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terça-feira, 29 de maio de 2012

"Empreender é uma questão de ser"


Empreender é uma questão de ser
O sucesso de um negócio depende da busca constante pela motivação
Por Marcos Hashimoto*

Imagine a seguinte situação: Mário é um jovem talentoso, bem sucedido em sua carreira e decide largar o emprego para começar o seu próprio negócio. Cheio de ambições, supera dificuldades, derruba barreiras, dá suas cabeçadas para aprender, até que, enfim seu negócio dá certo, passa pelo crítico período de instabilidade inicial e atinge a maturidade. Uma história que já vimos dezenas de vezes entre empreendedores bem sucedidos.

Mas, a despeito do sucesso, Mário começa a se sentir entediado. Já não vai trabalhar com o mesmo entusiasmo, já não encara o negócio com o mesmo senso de desafio que tinha antes e logo se dá conta que a energia que o mantinha atento ao negócio e alerta a tudo era justamente o risco de dar errado, as altas chances de fracasso. Agora, seguindo curso de cruzeiro, com poucas mudanças no ambiente, com uma rotina bem estabelecida e bem estruturada, ele descobriu que lhe falta a adrenalina que o mobilizava durante a fase de implantação da empresa. O que lhe resta de desafio agora é aumentar as vendas e reduzir os custos, o que não é suficiente para ele, lhe dá sono e tédio.

Bem, você certamente vai dizer que empreendedores de verdade vão sempre procurar sarna para se coçar e logo, Mário deverá se impor novos desafios, lançar novos produtos, atuar em novos mercados, testar novos modelos de negócio, ou crescer por meio de parcerias estratégicas. Porém, para levarmos esta história ao ponto que quero discutir, suponhamos que este tipo de negócio não tem mais espaço para fazer nada diferente e que seu destino é mesmo de continuar deste tamanho e não mudar nada.

O que este empreendedor faz? Vende o negócio e começa outro - desta vez com mais experiência, mais dinheiro e mais conhecimento. Muitos empreendedores fazem isso e não há nada de errado. É possível, inclusive, que o empreendedor contrate um administrador para seu primeiro negócio e, aos poucos, comece a se dedicar mais às suas novas empreitadas. Se sua energia é alimentada pela adrenalina, começar um negócio novo, do zero proporciona essa fonte de energia. Assim, podemos facilmente assumir que o empreendedor é dissociado do negócio.

Um negócio bem-sucedido não precisa ter um empreendedor por trás, assim como o empreendedor não precisa estar à frente de um negócio bem-sucedido. Pelo contrário: a despeito do sucesso do primeiro negócio, Mário pode fracassar com o segundo. Mesmo assim, ele tenta novamente, talvez várias vezes, até dar certo.

Mas, vamos ao ponto que quero tratar. Imagine que, por alguma infelicidade do destino, Mário tenha um pai doente que requer cuidados especiais e ele se vê obrigado a deixar sua empresa de lado para cuidar dele. De repente, ele se vê em casa, longe dos desafios, distante de sua fonte de adrenalina, dividindo seu tempo entre a ociosidade e os cuidados ao seu pai. Problemas familiares são motivos comuns para o fechamento de negócios. São circunstâncias que não estão no controle do empreendedor. Mesmo assim, Mário é empreendedor e não vai ficar quieto.

Diante de tais restrições, ele começa a procurar algo para fazer no seu tempo livre que não o force a sair de perto do pai. Encontra na internet um mundo de oportunidades e cria uma comunidade de discussão que reúne pessoas que possuem o mesmo mal do seu pai. Passa a pesquisar o tema, explorar contato com especialistas, cria um blog onde publica seu aprendizado... Logo se torna popular na rede, agrega mais pessoas à comunidade e ganha visibilidade na mídia. Descobre assim, que o mal que aflige seu pai é incurável, mas encontra pessoas que lhe mostram como estabilizar os sintomas e conviver com a doença.

O que estou tentando demonstrar por meio deste exemplo é que empreender não é uma questão de estar e sim de ser. As pessoas SÃO empreendedoras, independentemente de um negócio dar certo ou não, independente de estar à frente de um negócio ou não. Elas simplesmente são. E por serem empreendedores, vão sempre tentar empreender em qualquer situação que a vida lhe impuser. Pessoas que estão à frente de negócios que fracassam não são pessoas que eram empreendedores e depois do fracasso deixaram de ser. Pessoas que vendem o negócio ou saem da operação do dia-a-dia não deixam de ser empreendedores, pois vão sempre manifestar seu perfil em outras circunstâncias. Não existem pessoas que ESTÃO empreendedoras por um período de tempo e deixam de sê-las quando a iniciativa é descontinuada.

Certamente você encontrará quem defenda que, se o Mário desiste do seu negócio porque não agüenta mais a rotina, então ele não é empreendedor. Para estas pessoas, não existe dissociação entre o empreendedor e seu empreendimento. Neste caso, uma empresa só pode ser empreendedora se o empreendedor ainda estiver no comando.

Então, se o empreendedor sai do negócio, seja se afastando da direção ou vendendo o negócio, a empresa deixa de ser empreendedora? Se um executivo com perfil intraempreendedor assumir a direção do negócio, a empresa não pode ser empreendedora? E se o empreendedor deixar a direção da empresa nas mãos de seu sócio, a empresa continua sendo empreendedora, certo? E se o sócio não tem perfil empreendedor? Isso é possível? Claro! Ser dono de um negócio não significa que ele é empreendedor. A empresa deixa de ser empreendedora se o dono não tem perfil empreendedor?
O interessante no conceito de empreendedorismo é sua ampla abrangência que permite acomodar todas as interpretações, gerando profícuos e ricos debates sobre o que é empreender.


Publicado originalmente em:

* Marcos Hashimoto é professor de empreendedorismo da ESPM, consultor e palestrante.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

"Ritmo mantido na economia do CE"



avanço de 3%

Ritmo mantido na economia do CE

24.05.2012

Atividade econômica cearense avança, segundo Banco Central, oposto do que ocorreu na média nacional

A economia cearense cresceu 3% no mês de março, ante igual período do ano passado, acima da média da região Nordeste, cujo avanço foi de 1,4%. O incremento se manteve estável em relação ao apresentado em fevereiro. Os dados foram apontados pelo Banco Central, por meio do IBCR-CE, indicador que funciona como prévia do PIB (Produto Interno Bruto).

De acordo com o estudo, que é divulgado mensalmente, a atividade econômica do Estado atingiu, no mês de março, o maior nível do primeiro trimestre de 2012, alcançando 151,55 pontos, contra 147,20 de fevereiro e 147,13 de janeiro. Já no terceiro mês de 2011, encontrava-se em 147,08.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o IBCR-CE apresenta variação positiva de 3,6%.

Funcionalidade

O indicador do Banco Central engloba diversas informações sobre a cadeia econômica dos estados, regiões e também País, medindo o desempenho de comércio, serviços, indústria e agropecuária. Por isso, funciona como um termômetro do PIB, que, por sua vez, mensura dados mais específicos.

Na série sem ajuste sazonal, em que a comparação é feito com o mês imediatamente anterior - no caso, fevereiro -, a atividade econômica cearense ficou 1,4% maior, aos 153,16 pontos. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a ampliação registrada foi de 3,3%.

Além de medir os principais setores da economia, o IBC é útil para o governo também para as decisões relativas a juros.

Os dados do indicador são levadas em conta pelo Banco Central na hora de fixar a Selic, que, nos últimos meses, vêm sendo cortada.

Retração no País

Em trajetória oposta à verificada no Ceará, a média nacional teve desempenho fraco em março, ficando 0,35% menor ante fevereiro, conforme apontou o Banco Central. O primeiro trimestre, no entanto, deste ano registrou alta de 0,15 por cento quando comparado com o quatro trimestre do ano passado. Essa velocidade é menor em relação à que foi vista entre outubro e dezembro passados, quando o indicador mostrou expansão de 0,20 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior.

O número ficou abaixo do esperado pelos mercados, que previam 0,5% de elevação. Poucos dias depois do anúncio do valor nacional, o governo divulgou uma série de medidas para estimular o consumo, como redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de automóveis 0 km e de IOF (Imposto Sobre Operação Financeira) para operações realizadas por pessoas físicas.

PIB

Nesta semana, diante das complicações do cenário econômico mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que o País crescerá somente cerca de 4% em 2012, menos do que o tamanho anteriormente previsto, de 4,5%.

No mercado financeiro, as projeções são ainda mais pessimistas. Espera-se que a soma de todas as riquezas brasileiras apresente crescimento de apenas 3,2% nesse ano, em comparação com 2011.

Média nacional

0,35 por cento foi a retração na economia brasileira no mês de março, ante fevereiro, de acordo com o IBC-BR, indicador que tenta antecipar o PIB

VICTOR XIMENES
REPÓRTER

Disponibilizado originalmente em:

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Saiba como o empreendedorismo pode mudar sua vida com o livro A menina do vale



Iniciativa? Trabalho em equipe? Networking? Determinação? Quais são as coisas que podem fazer toda a diferença para quem sonha em empreender?

Em A Menina do Vale, Bel Pesce conta o que tem aprendido em sua jornada empreendedora e cita diversos cases de sucesso que mostram como o perfil empreendedor pode mudar uma vida.

Se prepare para mergulhar em histórias cativantes, que mostram que tudo é possível se você se dedicar de cabeça e coração.

O livro é composto por 18 capítulos. Veja um breve resumo de cada um:

01.Não se preocupe com a sua idade
Se você realmente sonha em empreender, a sua idade não importa. O que importa é ser extremamente apaixonado por solucionar problemas e melhorar as vidas das pessoas, e estar disposto a trabalhar arduamente para fazer as coisas acontecerem.

02.Descubra quem te inspira e por quê
Pessoas que eu admiro me ajudam a ver que posso e devo sonhar alto. Ao entender o que eu admiro nelas, eu acabo conhecendo-me muito melhor e entendendo o que realmente importa para mim.

03.Leituras que valem a pena
Construir uma empresa é como andar em uma montanha-russa: há muitos altos e baixos. Ter uma estrutura que o oriente e chame a atenção para as coisas certas pode ser extremamente valioso.

04.Compartilhe as suas dificuldades
É bem possível que alguém tenha tido um problema semelhante ao seu e possa ajudá-lo a seguir na direção certa.

05.Seja sempre humilde
Ser humilde significa ser honesto consigo mesmo. É ser consciente de que você sempre pode melhorar e tirar o máximo proveito de cada uma de suas experiências.

06.Equipe, Equipe, Equipe
Você precisa ter a liberdade para expor as suas ideias, mas também ser capaz de chegar a decisões quando há discordâncias

07.O verdadeiro valor de um plano de negócios
O valor do plano de negócios está no tempo que você gasta pensando sobre a sua ideia.

08.Ache pessoas que estavam na sua posição alguns anos atrás
Juntamente com trabalho árduo e paixão, há algo que faz com que você cresça muito mais rapidamente: conselhos pertinentes.

09.Seja acelerado, mas tenha paciência
Ao montar a sua companhia, você precisa de paciência para validar o seu mercado e produto.

10.Acostume-se a aprender com seus erros
Administrar uma startup é difícil. Há uma lista interminável de coisas que podem dar errado. Como empreendedor, você terá que aprender a lidar com alguns fracassos.

11.Encontre as suas paixões
Além de estar atento ao que importa para você, esteja aberto a novas experiências. Você nunca sabe quando descobrirá uma nova paixão.

12.O poder do networking
Através de networking você pode alcançar pessoas que estão a muitos graus de separação e criar oportunidades incríveis.

13.Esqueça o glamour
Os empresários mais bem-sucedidos nunca pensam no sucesso como um trampolim para outros projetos. Sua empresa é sua vida.

14.Pequenas coisas que fazem a diferença
Encontre as pequenas coisas que te energizam. Essas coisas, muitas vezes extremamente simples, podem acabar fazendo uma enorme diferença em quanto você produz a cada dia.

15.O maior de todos os erros
O maior risco é aceitar um "não" como resposta, quando o "sim" é uma possibilidade.

16.Saia da sua zona de conforto
Você vê que as possibilidades são infinitas quando sai da sua zona de conforto.

17.Impressione o mundo com a sua iniciativa
Iniciativa é uma das características mais poderosas que você pode ter. Tente sempre estar um passo à frente.

18.Surpreenda-se com o talento que existe nesse mundo
É impressionante como dar o primeiro passo em direção a uma meta faz toda a diferença.

Achou o conteúdo interessante e ficou com vontade de lê-lo?

Pois temos uma boa notícia! O livro está disponível gratuitamente no site oficial da publicação.


Antes, saiba mais sobre a autora do livro:
Nascida e criada em São Paulo, Bel Pesce estudou no renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT). Durante a faculdade, trabalhou na Microsoft, Google e Deutsche Bank, e terminou vários cursos: Engenharia Elétrica, Ciências da Computação, Administração, Economia e Matemática, além de fazer programas em Liderança e Inovação.

Desde pequena, Bel gosta de criar idéias e começar projetos, e já esteve envolvida com muitas startups. Após se formar, resolveu viver no Vale do Silício, onde se respira empreendedorismo. Liderou três times de engenheiros na companhia americana Ooyala e mais recentemente se juntou ao time fundador da Lemon. Apenas 3 meses após o lançamento, a Lemon já conta com mais de 1 milhão de usuários.

Bel é uma grande defensora de que todos os sonhos são atingíveis e de que a força está dentro de cada um de nós. Sua história possui episódios completamente improváveis e Bel acredita piamente que qualquer pessoa é capaz de alcançar os seus sonhos. Você pode conhecer mais da sua história nesse vídeo e no seu site pessoal.

Sempre dando o melhor de si, Bel recebeu diversos prêmios no MIT, na Microsoft e na Google, foi finalista de uma série de competições de planos de negócios e é uma Sandboxer e TED Fellow, dentre muitos outros reconhecimentos.


Biblioteca



sexta-feira, 18 de maio de 2012

Manhã movimentada

Registramos mais uma manhã de muito movimento (16/05/2012). Todos buscando informação, estudando e gerando conhecimento.










Biblioteca



quinta-feira, 17 de maio de 2012






PIB 17/05/2012

Ipece prevê crescimento acima da média nacional no CE

A economia cearense deve crescer em torno 5% em 2012 por causa do investimento público estadual, de cerca R$ 5 bilhões, e de atividades do mercado interno


Apesar da desaceleração da atividade econômica, em alguns setores, nos primeiros meses do ano, a expectativa em relação à economia cearense, no geral, é positiva para este ano. "A previsão para 2012 é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 5%, com melhor resultado do que a economia nacional", diz o Boletim da Conjuntura Econômica Cearense, referente aos resultados do primeiro trimestre, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O estudo adianta que esse desempenho vai ser condicionado, principalmente, pela expansão dos investimentos públicos do governo estadual, de R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões, e pela elevação das atividades relacionadas aos setores econômicos mais voltados para o mercado interno, notadamente comércio e construção civil.

Os cenários econômicos internacional e nacional são referência para o estudo e orientam a análise sobre o desempenho da atividade econômica do Ceará. Mostram que o crescimento mundial, em torno de 3,5%, será puxado pelos países emergentes como o Brasil, cuja economia deve crescer cerca de 3,2%, segundo uma das estimativas.

O documento avalia indicadores que traduzem o dinamismo socioeconômico do Estado. As perspectivas não são das mais favoráveis com relação ao setor agropecuário, devido aos problemas causados pelas irregularidades climáticas. “Vale ressaltar que a agropecuária contribui com 5,1% para a economia do Estado, mas é um setor que influencia outras atividades econômicas como as indústrias de alimentos e bebidas, bem como as exportações", comenta a economista do Ipece e coordenadora da equipe técnica que elaborou o estudo, Eloísa Bezerra.

O estudo acrescenta que o desempenho da indústria em 2012 dependerá muito dos resultados da indústria de transformação, que pesa mais de 50% na composição industrial e 24,5% na economia estadual. "Na comparação mensal, a produção industrial esboçou uma recuperação", informa o boletim - o indicador acumulado no ano, em relação aos dois primeiros meses de 2011, ainda tem resultados negativos.

O diretor de Estudos Econômicos do Ipece, Adriano Sarquis, ressalta que a indústria vai se beneficiar com a queda do câmbio, que vai estimular as exportações. Considera importantes também as medidas adotadas pelo governo federal para revitalizar o poder de consumo da população para incentivar a atividade produtiva nacional, tendo em vista que o ambiente externo continua se recuperando lentamente. Dentre essas medidas, destaca a redução da taxa básica de juros (Selic) e a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns produtos.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O boletim de conjuntura econômica, do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), visa atender a demanda do setor público e privado por informações de curto prazo sobre a economia cearense.

Desempenho por setor

O setor agropecuário tem previsão de quebra de safra, sobretudo na produção de grãos (-49,47%), destacando feijão (- 48,80%), o arroz (-25,77%) e o milho (-53,59%), que juntos respondem por mais de 90% do total produzido no Ceará.

A Construção civil, no primeiro trimestre de 2012, registrou um menor dinamismo frente ao ano anterior, em parte por conta das chuvas ocorridas no início do ano, sobretudo em Fortaleza, quando se observa o saldo de emprego formal do CAGED, com menos 454 vagas. Espera-se que as obras públicas e as facilidades de créditos incrementem essa atividade ao longo do ano.

O setor de serviços, que tem peso em torno de 70% na economia cearense, promete ser novamente o sustentáculo do crescimento econômico estadual no fechamento do ano de 2012. Os segmentos comércio e as atividades ligadas ao turismo apresentam-se com tendência positiva para o ano.

Fonte: Boletim conjuntura/Ipece

Artumira Dutra artumira@opovo.com



IBGE 17/05/2012

Cresce número de empresas no Ceará

A variação de 2007 a 2010 é maior do que a média nacional, que ficou em 16,4%. Número de pessoal assalariado ocupado nas empresas do Estado também cresceu mais que no restante do País, 22,6%, cita o IBGE


O número de assalariados no Ceará cresceu acima da média nacional, de acordo com a pesquisa do IBGE


Em três anos, o número de empresas e outras organizações formais ativas no Ceará pulou de 136.282 unidades, em 2007, para 160.443 unidades, em 2010. A variação é de 17,7%, número acima da média nacional, que ficou em 16,4% no mesmo período. Esses dados são parte do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2010, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também revela que o pessoal empregados nessas empresas também cresceu acima do que cresceu o restante do País. Se, em 2007, o Ceará concentrava 1,065 milhão de pessoas assalariadas ocupadas em empresas; em 2010, foram 1,306 milhão. “É uma variação de 22,6%. É muito grande. Avaliando o Brasil, a variação foi de 17,3% e, no Nordeste, 22,3%”, afirma Juarez Silva Filho, analista da pesquisa.

Segundo ele, o aumento de 27,7% da massa salarial em termos reais, neste período, estimulou bastante o mercado interno local e trouxe segurança para que mais empresas se estabelecessem e que se empregasse mais gente também. Isso fez com que o Nordeste se consolidasse na segunda posição entre as regiões brasileiras que mais empregam formalmente, atrás do Sudeste.

“Antes, essa posição (de segundo lugar) era do Sul”, destaca o analista. Em 2010, o Sudeste ficou 51,1% do pessoal ocupado assalariado no Brasil, enquanto o Nordeste empregou 18,4%, e o Sul concentrou 17% da força de trabalho assalariada.

Salários
“A região Nordeste emprega mais do que o Sul, mas é a que paga pior”, ressaltou Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, analista da área de Planejamento, Disseminação e Análise da Gerência do Cempre, no IBGE.

O Nordeste figurou em terceiro lugar no ranking das regiões para a massa de salários paga aos trabalhadores, com uma fatia de 14,1%. O Sudeste liderou a lista, com uma concentração de 55,5% da massa salarial, seguido pelo Sul, que pagou 15,4% da massa salarial do País.

“Mais de 60% dos empregados do Nordeste estão concentrados na faixa de um a dois salários mínimos. Talvez isso aconteça pelas características das atividades da região, que talvez paguem salários um pouco mais baixos”, avaliou a pesquisadora do IBGE. “A Construção foi a atividade mais importante na geração de empregos na região Nordeste, por exemplo”, citou.

No total do País, a principal atividade geradora de empregos em 2010 foi o Comércio (22%), seguido por Indústria da Transformação (18,6%) e Construção (13,6%).

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

As microempresas figuraram com uma fatia de 88,5% das empresas nacionais em 2010, contra 9,9% das pequenas, 1,3% de médias, e 0,3% de grandes. Mas 58% da massa salarial paga ainda ficaram concentrada nas grandes.

A variação de 2007 a 2010 é maior do que a média nacional, que ficou em 16,4%. Número de pessoal assalariado ocupado nas empresas do Estado também cresceu mais que no restante do País, 22,6%, cita o IBGE.