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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Consumo e as compras de fim de ano

Consumo tende a ser mais controlado

Economistas acreditam que, apesar do aumento da renda e da manutenção dos níveis de emprego, os brasileiros alcançaram alto grau de alavancagem, comprometendo a maior parte dos ganhos


Se comparadas ao 3º trimestre, as vendas de Natal prometem ser melhores

O Natal deste ano deve mostrar o quanto a capacidade de gasto do consumidor brasileiro está comprometida. Apesar do crescimento da renda, o forte endividamento das famílias e o medo da inadimplência reduziu em 22 pontos porcentual a intenção de compra entre outubro e dezembro em relação ao mesmo período do ano passado, saindo de 78% (o maior da série histórica iniciada em 1999) para 56%, segundo dados divulgados pelo Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Pesquisa (FIA).

De acordo com especialistas, o ritmo de vendas mais lento que o normal no final do ano já foi constato em sondagens junto aos consumidores que estão menos otimistas e pouco interessados em realizar grandes compras no último trimestre, que concentra as vendas relacionadas ao Natal.

Vendas

Apesar da piora em relação ao ano passado, as vendas devem ser melhores se comparado com o terceiro trimestre. O índice geral de intenção de compras do Provar/DIA subiu 2,2 pontos percentuais do terceiro para o quarto trimestre deste ano, passando de 53,8% para 56%.

Para Daniela Bretthauer, analista do Raymond James, a confiança do consumidor caiu para índices mínimos depois de atingir picos recordes no primeiro trimestre, o que levou o governo a entrar em cena com muitas medidas de estimulo ao consumo e crédito.

A analista observa que a maior parte da dívida é com bancos e cartões de crédito, mas os consumidores também devem dinheiro aos varejistas. “Evidências sugerem que as vendas a prazo não são refletidas com precisão pelos dados do Banco Central. E se os parcelamentos no cartão de crédito forem devidamente contabilizados os níveis de dívida total dos indivíduos seria muito maior. Porém, esperamos que as pessoas vão continuar a pagar suas dívidas no curto prazo, em vez de assumir um novo crédito ou compra de maior ticket”, disse.

Já Claudio Felisoni de Angelo, presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Pesquisa (FIA), afirma que apesar do aumento da renda e da manutenção dos níveis de emprego, os brasileiros alcançaram alto grau de alavancagem, comprometendo a maior parte dos ganhos, o que deve impossibilitar novas aquisições nos próximos meses.

Segundo Felisoni, apenas 9,4% da renda mensal familiar estará disponível para novos gastos no último trimestre deste ano. Ao todo, os maiores comprometimentos financeiros das famílias se concentram em Educação (22,6%), Alimentação (20,9%) e Crediário (18,9%). (Agência Estado)

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

No geral, os especialistas esperam uma melhora das vendas nos próximos meses em comparação com o segundo e terceiro trimestre deste ano.

Números

9,4%

da renda mensal familiar estará disponível para novos gastos no último trimestre

22,6%

é o comprometimento financeiro das famílias brasileiras com educação

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