes e amigos. Já as indicações de marcas de roupas (53%) são as menos importantes, na opinião dos entrevistados pela pesquisa.
É no setor de alimentos que a maior parte dos consumidores tem dado importância às marcas, com 54% das respostas dos participantes. Os computadores aparecem em segundo lugar, com 47% e os automóveis em terceiro, com 45%. Os sapatos (37%) surgem em último sugar.
Deste grupo de pessoas que acredita na relevância das marcas, 84% das pessoas são fiéis e 16% infiéis.
Força no mercado
Para Meirelles, investir na empresa é dedicar mais atenção para a nova classe média brasileira, que em 2011 representou 44,3% da população do País, contra 15,8% da baixa renda e 39,9% da alta renda.
“A classe C deixou de ser um nicho de mercado para se tornar o próprio mercado. Quem deseja ser líder de mercado hoje tem que ser líder na Nova Classe Média brasileira. A pesquisa mostra claramente este abismo que ainda existe na comunicação das marcas com este público”.
Ana Beatriz Sugette
Repórter
Publicado originalmente em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1178081
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