Para fazer alusão ao Dia Internacional da Mulher, selecionamos livros escritos por mulheres e aqueles com personagens femininas que marcaram a literatura, na maioria produzidos em uma época de contestação de direitos e luta feminina, como crítica e denúncia aos costumes da época.
Confira abaixo!
LIVROS ESCRITOS POR MULHERES
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2010.
Um exercício do pensamento, que fomenta a reflexão crítica e
lança um facho de luz sobre questões do dia-a-dia, realçando seu caráter
histórico e ampliando os horizontes do leitor - eis o alcance deste livro.
Convite à Filosofia é uma obra que utiliza o próprio
instrumental filosófico para atualizar conceitos e fazer uma releitura dialética
do mundo por uma das mais consistentes intelectuais do país.
De suas páginas emergem os grandes temas da discussão
filosófica, como Razão, Verdade, Conhecimento, Ciência, Ética, Política, Arte,
Técnica, Religião, Metafísica, História, Lógica.
CHRISTIE, Agatha. Morte no Nilo. Rio de Janeiro: Record, 1937c.
Um dos mais famosos casos de Hercule Poirot A tranquilidade
de um cruzeiro ao longo do Nilo é ensombrada pela descoberta do cadáver de
Linnet Ridgeway. Ela era jovem e bela; e tinha tudo… até perder a vida! Hercule
Poirot apercebe-se de que, a bordo do navio, todos os passageiros são possíveis
assassinos: pelas mais diversas razões, todos tinham algo a apontar a Linnet.
Mas quem terá sido levado ao acto extremo de a alvejar? Ainda que tudo aponte
para a mesma pessoa, o detective cedo descobre que naquele cenário exótico nada
é exactamente o que parece. Morte no Nilo (Death on the Nile) foi originalmente
publicado em 1937, na Grã-Bretanha. A edição americana veria a luz do dia em
1938. O filme homónimo, de 1978, conta com um elenco de luxo, de onde se
destacam os nomes de Peter Ustinov (naquela que seria a sua primeira
interpretação de Hercule Poirot), David Niven, Bette Davis, Angela Lansbury e
Maggie Smith.
DEMETRESCO,
Sylvia. Tipologia e estética do visual merchandising = Typologie et
esthétique du visual merchandising. São
Paulo: Estação das Letras e Cores, 2012. 268 p.
Conservar a memória da arte na vitrina, colecionar
objetos cotidianos, não esquecer as tradições, dar visibilidade ao testemunho
histórico, descobrir a engenhosidade do trabalho, pesquisar as matérias e as
texturas, profundar-se um pouco mais sobre um saber-fazer... estar
constantemente em busca de novas pesquisas e investigações no universo das
vitrinas é o que nos fez folhear todas as edições da importante revista
Inspiration.
O resultado desse trabalho pode ser constatado na
sistematização de possíveis tipologias das vitrinas que ganham estampa neste
livro. Nas leituras e releituras de todo o conteúdo encontrado nas revistas, as
classificações se pautaram na emergência do ordinário, que, aos poucos, foi
dando lugar e assumindo o espaço de um universo paralelo, o extraordinário, que
também é criado pelas, nas e com as vitrinas.
Nossas diferentes e diversas vivências em vários países, assim como
nossas bagagens acadêmicas e profissionais direcionadas ao saber-fazer e ao
saber analisar as vitrinas e seus entornos, possibilitaram-nos escrever este
livro a quatro mãos.
A criação deste livro está
focada nas primeiras linhas do título “Tipologia e estética do Visual
Merchandising.
Criamos tipologias de classificação e selecionamos 879 imagens que
constroem os sentidos específicos em cada uma das construções e encanações
elencadas.
Trata-se de um grande estudo, repleto de referências criativas que
contam a história do Visual Merchandising e também permitem observar várias
questões visuais e matérias que as estruturam ao longo do tempo.
Ideias é o que não faltará para o exercício estético da linguagem
criativa.
GRUEN, Sara. Água para elefantes. Rio de Janeiro: Sextante,
2007.
Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa
de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas
do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém
sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora. Aos 23
anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus
pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir,
ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um
trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior
Espetáculo da Terra. Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos
do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora
intratável chefe do setor dos animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini
que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do
número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta
aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo. Água para elefantes
é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos
virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e
encantador, construí¬do com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível
respirar sua atmosfera.
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. São Paulo: Rocco,
1998.
Romance original, desprovido das características próprias do
gênero, A paixão segundo G.H. conta, através de um enredo banal, o pensar e o
sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e
decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e
repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um
quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário.
Depois do susto, ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco,
processando-se, então, uma revelação. G.H. sai de sua rotina civilizada e
lança-se para fora do humano, reconstruindo-se a partir desse episódio. A
protagonista vê sua condição de dona de casa e mãe como uma selvagem. Clarice
escreve: “Provação significa que a vida está me provando. Mas provação
significa também que estou provando. E provar pode ser transformar numa sede
cada vez mais insaciável.”
MEDEIROS, Martha. Topless. Porto Alegre: L& PM Editores, 2002.
Topless foi lançado em edição convencional em 1997. É um
livro que reúne 54 crônicas de Martha Medeiros, numa poderosa amostra do
trabalho que a consagrou como uma das mais importantes cronistas em atividade
no país.
MILLET, Catherine. A vida sexual de Catherine M. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2001.
"A Vida Sexual de Catherine M." é o despudorado
livro de memórias da crítica de arte francesa Catherine Millet, um fenômeno
editorial que causou furor em seu lançamento e que já vendeu mais de 2 milhões
de cópias no mundo.
PLAIDY, Jean. Catarina, a viúva virgem. Rio de Janeiro:
Record, 2001.
Catarina, a viúva virgem é um romance empolgante, cheio de
reviravoltas e elementos envolventes. Um grande romance histórico de uma das
autoras mais populares do gênero em todos os tempos. Jean Plaidy também
escreveu A batalha das rainhas, A rainha de Provence, Eduardo I, O juramento do
rei, Passagem para Pontefract, A rosa vermelha de Anjou, A madonna das sete
colinas e Assassinato real. Jean Plaidy nasceu em Londres, em 1910. Sua
biografia, porém, é um tanto obscura. Jamais disse a sua idade, que só foi
descoberta após sua morte, em 1993. Durante a Segunda Guerra Mundial, morou na
Cornualha, sul da Inglaterra, onde conheceu a praia de Plaidy, que inspirou seu
pseudônimo mais famoso. Mas ela assinou também sob outras alcunhas. Foi Elbur
Ford, Ellallice Tate, Phillipa Carr e Victoria Holt. Com esta última, conseguiu
muito sucesso nos anos 70, com histórias de mistério, chegando a ser
considerada a herdeira de Agatha Christie.
QUEIROZ, Rachel de. Dôra, Doralina. São Paulo: Siciliano, 1992.
Em Dôra, Doralina, Rachel une o Nordeste ao Rio, e é
exatamente nessa união que surge o romance de amor. Sem ser um romance
policial, a obra registra uma realidade regional que termina por nos inserir no
quadro histórico da formação brasileira. A história de amor que une Dôra ao
Comandante, sem sacrificar os personagens menores nos envolve e suas presenças
completam a galeria dos que se destacam não apenas neste romance, mas em toda a
obra de Rachel. A romancista conferiu a Dôra uma sensível dimensão humana,
quando a vemos vivendo, amando, sofrendo, como símbolo e imagem de nossa
própria condição. São duas personalidades que fascinam - das Dores. Maria das
Dores e o seu comandante. Aqui está o amor como liberdade. Liberdade é a paixão
da obra de Rachel.
ROWLING, J.K. Harry Potter e a câmara secreta.São Paulo:
Rocco, 2000.
Muitas histórias contribuem para que o leitor se encante com
Harry Potter e a Câmara Secreta, onde ele vai reencontrar todos os pequenos
heróis e amigos do livro anterior. Mas isto não será para sempre. J. K.
Rowling, a autora da saga de Harry Potter, já avisou que até o sétimo livro da
série, que promete ser o último, alguns personagens do bem vão morrer.A trama
de Harry Potter e a Câmara Secreta começa com o pequeno feiticeiro passando as
férias na casa de seus tios trouxas (não-bruxos) e sendo, como sempre, muito
maltratado. Seu aniversário de 12 anos é o pior de todos: ninguém o
cumprimenta, não ganha nenhum presente, nada.O garoto, órfão de pai e mãe,
chega a cantar Parabéns pra você baixinho como se quisesse, ele próprio, provar
que está vivo. Para piorar, os tios o prendem num quarto cercado de grades com
direito a apenas uma refeição por dia - que ele divide com sua coruja,
igualmente encarcerada numa gaiola. De repente, aparece um carro voador com
amigos feiticeiros que livram Harry Potter dessa amargura. Essa é apenas a
primeira cena em que Joanne brinca com situações-limite. Todo o livro é permeado
de quase-desgraças e é, por isso mesmo, quase impossível parar de ler. O final
é surpreendente e muito divertido.
TIBONI, Conceição Gentil Rebelo. Estatistica básica: para os cursos de administração, ciências contábeis, tecnológicos e de gestão. São Paulo: Atlas, 2010.
Este livro tem como objetivo apresentar os conceitos e
métodos de análise estatística de maneira simples e acessível ao entendimento
dos estudantes das diversas áreas do conhecimento. No final de cada seção
teórica há muitos exemplos e aplicações detalhadas, que estimulam o aluno a
desenvolver habilidades necessárias ao acompanhamento do curso de estatística.
Ao término de cada capítulo encontram-se muitos exercícios propostos com as
respostas no final.
Os capítulos iniciais versam sobre técnicas de amostragem,
conhecimento das séries estatísticas e construção de gráficos estatísticos. Em
seguida, traz um estudo detalhado da distribuição de frequência e sua
representação gráfica. Adiante, introduz o cálculo das medidas de posição, de dispersão
ou de variabilidade. Estabelece conceitos e propriedades da teoria das
probabilidades e da análise combinatória, para depois estudar as distribuições
de probabilidade binomial e normal. Por fim, faz um estudo estatístico da
correlação entre duas ou mais variáveis e a reta de regressão. O anexo traz a
curva normal: área de uma distribuição normal padrão.
Livro-texto para a disciplina Estatística Básica. Leitura
complementar para cursos da área de Ciências Humanas, como os cursos de
Administração e Ciências Contábeis, além de atender a necessidades de cursos
profissionalizantes e de profissionais das diversas áreas que utilizam os
recursos da estatística.
LIVROS COM PERSONAGENS CENTRAIS FEMININAS
ALENCAR, José de. Iracema. 5. ed. Rio de Janeiro: Record,
2003.
Iracema – lenda do Ceará destaca-se como um dos principais
romances indianistas de José de Alencar e como uma das prosas mais poéticas de
nossa literatura. Escrito como uma espécie muito singular de lenda, explica de
forma lírica as origens do Ceará, terra natal do autor. A narrativa gira em
torno da personagem principal, Iracema, a “virgem dos lábios de mel”, e seu
amado Martim, fidalgo português que se apaixona pela índia ao encontrá-la inesperadamente
quando ele se perdera na mata. Uma fábula que apresenta vocabulário rico ,cheio
de expressões indígenas e inovações, fruto dos estudos do autor e, também de
seu interesse em retratar a língua como um organismo em constante mudança,
resultando em uma prosa muito diferente do estilo clássico até então
característico das expressões literárias da época.
AMADO, Jorge. Tieta do agreste. Rio de Janeiro: Record,
2001.
Fogosa pastora de cabras e namoradora de homens, a
adolescente Tieta é surrada pelo pai e expulsa de Santana do Agreste graças à
delação de suas aventuras eróticas por parte da irmã mais velha, a pudica e
reprimida Perpétua. Um quarto de século depois, rica quarentona, Tieta retorna
em triunfo ao vilarejo, no interior da Bahia. Com dinheiro e influência
política, ajuda a família e traz benefícios à comunidade, entre eles a luz
elétrica.Para os parentes e amigos de Agreste, Tieta enriqueceu no sul ao se
casar com um industrial e comendador. Mas aos poucos o narrador vai plantando
no leitor a dúvida, o descrédito, até revelar a história oculta da
protagonista: Tieta se prostituíra e virara cafetina em São Paulo, razão de sua
riqueza e de seu trânsito entre os poderosos. Nesse acerto de contas com o
passado, ela acaba se envolvendo na acirrada disputa em torno do futuro do
lugarejo. Publicado em 1977, o romance foi adaptado com sucesso para a
televisão e o cinema. A narrativa descontínua, feita de avanços, recuos e
mudanças do ponto de vista, atesta a maturidade literária de Jorge Amado e mantém
até hoje o impacto e o frescor.
BALZAC, Honoré. A mulher de 30 anos. São Paulo: Nova Cultural, 1995.
CAMINHA, Adolfo. A normalista. Fortaleza: ABC, 1999.
Desprovido de rebuscamento ou qualquer preocupação retórica, A Normalista, é um dos romances mais naturalistas da nossa literatura e aborda questões que envolvem sexo, traição, família, libido e desnuda seus personagens de toda e qualquer roupagem de pudor ou outra virtude que mereça algum louvor.Escritor de obras densas e trágicas, o cearense Adolfo Caminha (1867-1897) publica A Normalista em 1893, seu romance de maior sucesso. A história se passa no interior do Ceará no final do século XIX, e a maioria das ações acontecem em ambiente fechado, caracterizado sempre como um lugar simples, sem luxo e povoado de sentimentos pequenos. O enredo gira em torno de uma órfã, Maria do Carmo, que tendo perdido seus pais, foi morar na casa de seu padrinho João da Mata.
COELHO, Paulo. Veronika decide morrer. Rio de Janeiro:
Objetiva, 1998.
Aos 24 anos, a eslovena Veronika parece ter tudo : juventude
e beleza, pretendentes, uma família amorosa e um emprego gratificante. Mais num
dia frio de novembro ela toma um punhado de remédios para dormir com a intenção
de nunca mais acordar.
Só que ela acorda - e no Sanatório de Villete, o lugar de
onde ninguém jamais havia fugido. Logo fica sabendo que só teria alguns dias de
vida e isso desperta emoções até então desconhecidas.Inspirado em experiências
próprias, Paulo Coelho escreve "Veronika Decide Morrer" para questionar
o significado da loucura e celebrar os indivíduos que não se encaixam nos
padrões do que a sociedade onsidera "normal".Ousado e esclarecedor,
este romance de redenção faz um retrato faz um retrato tocante daqueles que
estão na fronteira entre a vida e a morte, sanidade e loucura, felicidade e
desespero, transmitindo a mensagem poética de que cada dia é um verdadeiro
milagre.
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen
começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são
anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos.
Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de
Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.O mistério dos bilhetes e dos
postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando
milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em
capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a
trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos
pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante
thriller que toma um rumo muito surpreendente.
LAWRENCE, D.H. Mulheres apaixonadas. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
"Mulheres Apaixonadas" conta a história de dois
casais confrontados com os dilemas da paixão, sendo que o fracasso exposto por
um deles é evidenciado pelo não enfrentamento do sexo como sua principal meta.
Para ele, nenhum ser humano poderia viver em harmonia escapando a esse
confronto essencial.
OLÍMPIO, Domingos. Luzia-homem. Fortaleza: ABC, 1999.
Luzia é uma moça que desde criança trabalhou pesado, na
época em que era vivo o seu pai. Usava roupas masculinas, mas as deixou quando
virou moça. Tinha a força de um homem contida nos seus rijos músculos. Era
conhecida como a Luzia-Homem, a macho-fêmea que trabalhava duro na construção
da nova penitenciária de Sobral para sustentar a mãe. Neste cenário em que é
discriminada, Luzia se vê entre o sincero amor de Alexandre (rapaz trabalhador
e amigo de Luzia que deseja casar com ela) e o peçonhento e pretensioso desejo
de Crapiúna que é possuí-la como mulher.
PAIVA, Manoel de Oliveira. Dona Guidinha do Poço. Fortaleza: ABC, dições Demócrito Rocha, 1999.
Obra do autor cearense Manuel de Oliveira Paiva, Dona
Guidinha do Poço resgata elementos da cultura nordestina e pormenores da vida
interiorana, na história de uma mendiga que, no final do século XIX, era alvo
de piadas nas ruas, por ter sido condenada pela Justiça de Quixeramobim pelo
assassinato do próprio marido. A tragédia inclui elementos de vingança, prisões
e mortes.
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