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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como passar na entrevista de emprego



Cuidado: quando alguém fala mal do antigo trabalho, perde a confiança do recrutador
Foto: Getty Images

Duas recrutadoras ensinam como se dar bem na entrevista de emprego. Confira!

Dicas da recrutadora Cristina Barros

1. Vista-se sem exageros 
Não contrato quem fala errado nem quem chega com blusa decotada e minissaia. Esses são os erros mais comuns que vi em 17 anos como gerente de recursos humanos. Em cada processo seletivo, uso um critério diferente para contratar. Mas o que nunca muda é a importância da entrevista. Esse é o momento em que conheço realmente um candidato. 

2. Só fale da intimidade se for necessário 
Sabendo o que o candidato gosta de fazer nas horas livres ou como a família dele é formada, o recrutador pode ter mais garantias de que aquela é a pessoa ideal para a vaga oferecida. Mas, em uma entrevista, só fale sobre isso se o selecionador abrir espaço para esses assuntos. Caso contrário, você passará a impressão de que tem poucos atrativos profissionais para oferecer à empresa e quer abordar aspectos pessoais para convencer os selecionadores de que merece aquele posto de trabalho. 

3. Demonstre calma nas respostas 
Nada pior do que um candidato que fala antes de o recrutador terminar uma pergunta. Isso demonstra ansiedade. Não contrato pessoas assim porque, em momentos de pressão, elas podem descontar a ansiedade nos colegas. Exemplo: Fiz uma entrevista com dois rapazes juntos. Um deles não parava de atropelar a minha fala e a do outro rapaz. Por mais que o tagarela fosse preparado, contratei o outro, que me pareceu mais equilibrado. 

4. Diga que pretende crescer na vida 
Para algumas empresas, vale mais treinar um funcionário com nível educacional menor, mas com muita força de vontade, do que contratar alguém com experiência. Já contratei pessoas assim só porque me convenceram de que tinham força de vontade. Exemplo: Dois rapazes de 18 anos, sem experiência e sem nível superior, disseram que queriam trabalhar para começar uma faculdade. Contratei ambos na hora para trabalhar num call center. 

5. Preste atenção aos pré-requisitos do emprego 
Ao abrir a vaga, o selecionador define que qualidades o candidato deve ter para ser contratado. Reprovo pessoas ótimas porque elas não preenchem essas exigências. Antes de a entrevista começar, os selecionadores costumam falar sobre esses requisitos. Se o recrutador não comentar, pergunte. Assim você já sabe se tem chances ou não. Exemplo: Contratei uma supervisora de call center que precisava ser informal com seus subordinados. A candidata garantiu ter essas características, mas no primeiro mês ela brigou com um funcionário porque ele estava de boné. Como o ambiente era informal, o rapaz estava correto e ela pediu demissão. 

6. Desperte a confiança do recrutador na entrevista 
Toda empresa tem regras que espelham o que a chefia espera dos funcionários. Quando o candidato respeita essas regras, ele passa confiança ao recrutador, pois o risco de entrar em conflito com os colegas é baixo. Sei quando o candidato tem o perfil da empresa pela maneira como ele se veste e me responde. Exemplo: Já reprovei um candidato com formação superior e cinco anos de experiência porque ele não via diferença entre trabalhar em uma empresa recém-aberta e em outra já estabelecida. Concluí que ele teria dificuldade para se adaptar às exigências da empresa, que era nova e pedia funcionários flexíveis, atributo que ele não tinha.

Dicas da recrutadora Carina Feliciano

7. Fale somente a verdade 
A pior atitude de um candidato é mentir na entrevista. Sei quando isso acontece. Basta perguntar sobre a vida pessoal e checar os dados do currículo. Comecei a trabalhar com recrutamento aos 18 anos. Já contratei pessoas de todos os níveis de escolaridade, de corretores a diretores de montadoras de veículos. Só a entrevista me dá a certeza de que aquela é a pessoa certa para a vaga. 

8. Memorize o que dizer sobre você 
Alguns candidatos acham que a entrevista é terapia. Para um selecionador, isso é sinal de que o candidato tende a trazer problemas pessoais para o ambiente de trabalho, o que pode atrapalhar o rendimento dos demais colegas. Limite-se a dar respostas curtas e objetivas. Exemplo: Isso é comum em mulheres que se separaram. Quando faço perguntas sobre a vida pessoal, elas falam sem parar, contando detalhes, ou choram. 

9. Conte só o que você fez de bom 
Quando alguém fala mal do antigo trabalho, perde a confiança do recrutador, pois espera-se que ele também fale mal de seus colegas caso seja contratado. Exemplo: Já recebi uma candidata a copeira que se complicou ao explicar por que havia saído do emprego anterior. Ela disse que não gostava da patroa e que até cuspiu no copo dela. A candidata chegou a explicar seus motivos, mas nada justifica o ato, muito menos a sua contratação. 

10. Negocie os rumos da sua carreira 
Se o candidato tem um nível educacional menor do que o exigido para a vaga, o recrutador pode negociar sua contratação com a direção da empresa caso ele se comprometa a terminar os estudos quando estiver trabalhando. Mas essa situação só ocorre quando o selecionador percebe que o candidato preenche todos os outros pré-requisitos para o trabalho. O canditado também precisa manifestar sua vontade de trabalhar na empresa e de crescer na profissão. 

11. Fique atento a novas oportunidades 
Às vezes reconhecemos a personalidade de um candidato em uma entrevista e percebemos que ele merece uma vaga diferente da que deseja. Aí tentamos convencê-lo de que ele leva jeito para a nossa sugestão. Exemplo: Certa vez, indiquei um amigo que trabalhava no setor de reclamações de uma indústria para uma vaga de corretor de seguros. Ele achava que não tinha o perfil, pois nunca havia feito uma venda na vida. Mas eu sabia que ele era ágil, tinha soluções rápidas para problemas e estava disposto a aprender coisas novas. Ele foi contratado há dois anos e já recebeu vários prêmios pelas boas vendas. 

12. Pesquise sobre a empresa na internet 
Entre no site da empresa, leia a história e veja a missão dela antes de conversar com o recrutador. Essas informações são importantes para você saber se tem o perfil ideal para aquela vaga. Isso muda de acordo com a empresa e pode ser o diferencial em um processo seletivo. Exemplo: Até um atendente de call center muda de acordo com a empresa. Em um banco, o perfil desejado é o do jovem que cursa faculdade e não possui experiência anterior. Eles preferem treinar novatos a contratar pessoas com experiência. Em call centers de empresas de vendas ou prestadoras de serviço, os candidatos devem ter experiência (o curso superior não é necessário).

Fonte: M de Mulher


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