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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Excelência da logística na Rio 2016 é reconhecida pelo COI

O encerramento da XX Conferência Nacional de Logística, evento promovido pela ABRALOG simultaneamente à MOVIMAT - Salão Internacional da Logística Integrada, trouxe em primeira mão os resultados da operação logística do maior evento do mundo: os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

O Gerente de Serviços de Logística do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Maurício Gonçalves e o Vice-presidente de Logística dos Correios, José Furian Filho, mostraram pela primeira vez para um público formado por profissionais do setor de logística detalhes da operação, marcada por números superlativos e pelo reconhecimento do COI – o Comitê Olímpico Internacional de que o Main Distribuiton Center (MDC), localizado em Duque de Caxias e que sozinho possui capacidade de armazenagem de 75.000 m², foi considerado o melhor armazém de logística da história das Olimpíadas.

A atuação da logística dos Jogos envolveu todas as instalações no Rio de Janeiro, divididas em seis “Unidades de Negócios”: Vilas de Atletas e Acomodações; Barra; Copacabana e Mídia; Deodoro; Maracanã e as cidades do Brasil onde foram realizadas as partidas de futebol. O trabalho envolveu a integração das unidades de negócios, armazenagem, gerenciamento e distribuição de material esportivo das 42 modalidades e mobiliário, operações em 70 instalações, transportes de atletas, paratletas e comissões técnicas, além dos chamados projetos especiais (medalhas, antidopping, barcos, armas, ingressos, Perdidos e Achados). Foram mais de 80 mil paletes movimentados nos dois Centros de Distribuição, que foram visitados por delegações de cidades que receberão os próximos Jogos, além de um intenso benchmark com a equipe de Tóquio, que sedia os Jogos de 2020.

Com bastante planejamento, uso de ferramentas de gestão, tecnologias, operações bem delineadas e equipe motivada, os Jogos deixam para o Brasil um grande legado também em logística. “Fala-se muito em legado, especialmente de instalações que o País preparou e que vão ficar para o esporte e da mobilidade urbana do Rio de Janeiro, porém ao entregarmos a melhor operação de logística há também o legado para o setor, com um grande conhecimento de profissionais para operações desse porte e credenciando os Correios como um operador logístico de porte global. É muito gratificante apresentar ao mercado aqui na Conferência esse legado que deixamos e o orgulho de fazer parte de um projeto que mexe com os sentimentos de todo o País”, destaca Maurício Gonçalves.

Para enfrentar o desafio de ser o operador da logística dos Jogos, os Correios investiram em tecnologia de ponta, como um sistema global de WMS que é o mesmo utilizado pelo Departamento de Defesa dos EUA, mobilizaram uma equipe própria de 300 pessoas e mais 2 mil que foram contratadas de forma temporária para a execução dos trabalhos. “Nas Olimpíadas é preciso ter uma velocidade de resposta muito maior do que numa empresa comercial. É preciso ter um time com perfil para responder com rapidez com os recursos disponíveis”, ressalta o Vice-presidente de Logística dos Correios, José Furian Filho. Para exemplificar, ele menciona o papel dos Correios em oferecer rápida ajuda quando houve um problema de falta de abastecimento de comida no Parque Olímpico no primeiro dia dos Jogos. Mesmo não estando no escopo do trabalho, a empresa respondeu rapidamente e ajudou a solucionar o problema do Comitê Olímpico. “Um desafio desse porte muda a forma de ver a logística dentro da empresa e ter feito os Jogos Olímpicos acelera muito o cumprimento dos objetivos estratégicos dos Correios de ser reconhecido no mercado como operador logístico”, afirma Furian.

“Foi uma verdadeira aula de aula de logística em termos de estratégia, táticas, operações, tecnologias, intralogística de alto nível, Real Estate, gestão de pessoas, capital humano e importância da comunicação. Tivemos o privilégio de ser o primeiro palco de divulgação dos resultados da logística na Rio 2016 e certamente isso fecha com chave de ouro essa edição de 20 anos da Conferência Nacional de Logística. Os últimos dois anos foram muito difíceis, só de críticas ao Brasil e verificar a excelência do trabalho que foi desenvolvido para por duas empresas brasileiras na logística das Olimpíadas faz um bem enorme para o País e dá orgulho de ser brasileiro”, exclama o presidente da ABRALOG, Pedro Moreira.

Além da apresentação da logística olímpica, a 20ª edição da Conferência Nacional de Logística abordou em painéis temas trabalhados pelos Comitês Temáticos da ABRALOG, como a integração indústria-varejo, logística farmacêutica, tecnologia, multimodalidade, mobilidade urbana e Real Estate. “Esta CNL teve uma característica muito grande de colaboração dos comitês com o mercado, trazendo cases, um intenso debate e uma agenda positiva. Isto é fantástico e certamente dá uma grande contribuição na retomada da economia que começa na logística”, assinala o presidente da ABRALOG. 
Logística Olímpica da Rio 2016 em números:
- 800 processos de importação
- 1.000 contêineres (2.000 TEUs)
- R$ 200 milhões em admissões temporárias
- 8 mil viagens com frota de distribuição
- 80 mil paletes movimentados nos dois Centros de Distribuição
- 36 mil paletes recebidos de 300 fornecedores nos dois CDs
- Operações em 70 instalações
- 7 aeroportos com operações de Chegadas e Partidas
- Frota com 214 veículos para operações logísticas
- 90 mil m² de armazenagem coberta
- Mais de 500 equipamentos de movimentação nas instalações
- Mais de 200 carrinhos de golfe
- Em torno de 2.200 pessoas só em logística
- 20 fornecedores só de logística
- 30 mil km em entregas
- 16 milhões de itens
- 1 milhão de itens de materiais esportivos
- 150 km de barreiras para provas de rua com 75 mil peças de barreiras
- Mais de 25 mil m² de pisos de esporte
- 32 mil bolas de tênis e 8,4 mil petecas
- 6,5 mil bolinhas de tênis de mesa
- 400 bolas de futebol e 3 mil alvos
- 60 mil cabides e 80 mil cadeiras
- 40 mil mesas e 2,5 mil geladeiras
- 29 mil camas e colchões
- 35 mil edredons
- 54 barcos e 250 carrinhos de golfe
- 500 carrinhos de bagagem
- 700 rádios, 10 mil celulares, 6 mil TVs e 3 mil computadores
- 150 mil malas de bagagens movimentadas somando chegadas e partidas

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