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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Saiba como ter um bom relacionamento com o seu chefe

Aprenda como agir com cada tipo de chefe, do calado ao agressivo.
 
Ter um bom relacionamento com o chefe é uma questão que não envolve apenas fazer bem as tarefas do trabalho. Um profissional pode ser ótimo no que faz e, por não saber lidar com o superior, perde oportunidades de apresentar ideias, resolver problemas e até mesmo ser promovido. Em casos extremos, um desentendimento no trabalho pode até levar a uma demissão desnecessária que poderia ser evitada com um simples jogo de cintura, segundo especialistas.

A maneira de agir com o chefe, porém, exige uma percepção de como ele é e como prefere ser tratado. De acordo com profissionais da área recursos humanos, chefes centralizadores, por exemplo, precisam ter a confiança conquistada, os inseguros devem ser estimulados e, os mal-humorados, animados.

Com o intuito de dar dicas de como se relacionar bem com o chefe, o G1 preparou algumas perguntas sobre como agir com cada tipo de chefe, do calado ao agressivo. As respostas foram dadas pelo especialista em gestão do capital humano, Roberto Recinella, e pela diretora comercial da Right Management, Márcia Palmeira.

“Ao conversar com o gestor, é preciso saber que ele não é nem seu pai nem um amigo. São dois profissionais em uma relação de trabalho”, afirma Lizete Araújo, vice-presidente de planejamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

Segundo Lizete, por trás de cada chefe e funcionário, há uma pessoa com diferentes valores. “As atitudes geram consequências positivas e negativas. Um pai não vai mandar o filho embora por conta de uma discussão, já um gestor, talvez”, disse.

Confira abaixo as respostas dos especialistas Roberto Recinella e Márcia Palmeira sobre como se relacionar com o chefe em situações comuns no ambiente de trabalho.

Como discordar do chefe?

“Com cautela e, se possível, em particular. Evite expô-lo a uma discussão pública, mesmo que você esteja com a razão. Tenha sempre dados e informações que respaldem sua opinião.” (Roberto Recinella)

“Tenha sempre argumentos sólidos e coerentes.” (Márcia Palmeira)
 
Quando falar e quando se calar?

“Use o bom senso e observe o comportamento das pessoas ao redor. As reuniões, geralmente, são controladas pelo chefe. Se ele der o sinal para parar, faça-o imediatamente. Se você achar que a situação ficou mal resolvida, agende um momento para esclarecer a situação particularmente.” (Roberto Recinella)

Devo ficar calado ou me defender dos meus erros?

“Depende da abertura do chefe. Mas, sempre que possível, defenda-se com justificativas condizentes e, claro, nunca repita o erro de novo.” (Roberto Recinella)

“Quando você tem certeza do erro que cometeu, o melhor é ficar calado. Não tente se justificar ou se defender, pois fica muito pior.” (Márcia Palmeira)

Como agir após um desentendimento? Devo engolir sapos?

“Espere os ânimos esfriarem. Depois, seja humilde e peça desculpas. Justifique a sua atitude e, se possível, não repita o comportamento. Na maioria das vezes, é preciso engolir sapos. Uma competência importante é saber digerir os sapos que engolimos.” (Roberto Recinella)

“Espere sair do clima de tensão e, aí sim, retome a conversa sem emoções. No momento de tensão, todos perdem a razão. O melhor é não chegar ao ponto do desentendimento, que sempre traz sequelas.” (Márcia Palmeira)

Preciso ir a todos os happy-hours?

“Não. Se não for, justifique a sua ausência e agradeça o convite. Se possível, compareça a alguns encontros, nem que seja para sair mais cedo, para não ficar rotulado como anti-social. Happy-hours são uma ótima oportunidade de networking e favorecem os laços fora do trabalho. Cuidado, porém, com o comportamento.” (Roberto Recinella)

“É recomendável ir a alguns, o que favorece as relações interpessoais e, conseqüentemente, facilita a troca de informações. Só vá a todos se for prazeroso para você. Nada que se faz apenas por obrigação dá bons resultados.” (Márcia Palmeira)

Preciso ser amigo do chefe?
 
“Não. O que você não dever ser é inimigo dele. Você precisa é ser competente no que faz.” (Roberto Recinella)

“Não necessariamente. Respeito e admiração entre as partes, porém, é fundamental. Ter proximidade com o chefe sempre facilita o tratamento com os assuntos mais complexos do dia-a-dia.” (Márcia Palmeira)

Preciso puxar o saco do chefe?

“Não. Você deve mostrar resultados. O chefe sabe diferenciar puxa sacos das pessoas competentes.” (Roberto Recinella)

“Puxar saco pode trazer algum benefício em curto prazo, mas não é sustável, pois os elogios são superficiais.” (Márcia Palmeira)

Devo fazer o que o chefe quer ou o que eu quero?

“Os dois. Se tudo estiver correndo bem na empresa, raramente isso acontecerá, pois as metas estão na mesma direção. Seus esforços devem estar na sinergia.” (Roberto Recinella)

Devo dar minhas opiniões em assuntos que não me dizem respeito?

“Não. A não ser que alguém envolvido lhe peça e, mesmo assim, meça as suas palavras.” (Roberto Recinella)

“As sugestões de todos devem sempre ser bem vindas. Dependendo da sugestão, o melhor é dirigi-la ao responsável pela área, de uma forma humilde e com verdadeira intenção de ajudar, e não de criticar.” (Márcia Palmeira)

Como sugerir novas ideias?

“Marque uma conversa e, de modo claro e transparente, exponha as idéias coerentemente. Esteja munido de dados consistentes. Se o chefe não aceitar, peça para que justifique o motivo.” (Roberto Recinella)

“Se não existir um fórum específico, sugiro que seja feito em um conversa com a chefia direta.” (Márcia Palmeira)

Devo mudar meu jeito de ser por causa do trabalho?

“Não. As pessoas mudam conforme suas experiências de vida. Mas isso não significa que você deva ser diferente por causa do trabalho. Caso isso esteja acontecendo, significa que os valores da empresa e os seus são diferentes. Sendo assim, está na hora de pensar em mudar de empresa.” (Roberto Recinella)

“Nem todas as atitudes que temos em nossa vida privada são adequadas para o trabalho. Se o trabalho exigir uma mudança muito radical, você não vai conseguir se adequar. Então, o melhor um emprego que seja mais compatível com sua forma de ser a agir.” (Márcia Palmeira)

O que fazer se não concordo com as exigências do emprego?

“Tente justificar sua insatisfação e, caso não haja um consenso, o que é o mais provável, mude de emprego.” (Roberto Recinella)

“Procure outro emprego. Esse não lhe serve. Trará infelicidade e você não será produtivo.” (Márcia Palmeira)
 
Como pedir um aumento?

“Agende uma reunião com seu chefe e seja profissional. Exclua qualquer referência de natureza pessoal como o aumento da prestação da casa ou do colégio das crianças. Se restrinja a apresentar suas contribuições, se elas existirem.” (Roberto Recinella)

“Liste as novas atribuições que você pode ter recebido recentemente, o resultado que você apresentou e a importância da sua atuação. Porém, certifique-se que tudo é verdadeiro. Ache o momento adequado, peça uma conversa reservada com o chefe e use as armas escolhidas.” (Márcia Palmeira)

Como agir quando não sou reconhecido?

“Respire fundo e mude de estratégia. Tente mostrar mais os resultados do seu trabalho. Repense seu marketing pessoal.” (Roberto Recinella)

“Não podemos obrigar ninguém a nos reconhecer. Porém, há duas alternativas. Uma delas é alimentar sua própria auto-estima, acreditando que está fazendo o seu melhor. Você também pode solicitar feedbacks do trabalho. No último caso, prepare-se para ouvir o que não espera.” (Márcia Palmeira)

Fonte: O Globo

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