EDITORIAL 25/02/2014
Poderia ser um começo de iniciativas que motivassem benefícios para o centro
A respeito da matéria “Centro. Circuito a pé conta história das praças”, da repórter Thaís Brito (Editoria Cotidiano, página 3, na edição de ontem, do O POVO, uma nova proposta para se redescobrir e revalorizar o berço de Fortaleza foi promovida no domingo com cerca de 30 pessoas. Trata-se do primeiro Circuito Cultural, caminhada com a iniciativa da Faculdade da Câmara dos Dirigentes Lojistas. Dois logradouros centrais, a avenida-parque Pajeú e a Cidade da Criança, foram incluídos. No total, foram oito praças da região percorridas pelos pedestres.
O fato de domingo ser um dia esvaziado naquela zona favorece melhor o deslocamento de pessoas e a percepção de detalhes que necessitam ser revitalizados. Houve uma época, pelo menos até a década de 1970, que os leitores compravam jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo exclusivamente nas bancas da praça do Ferreira. Também funcionavam no Centro os principais cinemas da capital cearense, primordialmente o São Luiz, sendo restaurado agora. Até a rede de hotelaria tinha como estabelecimentos de maior importância na região, envolvendo o San Pedro, o Savanah e o Excelsior, os dois últimos na praça do Ferreira. Isso antes da descoberta da orla marítima como corredor mais atrativo em termos de hotelaria turística. Quase tudo isso está esquecido.
Seria interessante a participação nesses passeios de representantes da Prefeitura de Fortaleza e da Câmara Municipal. Poderia ser um começo de iniciativas que motivassem benefícios para o Centro. Também se deveria contatar pessoas que ainda moram na zona, indagá-las a respeito da convivência com região hoje tão pouco habitada em casas comuns. Os promotores pretendem levar o circuito para municípios próximos como Redenção e Maranguape. São cidades pertencentes à Região Metropolitana de Fortaleza. No contexto, a capital é a empregadora de muitas pessoas domiciliadas nesses municípios, existindo portanto integração entre as respectivas populações, o que deve ser levado em conta.
Fonte: Jornal O POVO
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