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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mapa da indústria aponta como elevar competitividade

PRÓXIMOS DEZ ANOS

22.05.2013

O estudo identificou dez fatores-chave para o setor e indicou metas para cada um deles nos próximos anos

















FOTO: ELIZANGELA SANTOS

Brasília. A fim de contribuir para que a indústria e o Brasil alcancem um elevado grau de competitividade e de sustentabilidade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou ontem o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022.

Uma das propostas da CNI é elevar a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento das empresas industriais 

O estudo identifica dez fatores-chave (educação, ambiente macroeconômico, eficiência do Estado, segurança jurídica e burocracia, desenvolvimento de mercados, tributação, financiamento, relações de trabalho e a infraestrutura) que podem elevar a competitividade e indica metas para cada um deles. Para traçar esses fatores-chave, a CNI levou em consideração as tendências mundiais e nacionais com impacto na indústria.

Conforme a CNI, o Brasil precisa encontrar seu lugar na nova geografia de produção mundial. "Nossa economia não tem os baixos custos das economias asiáticas nem o elevado grau de conhecimento das economias desenvolvidas. O desafio é reduzir o Custo Brasil e identificar e incentivar os nichos onde a indústria brasileira pode ter um papel significativo nas cadeias globais e galgar degraus na direção das etapas de maior valor agregado e intensidade tecnológica".

Educação

Na base das ações para os próximos anos, está a educação. "Deficiências na educação limitam a capacidade de inovar e a produtividade, com impactos sobre a competitividade das empresas". Assim, a meta é melhorar a qualidade da educação no País, passando da 54ª posição no ranking do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes de 2009 para 43ª posição em 2021.

Ambiente Macroeconômico

A CNI alerta para o fato de que estabilidade de preços ajuda na busca do crescimento sustentável e defende ações contra os obstáculos que impedem a expansão dos investimentos público e privado. A entidade destaca a importância do fortalecimento da autonomia do Banco Central. A meta é elevar a taxa de investimento da economia brasileira de 18,1% do PIB para 24%.

Eficiência do Estado

Conforme o estudo, a ineficiência do Estado extrai recursos das empresas além do necessário, reduz a eficiência e provê, em quantidade e qualidade inadequadas, bens públicos com "externalidades positivas, como educação, infraestrutura e segurança pública". A proposta é que a participação do investimento na despesa primária total do governo federal passe de 5,8% (2012) para 8% em (2022).

Outro fator-chave para a competitividade é a segurança jurídica e a redução da burocracia. Assim, a meta é elevar a posição do Brasil no ranking de facilidade de se fazer negócios do 130º lugar (2012) para 80º (2022).

A CNI também destaca que é preciso aumentar a integração a estágios de maior valor das cadeias globais e aproveitar oportunidades de desenvolvimento em setores que tenham vantagens comparativas. A meta é ampliar a participação brasileira na produção mundial de manufaturados, alcançando 2,2% em 2022.

O estudo também constatou que o sistema legal e institucional do mercado de trabalho brasileiro é "defasado, rígido e juridicamente inseguro".

Investimentos

Considerando que o ritmo de crescimento de uma economia e a competitividade da sua indústria dependem da disponibilidade de recursos para investimento e da capacidade do sistema financeiro de intermediá-los a baixo custo e de forma ampla, a CNI propõe elevar a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento das empresas industriais de 34% em 2012 para 50% em 2022.

A CNI defende ainda a necessidade de ampliar a participação do investimento em infraestrutura (transporte, energia etc.) no PIB para 5% em 2022.

O estudo lembra que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias entre países em estágio de desenvolvimento similar. O desafio é obter equilíbrio entre a necessidade de arrecadação do Estado e a manutenção de um bom ambiente de negócios.

Produtividade

A CNI propõe que a taxa de crescimento médio anual da produtividade seja de 4,5% entre 2011 e 2022. A entidade argumenta que há avanços a serem feitos, como permitir o uso de incentivos já existentes para outros tributos. Propõe também o abatimento de gastos com inovação realizados fora do Brasil e a redução da insegurança jurídica associada aos incentivos.

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