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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Comércio registra o pior resultado em três anos


Vendas no Dia dos Pais 13/08/2013

Endividamento e maior controle nos gastos fizeram o consumidor comprar menos nas semanas que antecederam o Dia dos Pais. Cenário econômico nacional influenciou no resultado


Marcelo Andrade


Desde 2010, o comércio de todo o País não registrava um desempenho tão ruim em termos de vendas para o Dia dos Pais. Neste ano, as vendas a prazo para a data comemorativa cresceram apenas 3,78%, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com anos anteriores, o resultado mostra que o ritmo de compras dos consumidores brasileiros caiu.
 

Três anos atrás, o mesmo índice registrou crescimento das vendas de 10%. Em 2011, foram 6,86% de expansão nas vendas e, no ano passado, as compras para o Dia dos Pais aumentou 4,75%. De acordo com a CNDL, os produtos mais procurados foram itens de vestuário, perfumaria, calçados, bebidas e artigos eletrônicos.

De acordo com Honório Pinheiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), os números do Ceará ainda não foram contabilizados, mas a expectativa é que as vendas tenham superado o desempenho de 2012. “O comércio do Ceará certamente fechará positivo, mas não como o crescimento que nós registramos em 2011. Nós estamos diante de uma interrogação da economia, com isso o consumidor tenta retardar a sua compra ou substituir por um produto de menor valor”.

Desaquecimento
Assim como o índice medido pelo SPC Brasil e CNDL, o cálculo feito pela Serasa Experian também mostra desaceleração na taxa de crescimento das vendas no Dia dos Pais. Conforme a empresa, o desempenho do comércio no período não era tão ruim desde 2009, quando, por conta da crise financeira internacional, as vendas só cresceram 2,2%. 

De acordo com a Serasa Experian, no último final de semana, dos dias 9 a 11 de agosto, as vendas cresceram 3,4%. Por sua vez, na semana que antecedeu a data comemorativa, de 5 a 11 de agosto, as compras aumentaram somente 3,3%.

Segundo Carlos Almeida, economista da Serasa Experian, a desaceleração nas vendas foi influenciada pelo cenário econômico nacional. Ele explica que, apesar das compras para a data terem crescido, o resultado não foi dos melhores. Ele pontua que a inflação no teto da meta colaborou para o consumidor encontrar um ambiente desfavorável ao consumo.“A confiança do consumidor despencou. Ele sentiu na pele que não consegue mais comprar o que comprava”.


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