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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

No domingo, Master Comics 2016, na Faculdade CDL, não perca!

A literatura de ficção chega às pessoas de diversas maneiras. Para o professor Giovani Nogueira de Lima, da Faculdade CDL, ela chegou com os quadrinhos quando ele ainda era um garoto, fazendo com que a paixão pelo gênero o transformasse em um dos maiores colecionadores de histórias em quadrinhos do estado do Ceará.



Com cerca de 1.038 coleções e mais de 10.000 volumes, que ficam guardados em seu apartamento, distribuído entre os quartos e outros compartimentos da casa. “Tem toda uma estrutura para isso, que é um outro investimento bastante considerável”, relata. “Há épocas em que guardo eles em sacos acondicionados, nos quais ficam praticamente hermeticamente fechados, porque o que destrói, o que faz com que o papel fique amarelado, é o oxigênio”, e ainda ressalta que é bom deixar eles fora dos saquinhos de vez em quando, porque “o papel também precisa respirar.”
Sentimentos de colecionador e um mercado de personagens

Os primeiros volumes de Capitão América, Super Aventura Marvel, Homem-Aranha e Hulk lançados no Brasil são alguns dos itens mais valiosos da coleção do professor Giovani, que não faz distinção alguma entre DC Comics e Marvel, tendo como preferidos, respectivamente, os personagens Batman e Wolverine.
“Houve uma época, por volta dos meus vinte e sete anos, que eu achava que quadrinho era coisa de criança, e que eu tinha que parar com isso. Então parei de colecionar por uns três anos. Essa é uma das poucas coisas de que me arrependo na vida.” Por conta disso, Giovani deixou de adquirir alguns exemplares, deixando incompletas várias coleções. Hoje ele tenta recuperar os itens que faltam nessas coleções incompletas com colecionadores de outros estados e também adquire novos exemplares dos mais diversos tipos.

Para falar sobre a evolução do mercado dos quadrinhos, ele usa o exemplo do personagem Batman, que tem mais de 80 anos de história. “De um homem comum, ele se torna um cara que vence o Superman em termos de inteligência”, explica. “O personagem em si vai envelhecendo porque o cliente dele envelhece. O personagem deve envelhecer para manter cativo o cliente”, complementa, reforçando que ”eles não se tornam velhos decréptos” e que existem diversas maneiras de manter um personagem ou sua história ao longo dos anos. Outro ponto ressaltado foi que, quando um personagem morre, os leitores reclamam, e logo eles “renascem”, de alguma forma, trazendo à tona novas aventuras, o que atrai novamente aquele público específico.

Os quadrinhos influenciando na aquisição de conhecimento

Segundo ele, antigamente os quadrinhos eram considerados “coisa de criança”, mas foram virando coisa de adolescente, de jovem e de adulto. “Conheço pessoas de mais de setenta anos que colecionam quadrinhos, não com o mesmo afinco, mas que ainda gostam e conversam sobre os personagens.”
“Os quadrinhos, de maneira geral, poderiam ser utilizados como sendo as primeiras referências para as crianças começarem a gostar de leitura”, afirma, complementando que o “grande problema do Brasil, para educação, é a falta de leitura”, ressaltando que este é um ato importante, principalmente para quem está na vida acadêmica. “Uma pessoa que lê tem uma boa dicção, escreve mais, consegue se relacionar melhor e entende a posição de outras pessoas, mesmo sendo divergentes, sem se sentir ofendida. A leitura abre um leque de opções.”

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