Varejo começa a se preparar para fim do ano
Segmentos iniciam compra de produtos visando comercialização no final do ano. Consumidor pode sair beneficiado com a maior oferta
Átila Varela
atilasantos@opovo.com.br
DEIVYSON TEIXEIRA
Lojas começam a receber mercadorias para as vendas do fim do ano em Fortaleza
O comércio varejista do Ceará já iniciou a preparação para a formação dos estoques de produtos destinados às vendas de final de ano. O setor já começa a receber as mercadorias que serão comercializadas durante os meses de novembro e dezembro.
Segundo o diretor executivo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da Fecomércio-CE, Alex Araújo, em função do fraco desempenho das vendas no primeiro semestre, os estoques foram reduzidos. “Poderão faltar alguns produtos porque o setor não se preparou para um consumo rigoroso”, diz.
Para fomentar o crédito ao comerciante, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Freitas Cordeiro, destaca a negociação para a liberação de R$ 300 milhões do Banco do Nordeste (BNB), em outubro, a fim de estimular a reposição de mercadorias do setor.
“Essa linha de crédito é elaborada para o período. A ação propicia a criação dos estoques para que o comerciante possa aguardar as vendas de final de ano”, ressalta. O setor de supermercados também deu o pontapé visando o final de ano. “Começamos a comprar desde já produtos de Fortaleza, de regiões fora do Estado e outras mercadorias importadas”, afirmou o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira, destacando ainda a chegada de vinhos especiais e do tradicional panetone às gondolas dos supermercados no próximo mês.
A construção civil, outro setor aquecido no final do ano, começará a programação a partir de outubro. De acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), no início novembro haverá um maior aporte de produtos para estocagem.
PREÇOS
Os segmentos de vestuário, calçados, eletrodomésticos e móveis, devem reduzir os preços em função do baixo crescimento da indústria. “Com período de recessão, as indústrias oferecem possibilidades acessíveis para os comerciantes. Essas vantagens serão repassadas para o consumidor, através de preços mais em conta e prazos dilatados”, reforça o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Logista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves.
Para o período de final de ano, em especial os meses de novembro e dezembro, a expectativa é que o varejo fature entre 55% e 60% no apurado do ano.
“A injeção do décimo terceiro salário estimula o setor. Sempre existe a possibilidade de um aumento das compras. As influências macroeconômicas só serão sentidas, acredito, apenas no mês de janeiro do ano que vem”, finaliza.
SERVIÇO
Pesquisa do Comércio Varejista do IBGE
http://bit.ly/1upDdNHFonte: Jornal O POVO
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