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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"As mudanças no papel do pai"






ARTIGO 01/08/2012

As mudanças no papel do pai

A chegada do Dia dos Pais está animando o comércio de Fortaleza. A data promete incrementar em até 10% as vendas em comparação a agosto de 2011.

A expectativa dos shoppings da Capital é de 12% a mais em fluxo e vendas, frente ao desempenho obtido em igual período do ano passado, o que muito alegra os varejistas. Mas essa data é, também, de reflexão, pois esse lado festivo nos remete às mudanças que a paternidade sofreu na sociedade moderna.

Antes de mero provedor, o papel de pai multiplicou-se a partir de premissas que se iniciaram com a própria mudança no papel da mãe; essa mulher que se inseriu no mercado de trabalho e cobrou do companheiro uma divisão maior nas tarefas que antes eram atribuídas somente a elas, entre estas, o vínculo afetivo mais estreito.

O pai ‘provedor’ cedeu espaço ao pai humano, com toda a complexidade dessa nova ritualização familiar. Manteve-se, na maioria dos casos, a relação de provimento, mas a esta foi acrescida uma relação de convivência que permitiu a proximidade afetiva que não existia nas gerações anteriores.

Surgiu o pai amigo, aquele com quem os filhos podem contar para ouvir, aconselhar e amparar não apenas financeiramente, mas, sobretudo, emocionalmente. Uma relação que exige do homem uma maturidade maior que há algumas décadas, razão pela qual os homens, de modo geral, têm optado por serem pais cada vez mais tarde.

O pai moderno se vê imbuído do dever e do desejo de participar intensamente das atividades dos filhos, ao mesmo tempo em que se vê, muitas vezes, impedido de fazê-lo, face às muitas atribuições profissionais. Encontrar esse equilíbrio que antes era dilema apenas feminino, hoje é, também, dilema masculino, que se procura compensar na equação quantidade/qualidade do tempo dedicado aos filhos.

Filhos criados, adultos e independentes não requerem menos amor e atenção, o que faz o exercício da paternidade, em toda a sua totalidade, ser perene. Exercício que só declinará quando os pais se tornarem filhos de seus filhos. E hoje em dia se passa muito mais tempo sendo filho do que sendo pai, fator decorrente da idade cada vez mais tardia da paternidade planejada.

Essa situação complexa em que o pai é, ao mesmo tempo, motorista e passageiro, provedor e provido, professor e aluno, é sem dúvida uma experiência inerente ao ser humano, herdada do Pai Celeste e como tal, divina. Não importa a condição econômica ou intelectual, a capacidade emocional ou racional, ser pai, assim como ser mãe, é ‘padecer no paraíso’.

Mas esse padecimento vem atrelado a alegrias que compensam qualquer tribulação, entre elas, ouvir sempre ‘eu te amo’ de um ser que, ao mesmo tempo, é uma extensão nossa, mas é também a vida concebida em todo o seu amor e independência, sendo, portanto, única, por mais que a formemos.

Honório Pinheiro
presidente@fcdlce.com.br
Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará

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