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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Para classe de baixa renda o critério é preço







COMÉRCIO 23/02/2013

Preço ainda é principal critério de compra, diz especialista

O custo do produto é o principal critério de compra, principalmente nas classes econômicas de mais baixa renda. O preço passa a ser menos determinante para as pessoas pertencentes às classes A e B

MAURI MELO

O economista Reynaldo Saad prevê que o fim da redução do IPI vai afetar as vendas de veículos e da linha branca

Embora tenha ficado mais exigente em relação ao produto e aos serviços agregados, o consumidor ainda leva muito em consideração o preço na hora da compra. As conclusões são do economista Reynaldo Saad, membro da National Research Foundation (NRF) e do Comitê Executivo Global da Deloitte de Líderes da Indústria. 

“O consumidor de uma forma geral tem como seu principal motivador o preço. Onde ele identificar o preço melhor, seja ele por promoção, por incentivo governamental ou custos menores, vai ser atraído e vai fazer as contas”, analisa.

O economista proferiu palestra sobre “Como ultrapassar barreiras e alavancar o varejo mundial” ontem durante o Seminário “Cenários do Varejo”, da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL).

Por conta dessa tendência de o consumidor dar maior importância ao preço, o fim da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos e linha branca deverá reduzir a venda desses setores. “Vai haver um desaquecimento de alguns setores e esses dois vão ser bastante impactos. Haverá diminuição da compra desses produtos e migração para outros”, explicou.

A qualidade passa a ter mais importância no critério de escolha à medida que a classe econômica é mais elevada, de acordo com o especialista. O cliente da classe A vai levar em conta o custo-benefício e menos o preço. Já a classe B, segundo ele, é mais “aspiracional”. O consumidor leva muito mais em consideração o desejo de comprar, buscando uma qualidade superior.

O critério do preço não é contrário à exigência. “O consumidor já vem há muito tempo sendo exigente. O principal motivador é o preço, mas há várias coisas que ele analisa e que antes não analisava”, destacou o economista.

Comércio virtualUma tendência dos consumidores é utilizar mais a internet para as compras. De acordo com pesquisa da Deloitte, um em cada três produtos são comprados pela Internet. “Mostra uma intenção de utilizar o e-commerce como forma de fazer a compra final”, disse Saad. Informática e eletroeletrônicos ainda são os setores mais expressivos.

Esse avanço não deve representar o fim das lojas físicas. “Mantem-se. Vai haver novos investimentos também no e-commerce”, disse. Assim, não deverá haver uma migração, mas uma divisão de compras entre Internet e loja física.

O temor da compra pela Internet e a necessidade de experimentar tem sido reduzidos. “O varejo de moda tem crescido bastante na Internet e têm reduzido esse paradigma de que eu tenho que experimentar a roupa para ver se é boa”, explicou.

Outro movimento que tem sido observado é o da integração entre os dois tipos de compra: experimentar na loja e comprar online ou ver os preços na web e adquirir o produto na loja física. (Teresa Fernandes)

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

O comércio é um dos principais setores impactados pelo aumento de emprego e renda da população. As vendas estão sujeitas ao padrão dos consumidores e ao momento econômico vivenciado pelo País.

Serviço

“Cenários do Varejo” 2013Quando: até hoje
Onde: na CDL de Fortaleza, rua 25 de março, 882 - Centro

Publicado originalmente em: 
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2013/02/23/noticiasjornaleconomia,3010846/preco-ainda-e-principal-criterio-de-compra-diz-especialista.shtml

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