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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Veja como adaptar sua casa para aderir ao “home office”

Ambiente adaptado e isolado da rotina familiar é fundamental para a produtividade




Divulgação
Mota: projetos devem primar o conforto

Trabalhar remotamente em casa, sem ter de enfrentar o trânsito ou a confusão de um transporte coletivo é sonho de muitos, mas realidade de poucos. Embora muitas empresas reconheçam a importância do home office para manter em alta a produtividade no trabalho, sem disciplina e organização e um canto especialmente projetado para isso, é impossível ter sucesso.

O arquiteto Gustavo Motta recomenda criar um espaço sob medida para as necessidades do trabalho. “Varia muito, mas é preciso ter luz natural, uma cadeira confortável e que permita alcançar o objetivo, seja se isolar ou ficar perto das pessoas da casa”.

Motta diz que entre os projetos que já desenvolveu um chamou a atenção: uma sala envidraçada ao lado de um quarto de brinquedos para que a mãe pudesse trabalhar e, ao mesmo tempo, ficar de olho nos filhos. “Dê preferência por ambientes que combinem com o restante da casa e que atenda à sua necessidade”, ensina.

Para Maristella Zanini, arquiteta e designer de interiores, é preciso pensar como aproveitar bem o espaço. “Não pode ser nem cansativo nem permitir tempo ocioso demais, com certa organização, conforto e mobiliário bem bacana que combine com seu tipo de trabalho. Se usa muito material de consulta isso precisa estar muito bem organizado em estantes, por exemplo. Opte por uma boa mesa e um lugar iluminado e ventilado. Ter um lugar bonito e agradável faz com que se produza mais”.

Segundo Alexandre Borin Cardoso, CEO da Prestus, mais de 90% das empresas que adotaram o sistema admitem que quem trabalha em casa rende tanto ou mais que os que trabalham no escritório. Mas é preciso atentar para detalhes importantes. “É preciso ter foco. Trabalhar sozinho é não ter acesso a colegas e nem a assistentes. Delegue bem as tarefas para se concentrar apenas no seu trabalho”, indica. Além disso, Borin recomenda deixar claro em contrato os termos do home office, o que será pago, metas etc. “Também é necessário fazer um contrato com a família.”


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Luz natural e cadeira confortável são indispensáveis

Além dos móveis 
Para ele, trabalhar em casa vai além do móvel bonito e da decoração elegante. “Tem que ter regras. Estar disponível, para que continue recebendo a confiança da empresa, estar conectado no email, telefone no horário de trabalho que deve ser respeitado, a não ser que o profissional tenha horário flexível”. Outra dica é se vestir adequadamente, seguindo as mesmas etiquetas da empresa. “Marque presença, compareça de três a quatro vezes por mês na empresa.”

Fábio Sá, sócio da I9, conhece bem essa realidade. Uma vez por semana — às segundas ou sextas — ele fica em casa para trabalhar com questões que mereçam maior concentração. “O dia a dia no escritório é muito corrido e com reuniões fica difícil as vezes se concentrar em assuntos mais estratégicos”, afirma. Sá não criou um espaço específico e prefere trabalhar na sacada do seu apartamento em Alphaville.

“Tenho uma vista bacana e procuro me isolar”, afirma, admitindo que as vezes as interrupções familiares são inevitáveis. “Meu bebê às vezes me distrai, mas procuro me disciplinar”, diz. O profissional procura manter uma rotina e sempre está disponível no celular ou email.

Borin lembra que muitas vezes manter um profissional em home office é questão de gerenciamento de risco, em casos de catástrofes ou outros problemas que possam impedir os profissionais de irem ao trabalho. “Há empresas com estas capacidades implementadas, com planos de risco para que o trabalho tenha uma continuidade em casos extremos”, afirma.

Fonte: Ig 

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