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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tendência mundial de marketing: cross channel






CROSS CHANNEL 20/01/2013

Integração dos canais para se destacar no varejo

O mercado se acirra e as empresas se reinventam para sobreviver e se destacar com a utilização de múltiplos canais, integrando-os. É o conceito de cross chanel, uma tendência mundial de marketing no comércio varejista



“O cross channel é o uso de um canal de marketing para promover outro, sem alterar a imagem da marca no mercado e comunicando sempre ao mesmo público alvo”, define Bruno Leitão, especialista em marketing e consultor. Ele afirma que o cross channel é uma tendência mundial e cita como exemplo de lojas que anunciam em revistas, incluindo um QR code, um código em 2D lido pela maioria dos celulares que se transforma em uma frase ou link para site.

A necessidade de acompanhar o que lojistas do mundo inteiro estão debatendo requer profissionalismo e cautela. Para Carlos Gouveia, professor de marketing da Faculdade CDL e sócio diretor da CT COMEX Consultancy & Trade, há poucas empresas que sabem utilizar estratégias entre canais de forma eficaz.

“A estratégia cross channel objetiva atrair e reter os consumidores multicanais de alto valor, o que proporciona um crescimento sustentável por meio dos benefícios da inovação e do relacionamento”, argumenta Gouveia.

O especialista explica que cada consumidor tem uma preferência de canais de comunicação. “Por exemplo, se o seu cliente gosta de usar o Twitter (microblog), ouvir rádio ou da compra coletiva, deve-se voltar esforços prioritários para estes canais. O mais importante, no entanto, é seguir a mesma linha de comunicação e promover um canal com o outro.”

O avanço da telefonia digital e da internet é a força motriz do croos channel, analisa Alex Araújo, economista especializado em comércio varejista. Ele afirma que as grandes empresas têm investido pesado para levar suas campanhas de marketing a diferentes mídias. “Isso dá credibilidade e também profissionaliza o setor”, defende.

O professor de marketing e empreendedorismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Wanderley Osterne, adverte que não se deve confundir o cross channel com multi channel marketin, conceito para a utilização de diversos canais para transmitir uma mensagem, mas sem a integração e mesma linguagem que é necessário. 

Entretenimento

As formas de marketing já fazem parte da experiência sensorial e marcante do consumo. Jeff Bezos, empresário norte-americano fundador da Amazom.com, parecia fazer uma profecia, em entrevista à revista Business Week, em 1999. “Há muitas dimensões que são importantes para os clientes, além do preço. Uma delas é o entretenimento. Então, muitas compras são feitas, em grande parte, como entretenimento. O que vai acontecer é que as lojas vão ficar mais divertidas”, dissera.

Passados 14 anos, as declarações de Jeff Bezos seguem verdadeiras, mas, agora, com a tendência de integração dos diversos canais - antes vistos como concorrentes -, em ações de marketing.

Inversão

Testar na loja e comprar na internet
Em sua pesquisa de mestrado, realizada em 2009, o professor de marketing, Bruno Leitão, apontou que a maioria dos usuários de internet compram via varejo tradicional, após pesquisar os produtos no varejo virtual antes da compra. Mas as coisas estão se invertendo. “Hoje, o internauta pesquisa, de dentro da loja física, utilizando tablets e smartphones, ou seja, ele vai ao varejista tradicional e confere se aquela oferta anunciada realmente vale a pena, caso contrário ele compra via internet.

Intimidade
Para Bruno Leitão, o hábito de comprar online vem aumentando também porque o medo de comprar online está se reduzindo, em função da intimidade que o usuário vem adquirindo com a internet. “Essa confiança vem aumentando gradativamente à medida em que o internauta passa mais tempo conectado em seu smartphone, tablet ou notebook.”

Sem pesquisa local
Não há pesquisas precisas apontando o crescimento do comércio eletrônico no Ceará. O consumidor está mais cauteloso, principalmente, em função da ocorrência de atraso na entrega. Sem isso, o crescimento do setor em 2012 seria muito maior. 

maior e-commerce do mundo será o brasileiro, em 2016, aponta estudo

24
bilhões de reais foi quanto movimentou o comércio eletrônico no Brasil em 2012

7,79
por cento foi o quanto ficaram mais baratos os produtos no e-commerce no Brasil


Publicado originalmente em:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2013/01/19/noticiasjornaleconomia,2991485/integracao-dos-canais-para-se-destacar-no-varejo.shtml

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