EM NOVEMBRO
Comércio do CE mantém ritmo e avança 12,7%
16.01.2013
Assim como no restante do País, comércio do Estado foi beneficiado pelas desonerações em alguns setores
Acabou 2012, mas os números para o comércio interno continuam comprovando a calmaria pela qual o setor passou no fim do ano passado - diferentemente da crise internacional. Segundo a pesquisa mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda em novembro, o crescimento as vendas do varejo ampliado cearense atestavam um crescimento de 12,7% ante igual mês de 2011. A variação superior à nacional (9,4%) e representou a quinta maior do Nordeste.
Setor supermercadista foi um dos principais impulsionadores do varejo cearense. O crescimento foi de 23,2% em novembro
FOTO: TUNO VIEIRA
Entre os que mais cresceram naquele momento do ano, o Maranhão foi o primeiro, com 15,3%, seguido por Alagoas (15,2%) e Bahia (14,2%). Em contrapartida, algumas regiões do País, como Amazonas (-2%), nenhum estado nordestino registrou números negativos.
Combustíveis em alta
O comércio varejista ampliado teve como carro chefe em novembro de 2012 a venda de combustíveis e lubrificantes. O segmento alcançou uma alta de 27% e foi acompanhado pelo comércio de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (23,2%).
A venda de material de construção, que é incluída dentro do varejo ampliado, alcançou um crescimento de 22,2%, enquanto o veículo, também dentro desta classificação, foi de 2,1%.
Segundo a classificação do IBGE, completaram a lista de crescimento acima dos 10% a venda de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,4%) e "outros artigos de uso pessoal e doméstico" (13,6%). Já os "equipamentos e materiais para escritório, informática comunicação" amargaram a maior queda (-41,7%).
No País
Nacionalmente, as vendas do varejo ampliado caíram 1,2% em novembro ante outubro. Na comparação com igual período de 2011, as subiram 7,2%. De janeiro a novembro de 2012, acumulam alta de 8,4%.
O setor de veículos e motos, partes e peças registrou uma queda de 5,0% no volume de vendas na passagem de outubro para novembro.
Fôlego mantido
A desaceleração no ritmo de aumento das vendas do varejo na passagem de outubro para novembro não indica perda de fôlego no setor, segundo o IBGE. "Olhando para as atividades, percebe-se que realmente não há fundamento para apontar uma perda de fôlego no varejo", afirmou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Na avaliação do instituto, a expansão nas vendas do comércio varejista restrito (que não inclui carros e material de construção) deve fechar o ano passado ao redor da taxa já acumulada nos últimos 12 meses até novembro, de 8,6%. "A gente está melhor do que no ano anterior, e não tão bom quanto 2010, porque tinha sido ano de recuperação da crise do fim de 2008 e de 2009", avaliou Aleciana. Em 2011, a alta nas vendas foi de 6,7%, após uma taxa de 10,9% registrada em 2010.
IPI
Ela aponta a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a estabilidade do emprego, o aumento de renda do trabalhador e a disponibilidade de crédito como impulsionadores dos bons resultados obtidos, sobretudo, nas atividades de móveis e eletrodomésticos, veículos e hipermercados. "O comércio está com desempenho considerável, e, de certa forma, o consumo das famílias está sendo preponderante para o crescimento econômico no ano de 2012", declarou.
Maior alta
27% foi o crescimento do comércio de combustíveis e lubrificantes em novembro, no Ceará. Segmento teve o avanço mais robusto do Estado.
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